Depois do grande sucesso do disco “Aqui, Ali, Em Qualquer Lugar” e da turnê Yê Yê Yê de Bamba, Rita Lee mostra que tem borogodó para mais uma grande aventura musical. Diretamente de seu relicário-caixa-de-surpresas, armado pelo mestre Ucho Carvalho que assina o cenário, Rita arromba a festa e abre seu oráculo.
Ela acaba de emplacar seu 31° disco, isso sem contar as trocentas coletâneas. Já é uma saga: viver de música há mais de três décadas é privilégio de bem poucos. Mas Balacobaco chega mesmo para firmar a parceria de 27 anos com Roberto de Carvalho, o gran maestro do Borogodó que, com sua genialidade explícita, mexe no caldeirão de melodias e harmonias. As letras psicografadas são scripts de filmes que passam dentro da cabeça da rainha do rock.
Para esta turnê, todo o swing e o despojado vocabulário da rainha que nunca perdeu a pose nem a majestade. Como quem dirige Rita é ela mesma, sua performance e figurino rolam conforme a vendeta do dia, desde improvisações de repertório até apetrechos reciclados do seu baú de famosas “griffes made in Paraguay”, como ela mesma costuma dizer. No show, músicas de Balacobaco, sucesso de público e aclamado pela crítica como um de seus melhores trabalhos, além de algumas pérolas que Rita pescou do fundo do baú de seus 38 anos de carreira, como Esse tal de Roquenrou, Orra meu, Perto do Fogo e Ando Jururú. Enfim, Balacobaco é uma aula de como fazer rock de qualidade sem o mínimo esforço.
A banda conta novamente com Beto Lee na guitarra, além do quarto tribalista Dadi Carvalho no baixo, Ari Dias na percussão, Cláudio Infante na bateria, Rafael Castilhol no teclado, Débora Reis no backing vocal e Roberto de Carvalho na guitarra e direção geral.
A estréia nacional da turnê “Balacobaco” aconteceu em janeiro de 2004, no Rio de Janeiro, com enorme sucesso de público e crítica, que renderam várias sessões extras, e agora a roqueira chega a São Paulo onde se apresenta no Tom Brasil-Nações Unidas e depois segue para as grandes capitais.