Saiba mais sobre ‘Avenida Brasil’, a nova trama das 21h da Globo que estreia nesta segunda (26).
Aos 11 anos de idade, relatam os especialistas, a criança tem um senso de justiça bastante aflorado. É também nesta fase em que o olhar crítico se acentua. Rita (Mel Maia), a protagonista desta história, tem exatos 11 anos quando sofre um duro golpe e vê o seu mundo virar ao avesso. Esta rasteira lhe deixa marcas profundas, chaga que Rita carregará pela vida inteira. A menina, órfã de mãe, é criada pelo pai. Amoroso, Genésio (Tony Ramos) jamais imaginou que a sua segunda esposa pudesse representar o pior de seus pesadelos. Carminha (Adriana Esteves), a madrasta, rouba tudo da enteada: os sonhos, a casa, a família e a esperança. Rita conhece um modelo de vida sem esperança, de muitas perdas e solidão. Ela sente, na pele, a amargura da decepção. Mas enganam-se aqueles que subestimam a capacidade de sobrevivência de Rita. A menina não sucumbe ao longo dos anos. De tudo o que lhe foi tirado, restou apenas um único e vital sentimento: a sede por um acerto de contas. É neste momento em que o limite para que os fins justifiquem os meios entra em discussão. Esse limite, por diversas vezes, não se encaixa no formato simples e dicotômico de certo ou errado. Na saga pela sua própria justiça, Rita deixa para trás o passado frágil e se transforma em Nina (Débora Falabella), uma mulher obstinada, firme e blindada para as surpresas que o destino lhe reserva. A vida se encarregou desta metamorfose. Está feito, não há como voltar.
Há 13 anos…
Avenida Brasil, escrita por João Emanuel Carneiro e com direção de núcleo de Ricardo Waddington, narra a trajetória de Rita (Mel Maia), uma menina órfã que vê o seu mundo desmoronar com a morte do pai. O triste acontecimento lhe rouba a infância, pois Rita é apenas uma criança quando Genésio (Tony Ramos) sofre o grande golpe que culminou no fim de sua vida. Se a história fosse pausada neste exato momento, o destino de Rita já seria, no mínimo, comovente. Mas a vida então lhe prega uma peça e coloca em seu caminho Carminha (Adriana Esteves), a segunda esposa de Genésio. E ela não chega sozinha… Carmen Lúcia Moreira de Souza entra em cena na companhia de Max (Marcelo Novaes), seu amante e parceiro em golpes e armações ao longo de anos. A trama tem início na década de 90. Carminha, uma mulher sedutora e esperta, nunca dá ponto sem nó. Casou-se com o honesto Genésio de olho em vantagens que poderia conseguir no relacionamento com esse homem simples e boa gente. Na primeira brecha que encontra, ela planeja uma armadilha que tem por objetivo roubar uma grande bolada do marido. Tudo vai bem até que Rita descobre quem é, de verdade, a sua madrasta. Ela revela a Genésio tudo o que descobriu, especialmente o roubo do dinheiro da venda da casa onde moram, ou seja, a sua única herança. Pai e filha, juntos, resolvem deter Carminha. É quando a sorte sorri para esta fria e ardilosa personagem, uma loba em pele de linda e dissimulada mulher.
Uma sorte chamada Tufão
Carminha (Adriana Esteves), sem fazer esforço, consegue tirar Genésio de seu caminho. Ele sofre um acidente fatal. Com isso ela evita que a sua verdadeira faceta venha à tona. Além de não estar mais na mira do ex-marido, a vilã desta história tem a seu favor uma manobra incrível do destino. Quando ela menos espera, surge em seu caminho um jogador de futebol em ascensão, nascido e criado no bairro do Divino, bairro fictício do subúrbio carioca. Bom de bola e carismático, logo sai dos campos da região para conquistar uma vaga no Clube de Regatas do Flamengo. E numa final de campeonato, destaca-se como o herói da partida. Em pouco tempo, Tufão sai de vez do anonimato para o universo dos flashes, do dinheiro farto e do assédio. Como Carminha não tem nada de inocente, ela vê em Tufão a chance de agarrar a vida que sempre sonhou. Nada pode atrapalhar o seu momento de triunfo. É quando ela resolve mandar para longe, sem dó nem piedade, aquela que representa o único empecilho para um futuro rico e promissor: Rita (Mel Maia). Sempre ao lado de Max (Marcelo Novaes), Carminha dá aquela que seria mais uma grande cartada e envia a enteada a um depósito de lixo para viver sob o controle intimidador de Nilo (José Abreu).
O paradeiro de Rita
E a vida não para. No depósito de lixo onde Rita (Mel Maia) é deixada, os seus primeiros dias são piores do que qualquer pesadelo que ela jamais imaginou ter. Em meio a um ambiente sujo e hostil, Nilo (José de Abreu) dita as regras para o funcionamento da casa que abriga outras tantas pobres crianças. E não é nada fácil sobreviver por lá. Bem ali ao lado, vive Lucinda (Vera Holtz), conhecida como a Mãe do Lixão. Ela tem o dom de transformar o lixo em lúdico e de oferecer, em escalas mínimas, claro, esperanças para a criançada que abriga. Ao contrário da casa de Nilo, Lucinda construiu um lar com criatividade e amor, também na medida do possível. A casa foi erguida com objetos e materiais encontrados em meio à sucata e ao lixo. O resultado agrada aos moradores, que vivem à margem de escolhas mais dignas e humanas. É na casa de Lucinda onde mora Batata (Eduardo Simões), menino de 11 anos que, apesar das condições que o rodeiam, é carismático e tem bom caráter. É ele quem ampara Rita ao vê-la enfrentar a dura rotina na casa de Nilo. Mesmo desagradando Nilo e desobedecendo Lucinda, ele convence a Mãe do Lixão a abrigar a menina. Vale lembrar que existe uma regra de “boa vizinhança” entre Lucinda e Nilo. Os grupos de crianças são intocáveis. Um não mexe com o outro, aconteça o que acontecer…
Um amor chamado Batata
A amizade entre Rita (Mel Maia) e Batata (Eduardo Simões) começa com ares de cumplicidade em busca de sobrevivência. Com o tempo, nasce um inocente primeiro amor. Esse sentimento se apresenta em forma de brincadeiras e, aos poucos, toma forma como algo mais forte, intenso, uma ligação que o tempo terá dificuldades em apagar. Quando Rita começa a se sentir em “casa”, cercada por pessoas que aprendeu a gostar, Lucinda (Vera Holtz) muda o rumo dos acontecimentos. Uma família adotiva chega ao depósito de lixo para levar Rita para fora do país. A Mãe do Lixão quer protegê-la, mas a menina custa a entender a motivação para tal atitude. Batata não se conforma em perder Rita. Ele tenta evitar que a sua grande parceira deixe o depósito, mas Lucinda o impede de continuar tentando e lutando para ter Rita ao seu lado. Para Lucinda, ambos não sabem do risco que correm caso continuem a viver por lá. E, assim, tempos depois, Batata também ganha uma nova família e deixa o depósito. Rita e Batata seguem por caminhos distintos, sem notícias um do outro. Eles passam a viver apenas nas lembranças daqueles que os conheceram. Os dois deixam para trás suas identidades e o passado na casa da Mãe do Lixão. Rita se torna Nina (Débora Falabella) e Batata passa a ser conhecido como Jorginho (Cauã Reymond).
Nina começa a escrever uma nova história
Rita (Mel Maia) é levada para a Argentina por uma família disposta a adotá-la com amor e recursos financeiros. Martín (Jean Pierre Noher) é um pai carinhoso e sabe bem dividir o seu carinho entre Rita e suas duas filhas biológicas. Rita passa a ser chamada de Nina (Débora Falabella) e, torna-se uma mulher bem-sucedida no trabalho e, aparentemente, no amor. Chef de cozinha, Nina tem o seu próprio restaurante, onde parece estar realizada. Hector (Daniel Kuzniecka) é seu namorado e parceiro, um amigo conquistado na Argentina. Mas a morte de Martín traz à tona a verdadeira Nina, uma jovem mulher que nunca se livrou do passado. Ao longo dos anos, ela não consegue perder de vista, mesmo à distância, seu algoz, Carminha (Adriana Esteves). Ela sabe de cada passo dado pela ex-madrasta, especialmente do casamento com Tufão (Murilo Benício) e de sua ascensão econômica. Nina conhece, até mesmo, a nova casa de Carminha, informação conseguida em revistas de celebridades para as quais a vilã concedeu entrevistas. Logo após o enterro de seu pai adotivo, Nina resolve voltar para o Brasil. Begônia (Carol Abras) e Betânia (Bianca Comparato) tentam impedir que a irmã dê início a seu acerto de contas. Mas Nina é irredutível. Ela abre mão de tudo o que conquistou em solo argentino, o que inclui o restaurante, a família adotiva e até mesmo o namorado. Nina está firme em seu propósito de impedir os abusos de Carminha. Ela não quer que a ex-mulher de seu falecido pai continue a fazer vítimas em prol de vantagens próprias. No fundo, Nina quer tentar resgatar um pouco da vida que lhe foi roubada. E a sua primeira decisão é entrar na casa de sua inimiga e conquistá-la como uma empregada perfeita de forno e fogão, amável e prestativa. Um sonho para qualquer dona de casa e a oportunidade perfeita para quem quer fazer a sua própria justiça.
Cores, brilhos, charme e futebol – a vida no subúrbio nos dias de hoje
Divino Futebol Clube
Uma grande mistura colorida. Assim é o bairro do Divino, onde vivem quase todos os personagens de ‘Avenida Brasil’. Nas redondezas, há um clube, o Divino Futebol Clube, onde a bola rola em defesa deste time de terceira divisão e acontecem os bailes de charme. É lá onde Jorginho (Cauã Reymond), Iran (Bruno Gissoni), Roniquito (Daniel Rocha) e Leandro (Thiago Martins) treinam dia após dia em busca da experiência necessária para se chegar num grande clube. O Divino Futebol Clube também abriga Darkson (José Loreto), Tessália (Débora Nascimento), Olenka (Fabiula Nascimento), Suéllen (Isis Valverde), entre outros personagens, em noites quentes de charme, estilo de dança e música que une os moradores deste subúrbio carioca.
Campeão consagrado pela nação rubro-negra
Tufão (Murilo Benício) fez bonito dentro de campo e o título que conquistou para o Flamengo o ajudou a saltar na pirâmide sócio-econômica. Mas nada deste novo mundo ofertado pelas conquistas enche os seus olhos. O que ele quer mesmo é continuar morando com sua família, no lugar onde nasceu, perto dos amigos. Obviamente, ele mora em uma mansão. Mas uma mansão erguida no subúrbio. Antes que Carminha (Adriana Esteves) cruzasse a sua vida, Tufão declarou em público o seu amor por Monalisa (Heloisa Perissé), uma cabeleireira paraibana que conquistou tudo o que tem com muito trabalho. Tufão e Monalisa foram noivos. Quem não gostou muito desta história foi Muricy (Eliane Giardini), mãe de Tufão. Apesar do enorme coração e de bom caráter, a matriarca sempre torceu o nariz para a cabeleireira. Poderia ser simplesmente uma pitada de ciúme maternal, mas este é um daqueles casos de avaliação equivocada das intenções de uma mulher verdadeiramente apaixonada. Muricy sempre acreditou que Monalisa fosse uma oportunista no caminho de Tufão.
A “Rainha da Chapinha”
Mulher de fibra, Monalisa (Heloísa Perissé) saiu da Paraíba para tentar a vida no Rio de Janeiro. Foi como cabeleireira que conquistou dignidade e independência financeira. Com o tempo, passou de empregada a dona do negócio, fruto de uma parceria com o ex-noivo, Tufão (Murilo Benício). Mas o sucesso do Salão da Monalisa tem uma explicação cercada de boas cifras: um creme desenvolvido por ela e que tem o poder, quase mágico, de deixar as mulheres com as madeixas alisadas. Para dar conta de clientes ávidas por uma cabeleira lisa , Monalisa conta com a ajuda de Olenka (Fabiula Nascimento), Roniquito (Daniel Rocha) e Brigitte (Luana Martau).
A vida no Divino
Os moradores do Divino já se acostumaram com a presença do carro de mensagens de Silas (Ailton Graça) pelas ruas. O veículo falante é usado para felicitações de aniversário, pedidos de casamento e até cobranças de dívidas. Com ele não tem tempo ruim. Se contratar, o serviço será feito! Uma movimentada loja de moda e acessórios feminino do bairro tem em seu quadro de funcionários Suéllen (Isis Valverde), Lúcio (Emiliano D’ávila) e Darkson (José Loreto). A primeira não está nem aí para o trabalho. O que ela quer mesmo é fisgar um jogador de futebol e ficar rica e famosa. Darkson é o dono da voz que faz a propaganda da loja na frente do estabelecimento. Ele usa o microfone para o trabalho e exercitar o seu talento como rapper. Lúcio também é avesso ao trabalho e faz corpo mole. Diógenes (Otávio Augusto) é o dono da loja. Fechadão e sisudo, ele tenta manter as rédeas de seu comércio.
Um homem + três mulheres = confusão à vista
Cadinho (Alexandre Borges) é um enigma para muitos especialistas em relacionamentos. Chamá-lo de mulherengo é reduzir demais as possibilidades deste charmoso e bonitão empresário do mercado financeiro. Rico, inteligente e perspicaz, Cadinho mantém três mulheres e…três famílias! É pai de quatro filhos, numa matemática difícil de entender. Não é o harém que o atrai. Ele quer mais. Ele quer formar famílias, sim, famílias no plural. A primeira mulher com que criou raízes foi Verônica (Débora Bloch). Descrevê-la é um desafio e entendê-la só é possível se o observador em questão for desprovido de preconceito. Uma mulher rica, que “a-d-o-r-a” consumir, mas que guarda um coração enorme e uma surpreendentemente personalidade romântica. Ela é mãe de Débora (Nathalia Dill) , assim como a famosa protagonista de uma canção popular, Verônica é que é mulher de verdade! Débora (Nathalia Dill) é uma excelente acrobata. Mas abriu mão de viver de sua arte depois de ter conhecido Jorginho (Cauã Reymond). Apaixonada, a jovem deixou de morar no Canadá para ficar bem pertinho do jogador. A segunda mulher de Cadinho é Noêmia (Camila Morgado). A grosso modo, é quase o oposto de Verônica. Quando conheceu o empresário, fez questão de deixar claro que não se interessou por ele por causa do dinheiro. Afinal, Noêmia sempre levantou algumas bandeiras, especialmente a de não valorizar o consumismo. Mas, sustentada por Cadinho, leva uma vida de milionária, numa linda mansão localizada na região serrana do Rio de Janeiro. É a mãe de Tomás (Ronny Kriwat) um rapaz que adora ostentar bens materiais e leva a vida como um mulherengo playboy. Alexia (Carolina Ferraz) completa o time de mulheres do empresário. Nascida em berço de ouro, a socialite foi perdendo a fortuna ao longo dos anos. Mas a união com Cadinho não foi motivada por sua boa condição financeira. No fundo, o que Alexia sempre quis foi encontrar um pai para o filho que sonhava ter. E assim foi concebida Paloma (Bruna Orphão), menina de personalidade forte e que sabe o jeito certo de conseguir tudo o que quer de sua mãe.