O presidente da Federação Paulista de Futebol (FPF), Reinaldo Carneiro Bastos, rompeu o silêncio e falou nesta terça-feira, 11 de março, sobre o polêmico pênalti marcado sobre Vitor Roque, na vitória do Palmeiras por 1 a 0 contra o São Paulo, na semifinal do Campeonato Paulista.
Em entrevista coletiva, Reinaldo Carneiro Bastos afirmou ter ficado ‘entristecido’ com a situação, ressaltou que a decisão foi interpretativa, e se posicionou sobre o calendário do futebol brasileiro. Ainda segundo ele, o lance foi extremamente difícil e seria contestado independentemente da decisão da arbitragem.
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“A arbitragem até aquele lance polêmico e discutido da penalidade foi absolutamente normal, houve pouca contestação de atletas e treinadores. É um lance que rezo todo santo dia para não acontecer, porque vocês, que são do futebol, sabem que se ele não tivesse dado o pênalti, hoje quem estaria reclamando era o Palmeiras”, afirmou.
Em seguida, o presidente da FPF explicou que tanto o árbitro de campo quanto o VAR, ambos de categoria Fifa, concordaram com a marcação da penalidade. “O toque (de Arboleda em Vitor Roque) existe. A gente garantir que aquele toque foi suficiente para desequilibrar o atacante é uma interpretação, que dois (árbitros) Fifa, um no campo e um na cabine, entenderam que foi suficiente”, explicou.
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Na sequência da coletiva, Reinaldo afirmou que ficou muito descontente com o episódio. “Mas é algo que me entristece, porque eu entendo a mágoa… Eu entendo a insatisfação do torcedor são-paulino, da diretoria são-paulina. Eu entendo… Porque é um lance extremamente no limite. Para onde você decidir, alguém vai ficar em desagrado”, ressaltou.
Ao fim do assunto, o presidente da FPF cobrou da CBF (Confederação Brasileira de Futebol) uma mudança no calendário para proporcionar melhor recuperação aos finalistas do Campeonato Paulista. Palmeiras e Corinthians disputam o jogo decisivo do Estadual no dia 27 de abril, uma quinta-feira, e têm compromissos pelo Campeonato Brasileiro já no sábado seguinte (29), sem um intervalo de 72 horas.
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“Não tem pressão na CBF, tem diálogo com a CBF. Isso é o razoável. Os dois clubes têm seis jogadores cada convocados na Data Fifa. Vão precisar repatriar, trazer de volta e dar descanso para que eles façam uma final da importância que é Corinthians x Palmeiras, Palmeiras x Corinthians”, afirmou Carneiro.
E concluiu: “Não é pressão, é a realidade: a final precisa ser dia 27. Depende do bom senso da CBF mudar os jogos. De aval, não (precisa). O aval os clubes podem optar por jogar em um espaço menor de tempo para a estreia do Brasileiro. Não é o caminho ideal, não é o que a gente quer, mas isso pode acontecer”, concluiu.