Ainda que trabalhe na ilegalidade, o médico que atende Benê está fazendo de tudo para que ele sobreviva e se cure. Mas a balas feriram partes delicadas do seu corpo. A que o atingiu na virilha comprometeu uma artéria importante e partiu-lhe o fêmur. A luta do médico começou primeiro por estancar o sangramento; depois, por conter o risco de infecção (o que naquele ambiente imundo é quase um milagre); e, por fim, impedir que ele perca a perna.
Para Sandrinha, Helena e Edite, que vão visitar Benê no consultório clandestino, o médico é bem realista: “O risco de amputação ainda existe. Temos que esperar uns dez dias para ver como fica”.
Edite abraça Sandrinha, que sofre profundamente. Nessas horas um abraço é tudo que se tem.