Há pouco mais de cinco anos, a Record surpreendeu ao ter inovado em lançar novelas em formato bíblico. Tido como algo inédito na época, a saga de Moisés e ‘Os Dez Mandamentos’ literalmente parou o Brasil e fez com que o canal conseguisse feitos históricos no horário nobre, como os fatídicos dias em que assegurou a liderança contra a novela das nove da Globo, ‘A Regra do Jogo’.
De lá pra cá, cerca de cinco novelas foram produzidas, além da segunda temporada do folhetim assinado por Vivian de Oliveira – hoje fora da emissora. Com uma onda de cortes ainda maior, o canal de Edir Macedo atualmente lida com o evidente desgaste dos enredos baseados nas histórias da Bíblia Sagrada, e viu como alternativa o retorno em investimento nas produções contemporâneas – à exemplo de ‘Amor Sem Igual’, em cartaz na faixa das 20h30 da noite.
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‘O Rico e Lázaro’, por sua vez, segue sendo reapresentada no principal horário de novelas da casa. Em cartaz desde agosto do ano passado, a trama não está conseguindo sequer manter os índices já baixos obtidos pela antecessora, a macrossérie – ou mininovela – ‘Jezabel’.
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Segundo dados do Ibope na Grande São Paulo, a novela acumula média geral de apenas 6,1 pontos, muito aquém do esperado pelo horário, em torno de dois dígitos. As pontuações, por sua vez, não são suficientes para superar as poderosas novelas infantis do SBT, cravando a terceira colocação no horário e prejudicando o desempenho da Record.
No comparativo neste mesmo período, em 2015, a queda é em torno de 55,8% nesta faixa horária, embalada com a trajetória dos mandamentos. Em sua exibição original, em 2017, a saga de Asher (Dudu Azevedo), Joana (Milena Toscano) e Zac (Igor Rickli) alcançava 10,2 pontos, embora sendo a primeira a promover a queda na faixa após a trinca de sucesso entre as duas temporadas de ‘ODM’ e a saga de ‘A Terra Prometida’.