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Saiba mais sobre a nova novela das seis da Globo, ‘Amor Perfeito’

‘Amor Perfeito’ tem uma trama dividida em duas fases, entre 1934 e 1942; confira a sinopse da novela

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Wandreza Fernandes
Wandreza Fernandes
Editora chefe do Portal Área VIP e redatora há mais de 20 anos. Especialista em Famosos, TV, Reality shows e fã de Novelas.
Amor Perfeito - Orlando e Maré
Amor Perfeito – Orlando e Maré (Globo/João Miguel Júnior)

Se vem do coração, é amor perfeito! Uma envolvente história de amor, representada pelas diferentes formas que esse sentimento se manifesta, dá o tom a nova novela das 18h, ‘Amor Perfeito’, que estreia dia 20 de março, na TV Globo. Através da busca de um filho por sua mãe e de uma mãe por seu filho, esse folhetim tem em suas tramas relações que revelam faces de um amor que se esparrama nos casais apaixonados, entre parceiros de vida, na amizade, na harmonia com a natureza e na vida familiar, resgatando valores humanitários que ajudam a fortalecer a esperança de que dias melhores virão.

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+ Primeiros capítulos: Resumos de “Amor Perfeito” – Semana de 20/03 a 25/03

É por meio do sonho do pequeno Marcelino (Levi Asaf), o protagonista dessa história que tanto deseja ser acolhido no colo de sua mãe, que o público mergulhará em um Brasil das décadas de 1930 e 1940 poucas vezes visto.

Com personagens motivados pelos seus sonhos, que preservam um olhar otimista e amoroso para a vida, mesmo em meio às dificuldades de uma realidade que, por vezes, pode ser dura, ‘Amor Perfeito’ pretende ser contada de maneira leve, bem-humorada, cheia de reviravoltas e, sobretudo, com muita emoção. “Nosso primeiro desejo foi falar de amor no seu sentido mais amplo, não só o amor romântico, mas o amor ao próximo, o amor à natureza e aos animais e entre pais e filhos”, destaca Duca Rachid. A novela retrata um Brasil carregado nas cores de sua diversidade de raças e culturas em histórias e personagens plurais. “Pretendemos contar essa história usando as referências dos contos de fadas, do melodrama e do bom folhetim, com muita representatividade. O público pode esperar uma novela onde o amor estará no centro da trama, através da história de uma mãe que sofre a dor da perda do filho, e de um menino que sonha em encontrar sua mãe”, afirma André Câmara, em sua estreia como diretor artístico.

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‘Amor Perfeito’ tem uma trama dividida em duas fases, entre 1934 e 1942, e se passa na fictícia cidade de Águas de São Jacinto, no interior de Minas Gerais. A novela é livremente inspirada na obra “Marcelino Pão e Vinho”, de José María Sánchez Silva, publicada pela primeira vez no começo dos anos 50.  Transposta para o cinema em 1955, tornou-se um sucesso mundial. “A primeira vez que eu fui ao cinema foi com a minha avó, uma imigrante portuguesa, analfabeta, que nunca tinha ido ao cinema também. Não era um hábito dela. Mas ela foi para assistir ao filme ‘Marcelino Pão e Vinho’ e me levou. Eu tenho uma relação muito afetiva com essa história. Devia ter uns seis ou sete anos de idade e foi muito marcante para mim”, lembra Duca. “Eu acho que a gente está sempre honrando alguém [com esses projetos]. Sinto um pouco isso escrevendo essa novela com uma história que era muito cara à minha avó. Tenho essa vontade de espalhar um pouco de amor, empatia, essa ideia de solidariedade e fraternidade, de que a gente está tão carente. Espalhar um pouco de amor, fé e leveza vai ser bom”, complementa.

Para a construção da novela, os autores ressaltam também a importância de uma estética que tem como base a própria história do Brasil, muitas vezes, desconhecida. “A gente começa pelo fato de que o nosso Marcelino (Levi Asaf), na nossa versão, é um menino negro. Isso já norteia todo o desenvolvimento da história. Esteticamente, também, a gente está obedecendo a referências históricas. É uma cidade ficcional, sim, mas não é uma cidade fantasiosa. É uma cidade que bebe muito da realidade que a gente absorveu em pesquisa. Temos referências quase absolutamente desconhecidas da nossa chamada elite intelectual”, conta Júlio Fischer. “Temos o desejo de que seja uma novela brasileira, com uma história universal, que além de amor, trata de fé, empatia e solidariedade, num Brasil que sempre existiu, mas permanece desconhecido por parte do grande público. Um Brasil com cores, formas e culturas diversas”, ressalta Elísio Lopes Jr.

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Mariana Ximenes se diverte com vilanias de Gilda em Amor Perfeito

O amor de Marê e Orlando e o sonho de Marcelino   

Amor Perfeito - Camila Queiroz, Diogo Almeida e Levi Asaf (Globo/Divulgação)
Amor Perfeito – Camila Queiroz, Diogo Almeida e Levi Asaf (Globo/Divulgação)

O encontro entre Marê (Camila Queiroz), uma moça rica, estudante de Administração e Finanças, com o jovem médico Orlando (Diogo Almeida), marca o início dessa história. Ambos de origem mineira, porém seus caminhos acabam se cruzando em São Paulo, em 1934, onde ela estuda Administração e Finanças e ele faz sua residência. O despertar de um amor que mudará para sempre os rumos de suas vidas é inevitável.

Para viver esse amor, Marê vai contrariar os desejos do pai, o empresário Leonel Rubião (Paulo Gorgulho),  e  enfrentar o noivo,  Gaspar (Thiago Lacerda),  filho mais velho do prefeito Anselmo (Paulo Betti) e da primeira-dama Cândida (Zezé Polessa), em Águas de São Jacinto.

No entanto, a morte trágica do pai e a ação da madrasta Gilda (Mariana Ximenes) para culpá-la faz com que Marê seja presa injustamente, condenada a uma sentença de 20 anos. O que ela não imaginava é que, naquela altura, já estava grávida de Orlando. Desiludido e enganado, o médico vai embora para o Canadá ao descobrir um segredo do passado que envolve as famílias dos jovens e certo de que Marê não se importa mais com ele.

Presa e desamparada, Marê vê o sonho de cuidar do filho destruído pela ambição da madrasta. Durante uma tentativa de fuga frustrada, dá à luz Ângelo, que é deixado misteriosamente na porta da igreja da cidade e é acolhido pelos religiosos da Irmandade dos Clérigos de São Jacinto. Batizado pelos religiosos como Marcelino, o pequeno encontra naquele lugar um lar e aprende o significado do que é amor em família. Oito anos depois, o menino mantém firme a fé de que um dia encontrará sua mãe. Na outra ponta dessa busca, está uma aflita Marê, que vive sob o peso da injustiça, com a dor de não saber do filho, mas determinada a provar a sua inocência, a ter de volta em seus braços o seu menino e a reaver seu patrimônio. “A Marê é capaz de se colocar frontalmente contra as forças que querem derrubá-la. Vai atrás de uma justiça que lhe foi negada e é nesse sentido que ela é uma heroína. Não se submete passivamente ao mal que lhe fazem”, resume Júlio.

A farsa jurídica arquitetada pela vilã Gilda (Mariana Ximenes) é marcada por fragilidades e isso vai ajudar Marê na missão de anular sua sentença. Para isso, ela contará com o apoio fundamental de um amigo de longa data, Júlio Medrado (Daniel Rangel), o filho da secretária Verônica (Ana Cecília Costa). Júlio não faz ideia de que seu pai é o prefeito Anselmo (Paulo Betti), o responsável por custear seus estudos para se tornar advogado. Quando volta à cidade, já formado, vem determinado a assumir o caso de Marê e, mais que isso, a revelar para a jovem o sentimento que há tanto tempo nutre por ela. Por outro lado, sem nem imaginar todo o sofrimento que a amada passou ao longo dos últimos anos, Orlando (Diogo Almeida) também não resiste e volta à Águas de São Jacinto em busca de Maria Elisa, a quem nunca deixou de amar.

A Irmandade de São Jacinto e o amor fraterno

Babu Santana será um clérigo em ‘Amor Perfeito’ – Globo/Paulo Belote

De diferentes gerações e ordens religiosas, seis freis e padres, cada qual com sua personalidade e características bem definidas, se dividem na inédita missão de criar o pequeno Marcelino (Levi Asaf) e ensiná-lo valores imprescindíveis para a vida. A Irmandade dos Clérigos de São Jacinto é um lugar de acolhimento, que se revela abrigo de um amor que é, acima de tudo, fraterno – mesmo que, vez por outra, um franciscano se desentenda com um dominicano e precise da intervenção de um jesuíta. Desse modo, formam a grande família de pais e avôs de Marcelino: o dominicano frei Severo (Babu Santana), o franciscano frei Leão (Tonico Pereira), o dominicano frei Tomé (Tony Tornado), o jesuíta padre Diógenes (Chico Pelúcio), o dominicano frei João (Allan Souza) e o salesiano padre Donato (Bernardo Berro).

Na obra “Marcelino Pão e Vinho”, o menino vive em um convento de frades franciscanos. Em ‘Amor Perfeito’, os autores decidiram envolver outras ordens religiosas, fazendo da irmandade um espaço que manifesta o amor em sua diversidade e alegria. “A gente é absolutamente encantado com essa ideologia [franciscana]. Eu fui a um convento franciscano e eles têm uma leveza, uma relação prazerosa com a vida a cozinha é um lugar superimportante. Eles têm um prazer com a comida, tem uma outra abordagem da fé, da religião. É uma coisa muito mais leve, alegre e fraterna, um amor pelas pessoas, pelos animais. Isso encantou a gente e queríamos muito falar sobre isso”, explica Duca.

Em se tratando de ordens religiosas cristãs, cada uma tem diferentes formas de atuação. Em meio a essas diferenças, os freis e padres da Irmandade dos Clérigos de São Jacinto encontram juntos o fio condutor que os levam ao exercício cotidiano do amor entre eles e o menino. A diferença geracional aliada às variadas personalidades promete render ainda situações, às vezes, embaraçosas e bem-humoradas. É na irmandade também, especificamente em seu sótão, que Marcelino (Levi Asaf) mantém uma relação muito próxima com seu próprio Jesus (Jorge Florêncio), um amigo e confidente, que está sempre presente em seu caminho nos momentos em que precisa de ajuda ou aconselhamento. “Colocando diferentes ordens,  a gente também amplia esse olhar para a diversidade, na maneira de se relacionar com Deus”, afirma Júlio. “Amor e diversidade: é um exercício, o tempo todo, de amor”, complementa Elísio.

Na agitada Águas de São Jacinto, o Grande Hotel Budapeste  

No interior de Minas Gerais, próximo à fronteira com a Bahia, desponta a charmosa e colorida cidade fictícia de Águas de São Jacinto, famosa por suas águas termais que atraem pessoas de todos os cantos, atrás de seus benefícios. O empresário Leonel Rubião (Paulo Gorgulho) comanda esse império materializado na mais suntuosa edificação da cidade, o Grande Hotel Budapeste, e é em um acordo para explorar as águas subterrâneas nas terras do prefeito Anselmo Evaristo (Paulo Betti), que os dois se mantém firmes nas mais altas posições dessa elite local.

Engana-se quem pensa que Águas de São Jacinto é uma pacata cidade por ser do interior. No Café Concerto do Grande Hotel desfilam atrações nacionais e internacionais, políticos dos mais renomados, em noites regadas a boa música e deliciosos quitutes. Mas não são apenas as visitas ilustres de Carmen Miranda e Juscelino Kubitschek, por exemplo, que agitam o lugar. No dia a dia, “muita água passa debaixo dessa ponte”, mas não passa de jeito nenhum despercebida pelo olhar atento de Ione (Carol Badra), a fofoqueira oficial da cidade.

POR TRAS DAS CÂMERAS 

Cenografia e Direção de Arte: locações, referências e pesquisa 

Parte das gravações externas da novela foram realizadas em três cidades de Minas Gerais: Caxambu, Baependi e São Lourenço, que integram o chamado Circuito das Águas. Além da pesquisa histórica, esses lugares foram fundamentais para a equipe de cenografia reunir referências arquitetônicas e artísticas que pudessem ser incorporadas nos cenários e na cidade cenográfica. Vem de Caxambu, por exemplo, a inspiração para a fonte próxima ao Grande Hotel, em homenagem a São Jacinto. “Criamos uma identidade própria, sem perder de vista as referências do período que estamos tratando na novela. O Parque das Águas de Caxambu foi uma grande inspiração e construímos uma fonte que remete às existentes lá para reforçarmos esse elemento água, que está tão presente na nossa dramaturgia”, destaca o arquiteto e cenógrafo Mauro Vicente, responsável pela cenografia.

Em uma revisita à Semana de Arte Moderna de 1922, olhando especialmente para os artistas renegados pelo movimento, desponta a mais importante referência artística para a novela: o artista negro e carioca Heitor dos Prazeres (1898-1966). “Como a nossa cidade cenográfica fica ali entre Minas Gerais e Bahia é superinteressante a gente trabalhar com muita cor e com umas pitadas de art déco misturadas. E o Heitor dos Prazeres é um artista que deu todo o embasamento para a direção de arte da novela, em todos os sentidos”, destaca o diretor de arte Billy Castilho. “Toda a paleta de cores que estamos usando é bem forte, é uma novela bem colorida. É um lugar onde o Brasil está ali representado com as suas cores, mas não só aquelas minimalistas, elas são realmente fortes, com as suas influências portuguesa, espanhola, amazônica, com todos os tons que a gente imagina do Brasil, mas que às vezes temos certo receio em usar”, explica.

Esse mergulho ao universo cromático da arte brasileira, tendo como base os trabalhos de Heitor dos Prazeres e Tarsila do Amaral, outra referência importante para a direção artística, será percebido também na abertura da novela. A peça busca extrapolar o conceito de romantismo, mostrando as faces de um amor que também pode ser divino, fraterno, familiar ou assumir tantas outras formas. A representação é feita a partir de fotos produzidas especialmente para a abertura, dispostas sobre grafismos inspirados nas telas dos dois artistas. Na trilha, o destaque é para a diversidade dos temas, contemporâneos e mais antigos, que buscam definir sonoramente o clima, a história e a pluralidade dos personagens.

Thiago Lacerda analisa vilania de Gaspar em Amor Perfeito

Figurino: as cores de um Brasil pop e ousado  

No figurino, também predominam as cores vivas que se esparramam nas obras de Heitor e Tarsila. As figurinistas Karla Monteiro e Daniela Garcia mergulharam em um processo de criação que envolveu as mais diversas referências, que vão desde a arte milenar do “feito à mão”, passando por artistas mineiros como Aleijadinho e Maria Auxiliadora, até artistas contemporâneos como Ronaldo Fraga, tudo isso atravessado pelo lúdico olhar de uma criança, como se elas estivessem sendo conduzidas pelo protagonista Marcelino (Levi Asaf). “As diferentes formas de manifestação do amor estão ‘plantadas’ na dramaturgia e na construção dos personagens, e o figurino tem uma liberdade no olhar sobre a época. ‘Amor Perfeito’ é uma novela que se passa nos anos 30 e 40, e em nosso projeto há essa mistura com o pensamento contemporâneo da valorização do feito à mão, do reuso do acervo de figurinos da TV Globo, da compra em brechós junto ao uso da moda de 2023”, explica Karla.

Em uma história encabeçada pelo sonho do amor materno, alimentado com muita fé por Marcelino, as figurinistas buscaram materializar no vestir da criança a alegria e traquinagem tão marcantes em sua personalidade. “Marcelino é pura luz! Sua alegria contagiante está refletida nas cores fortes e puras. Para ir à escola, por exemplo, ele usa um gorro de pacthwork colorido, feito a partir de uma peça pronta do acervo, que respeita a liberdade de seus cachos na caravela do frei João (Allan Souza), e com uma versão mochila supercolorida do que seria a pasta ‘bauzinho’ para estudantes dessa época”, conta Daniela.

Para marcar a passagem de tempo entre 1936 e 1942, elas explicam que as mudanças na moda são gradativas e que isso estará também presente na novela. “Estamos usando silhuetas e proporções dos anos 30, mas que permitem que alguns personagens venham carregando em algum momento histórias de uma década anterior. Nos anos 40, estamos ‘passeando’ dentro do que foi acontecendo na moda, saias mais curtas, cinturas marcadas, e ombros estruturados se fundem entre a trajetória de cada um e o pensamento moderno”, afirma Karla.

Agora se o assunto é moda em Águas de São Jacinto, não é possível deixar de falar da deslumbrante Wanda Pacheco (Juliana Alves), uma mulher moderna, que encarna o espírito cosmopolita e, não à toa, é a proprietária da loja “A Brasileira Elegante”. É lá que as mulheres da cidade podem encontrar produtos, no mínimo, “ousados” para a mentalidade interiorana da época. Tem tops, calças compridas, terninhos e outros artigos que vão dar o que falar! “A Wanda inaugura em Águas de São Jacinto uma loja de roupas ousadas – numa época em que as roupas eram confeccionadas, na maior parte, por costureiras em pequenos ateliês copiando a moda francesa. Ela é uma personagem moderna inspirada em figuras extravagantes da época como Elza Schiaparelli e em traços futuristas de marcas contemporâneas. Wanda é a mais moderna, com macramês, cores e estampas fortes, é a ‘boneca’ com muitos fãs dentro da equipe de figurino”, brinca Daniela.

Juliana Alves vive uma mulher à frente do seu tempo em ‘Amor Perfeito’ – Globo/João Miguel Junior  

Caracterização: a vanguarda nas esculturas capilares 

Nessa releitura de um Brasil pop e representativo das décadas de 1930 e 40, manter a ousadia e a modernidade da época também conduziu o trabalho da equipe de caracterização, comandada por Anna Van Steen e Marcelo Dias. Para os cabelos dos personagens, especialmente os crespos e ondulados, há uma escolha por esculturas capilares, buscando uma estética da qual Águas de São Jacinto seria vanguardista. “A gente começou nesse desenvolvimento de cada um [dos personagens] a pensar em qual então seria a característica [da cidade]. É uma cidade especial? Águas de São Jacinto tem uma mágica? Tem! Aí eu comecei a achar que a gente tinha que fazer algo que talvez eu nunca tivesse visto, que ninguém nunca tivesse visto em lugar nenhum. E aí a gente começou a fazer umas esculturas de cabelo super incríveis, com formatos tridimensionais e isso ligado ao figurino que está com a mesma ideia”, explica Anna.

A sintonia entre a caracterização e o figurino também foi importante para a dupla responsável pela caracterização chegar a esse conceito estético que seria muito próprio da cidade fictícia de ‘Amor Perfeito’. “Nós trouxemos algumas coisas inspiradas no figurino para o cabelo, como algumas flores. Então a gente decora esses penteados extraordinários com essas florezinhas, que já identificamos como sendo do povo de São Jacinto. Então, quando vamos para outras cidades, não usamos na caracterização, usamos apenas nas cenas que se passam em São Jacinto. O Marcelino sonha muito, ele é muito mágico e romântico, então é dentro da linguagem do projeto mesmo. A gente tem que acreditar que esse grupo de pessoas tem algo em comum”, conta Anna.

E o lugar onde a ousadia ganha lindas formas é o salão de beleza do Grande Hotel Budapeste, sob a condução da meiga e maternal Lívia (Lucy Ramos). Na própria marca do salão, ostenta-se a beleza dos cabelos afro, revelando um espaço onde a autoestima será permanentemente valorizada ao longo da trama. “A gente fez um trabalho bem especial de fazer cada personagem ter uma característica própria. Os personagens do hotel terão cabelos com releituras de penteados africanos e muito fashion e atuais”, antecipa Anna. “A Lívia, por exemplo, vai fazer vários cabelos rebuscados, já que ela é cabelereira e sabe essa técnica. A gente quer que as pessoas se inspirem a fazer o cabelo assim também”, complementa.

Juliana Alves esclarece polêmica sobre penteado de personagem em Amor Perfeito

Criada e escrita por Duca Rachid e Júlio Fischer, com direção artística de André Câmara, a obra é escrita com Elísio Lopes Jr, e colaboração de Dora Castellar, Duba Elia e Mariani Ferreira. A direção é de Alexandre Macedo, Lúcio Tavares, Joana Antonaccio e Larissa Fernandes. A produção de Isabel Ribeiro e direção de gênero de José Luiz Villamarim.

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Editora chefe do Portal Área VIP e redatora há mais de 20 anos. Especialista em Famosos, TV, Reality shows e fã de Novelas.