Em Éramos Seis, Júlio (Antonio Calloni) sonhou a vida inteira em ter seu próprio negócio e prosperar para dar à família uma vida tranquila.
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Nos anos 1920, teve uma grande oportunidade, mas não conseguiu reunir o dinheiro necessário para investir numa sociedade com seu patrão, Assad (Werner Schünemann). Agora, cerca de dez anos depois, após passar por uma cirurgia em decorrência de uma úlcera que lhe perfurou o estômago, a sorte quase virou. Tia Emília (Susana Vieira), sensibilizada com sua situação, resolve lhe emprestar dinheiro para que ele invista na loja de tecidos que tanto almejou.
Mas a recuperação do patriarca da família Lemos não caminha como o esperado. A ansiedade para abrir o próprio negócio faz com que ele abuse e vá além do que seu corpo aguenta. Ao sair da casa de Emília com o cheque nas mãos, sente uma forte pontada na barriga, que o derruba no chão. Ele é acudido por Higino (Thiago Justino), que o leva, junto à Emília, ao hospital.
Lola (Gloria Pires) e os filhos são avisados, vão ao hospital e descobrem que Júlio precisa de uma transfusão de sangue. Entre os filhos, o único que possui o mesmo tipo sanguíneo do pai é Alfredo (Nicolas Prattes). Em meio a tanto sofrimento, Alfredo encontra um motivo para se alegrar, já que poderá salvar o pai. Mas sua alegria dura pouco e dá lugar a uma grande frustração. A transfusão não é suficiente para salvar Júlio, que morre em seguida.
A família fica devastada, mas terá pouco tempo para viver o luto. Não demora até que as contas comecem a chegar. O bonito, contudo, é que em meio aos problemas, Lola encontrará também muita solidariedade. Serão pequenos respiros entre novos conflitos que começam a surgir.
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“Solidariedade é a grande mensagem da novela. A importância dos laços e de cuidar do outro. Existe neste texto uma denúncia social urbana, que pode ser vista claramente na trajetória de vida dessa família”, comenta Angela Chaves.
Entrevista com Antonio Calloni
Como foi para você a repercussão de interpretar este personagem?
Cheguei a ouvir de pessoas que elas gostavam do Júlio, mas não gostavam de gostar dele. A repercussão foi muito bacana, mas sinto uma dificuldade geral, no Brasil e no mundo, de não se enxergar todas as nuances que existem sobre as coisas e principalmente sobre as pessoas. Entre o bem e o mal existe uma gama de possibilidades. O Júlio amava a família, era profundamente apaixonado pela esposa e queria dar à Lola e aos filhos uma vida melhor. Mas cometia erros, seja indo ao cabaré ou sendo agressivo com os filhos. As pessoas erram desde que o mundo é mundo.
Como foi a experiência de gravar com as crianças e com elenco jovem, que são os filhos de Júlio na primeira e segunda fase?
A gente sempre fala que ensina e aprende ao mesmo tempo. Essa é mais que uma frase feita, é uma verdade que só quem trabalha com isso pode entender. O aprendizado é constante. As crianças vêm com outra bagagem, outro repertório e isso é sempre surpreendente e estimulante. Ver as crianças com esse frescor e essa vontade de trabalhar é muito bom. E foi um imenso prazer ver os filhos de Júlio crescidos e trabalhar com este elenco jovem.
Qual é o sentimento de se despedir da novela?
Gosto de dizer que essa é uma novela com gosto de bolo de chocolate e cheiro de cafezinho quente. Ganha pela simplicidade e pela emoção. Vou sentir saudade do trabalho, pois a equipe é muito bacana, o elenco também e os diretores são fantásticos.
As cenas estão previstas para irem ao ar a partir deste sábado, dia 30.