Na reta final de A Dona do Pedaço, Juliana Paes está comemorando o resultado do trabalho árduo para viver Maria da Paz, uma mocinha sofredora que ‘apanhou’ muito ao longo da trama de Walcyr Carrasco.
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Nos bastidores da trama, em conversa com o Área Vip, a atriz falou um pouco do momento na carreira e o quanto foi difícil dar o tom certo à personagem. “Eu to muito feliz, muito lisonjeada de verdade com o sucesso. To muito cansada, óbvio, na reta final, a gente fica muito exaurido fisicamente, mentalmente, as sequências da história puxam muito da nossa emoção, é muito texto pra decorar, muita emoção pra dar conta, então, existe esse cansaço, mas existe ao mesmo tempo uma sensação de plenitude, de gratidão, de missão cumprida. Essa novela sempre foi muito desafiadora pra mim em vários aspectos. Eu to me sentindo com essa sensação de missão cumprida mesmo”, afirmou.
Uma das grandes preocupações da atriz foi fazer com que o público abraçasse a personagem. “Eu tinha uma missão de fazer uma mocinha que fosse querida. É difícil hoje em dia num momento em que o brasileiro ama amar os vilões, fazer uma mocinha que seja abraçada pelo público foi um desafio pra mim. Eu sinto que foi cumprido, fazer com que as pessoas torcessem pela Maria da Paz apesar de ela ter esse amor exacerbado pela filha, essa cegueira de mãe. Já estou com a vida ganha”, comemorou.
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Se o público estava na expectativa em saber se Josiane (Agatha Moreira) teria sido trocada na maternidade por Joana (Bruna Hamu), Juliana garante que o suspense entre os atores do elenco também foi grande. “Tinha uma metade de mim que torcia pra ser a Joana, porque eu acho que seria uma alegria pra Maria da Paz ter uma filha consanguínea que tivesse esse amor, essa admiração pela mãe, mas eu acho que a novela tem esse papel de trazer esse entendimento para o público de que bons pais, boas criações, podem gerar frutos ruins. Acho importante também trazer essa mensagem. ‘eu errei?, onde que eu errei?’. Eu sei que quando eu (Maria da Paz) falo isso eu to falando a dor de muitas mães desse Brasil. Essa mensagem é importante, de que a culpa não é de quem cria. Os indivíduos escolhem seus próprios caminhos independentemente de quem os criou”, acredita.
Quando questionada sobre se Maria da Paz vai terminar a novela com Régis (Reynaldo Gianecchini) ou Amadeu (Marcos Palmeira), a atriz quase entrega o jogo, mas se contém e brinca que prefere não opinar: “Gente, eu não sei. Eu sou a única desse elenco que não posso declarar voto, eu to isentinha aqui”, diverte-se, a atriz, que está feliz com o reconhecimento do público em relação a sua carreira. “Eu acho que o reconhecimento profissional nunca vem num trabalho só, o público leva tempo pra te colocar na gaveta, vamos pegar nossas grandes damas como Laura Cardoso e Fernanda Montenegro, elas não usufruíram desse título enquanto jovens, levou um tempo pra se instaurar essa coisa toda. E eu fico feliz com esse reconhecimento que eu já tenho nessa altura da minha vida. Eu tive grandes oportunidades e cavei muitas delas com muito esforço e muita renúncia”, disse a atriz, que lembrou da época em que fez ‘Meu Pedacinho de Chão’ e teve que deixar o filho Antônio em casa aos quatro meses de idade. “Eu tenho muitas dores de culpa por ter feito isso, por outro lado eu posso colher esse louros profissionais hoje”, completou.
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Para Juliana, a protagonista de ‘A Dona do Pedaço’ tem servido de inspiração pra muita gente, inclusive pra ela mesma. “Eu acho que talvez a Maria da Paz tenha sido a personagem que mais se comunicou com o grande público, com o que a gente chama de povo. Eu acho que a Maria da Paz foi a que mais conseguiu tocar de maneira geral, não importando idade, classe social, sexo, raça, mesmo ela sendo católica. Eu recebo feedback de crianças, de gente rica, de gente pobre… Eu tava meio contemplativa ontem com uma situação que eu não gostei de uma atitude que eu estava prestes a tomar. E eu me peguei pensando: ‘o que a Maria da Paz faria no meu lugar?’. Olha que loucura. Quando o personagem ganha uma alma, um contorno que você transcende”, analisou a atriz.
Para finalizar o bate-papo, a atriz elegeu o top cinco de Maria da Paz em ‘A Dona do Pedaço’:
1 – Início da novela
“As primeiras cenas no Sul foram muito desafiadoras, porque começar um trabalho sempre é muito tenso, eu fico muito nervosa, não importa. O jeito de usar a mão, o jeito de respirar, o jeito de usar falar, é sempre muito tenso”.
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2 – Tiro na igreja
“A cena do tiro na Igreja (que acertou Amadeu). A carga dramática muito grande já no início da novela”
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3 – Bater em Josiane
“Aquela cena também as pessoas estavam esperando e quando eu estou muito emocional eu tenho medo de machucar o colega. E com essas unhas, cheia de acessórios. Não sei se vocês lembram, mas na cena a primeira coisa que eu fiz foi arrancar as coisas, porque eu pensei: ‘eu vou machucar a Agatha’, e eu não queria. Então, essa cena me pegou”
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4 – Sequência tensa
“O tiro no Régis. Toda aquela sequência, não foi só o tiro não. Eu me lembro que naquela semana eu fiquei só o pó. Foi ser presa, ir pra cadeia, tudo aquilo foi surreal, foi doido aquilo ali”
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5 – Reencontro com Vivi
“E agora, a cena com a Paolla. Não sei se vocês tiveram a chance de acompanhar, mas a ficha da Vivi foi caindo desde de o bolo (quando ela provou no concurso), mas a Maria da Paz teve muito pouco tempo de cena pra aquela ficha ali cair. Eu tava ali meu bolim, de repente ela chega, tava bem irritada com ela, eu pensava: a Maria da Paz vai ter que entender tudo ali, é a Nazaré confusa, né? Essa cena foi difícil e muito marcante. Eu gostei do resultado, porque quando eu assisto e choro de novo assistindo, é o meu termômetro”
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