
O último capítulo de Beleza Fatal foi disponibilizado na última sexta-feira (21) na Max e, desde então, vem mexendo com os fãs de Lola (Camila Pitanga), Sofia (Camila Queiroz) e cia. O desfecho, inclusive, deixou um “gostinho de quero mais” nos espectadores.
Em entrevista ao ‘Splash UOL’, o autor Raphael Montes, criador da trama, abriu o jogo sobre a possibilidade de a novela ganhar uma continuação. “Tenho algumas ideias de novelas novas e é por isso mesmo, porque tenho novas ideias, que eu tenho certas dúvidas se precisa de uma continuação”, afirmou.
“Acho que Beleza Fatal é um sucesso, marca o momento de uma narrativa do streaming que conseguiu chegar na casa das pessoas e virou cultura pop, mas eu acho que é bom que as coisas comecem, mas também terminem”, concluiu o escritor.
+ Mania de Você: Hugo descobre armação de Robson e dá o troco de forma cruel
Continuação
Na mesma entrevista, Raphael Montes refletiu sobre a necessidade de uma continuação de Beleza Fatal. “Eu sempre digo, eu fiz Bom Dia Verônica, que é uma série da Netflix, se eu tivesse continuado ela por várias temporadas, eu não teria feito Beleza Fatal. Então é bom que as coisas terminem para que eu possa então fazer outras coisas”, explicou.
“Tenho que dizer que a demanda do público para que tenha continuação é grande, então eu estou sofrendo certa pressão aqui para fazer uma continuação, mas por enquanto estou me mantendo firme, porque ainda não tive uma boa ideia”, seguiu o profissional.
Raphael Montes também defendeu novela “sem lacração”. “Essa é uma visão minha como autor de como se faz dramaturgia. Eu não acredito numa dramaturgia que seja didática, que seja moralista, que seja ‘lacrativa’”, disse.
+ Dada como certa na Band, novela Romaria vira dúvida na emissora
Sem lacração
O autor disse que não tem a intenção de dar “lição de moral” em quem assiste. “Eu sou um homem gay, mas não acredito que quando você vai contar uma história, você tem que ficar dando lição de moral no público, falando, olha que absurdo você ser homofóbico, olha que absurdo. Não, eu acredito que tem que ser tratado de maneira natural”, analisou.
“Existem pessoas gays, bis, trans, héteros, cis e assim vai e todos ali vivem. Por exemplo, a mulher trans, é claro que ela tem uma vivência de mulher trans na novela e vive experiências por ser uma mulher trans, mas a trama principal dela é uma trama que na verdade não dialoga com o fato de ela ser uma mulher trans”, continuou.
“Na medida em que o público não se sente ofendido ou se sente intimado a pensar de determinada maneira, eu acho que a gente naturaliza esses assuntos como deve ser”, finalizou o autor.