Saiba mais sobre a nova trama das 19h da Globo, ‘Geração Brasil’.
Chega ao Brasil uma nova empresa. Um conglomerado de tecnologia criado por um brasileiro no Vale do Silício: a Marra International. Este brasileiro foi um jovem que acreditou em seu sonho, correu atrás e seguiu rumo ao estrelato. Hoje, é uma das figuras mais idolatradas – e questionadas – do mercado digital e de celebridade. Se você não conhece o grande Jonas Marra (Murilo Benício), prepare-se! Ele está de malas prontas para o Brasil e sua chegada impactará a vida de muitos. Se você quer saber mais sobre este visionário da tecnologia, nós conseguimos muito mais do que um furo sobre esta celebridade. Aqui, revelaremos o passado, o presente e os planos para o futuro de Jonas em uma exclusiva só para você, caro jornalista.
Os autores Filipe Miguez e Izabel de Oliveira, a diretora de núcleo Denise Saraceni e as diretoras-gerais Maria de Médicis e Natália Grimberg nos dão todos os detalhes sobre esta figura, um grande CEO que galgou o caminho ao sucesso e que hoje tem uma legião de jovens que segue seu exemplo e busca uma oportunidade para transformar o mundo. E todos descobrirão que, por trás de toda a modernidade, confiança, criatividade e riqueza, existe um homem que não está a salvo do motivo que nos move: o amor.
Estreia nesta segunda, dia 05 de maio a próxima novela das sete, ‘G3R4ÇÃO BR4S1L’. Adiantamos aqui tudo que você gostaria – e precisa saber – sobre este universo que adentrou nossas vidas tão rápido – a tecnologia –, e mais ainda sobre outro assunto que é tão comum a todos nós – as relações humanas.
Um visionário brasileiro
Um homem e um sonho: criar um computador de baixo custo e fácil manuseio. Um jovem que abandonou as terras brasileiras – e os problemas com a mãe, Gláucia Beatriz (Renata Sorrah) – para investir no projeto de um computador, nos EUA. Lá encontrou o incentivo e o sucesso. Tornou-se o grande Jonas Marra (Murilo Benício), considerado um visionário da tecnologia. Com apenas 18 anos, revolucionou o mercado e hoje é o ídolo dos jovens aspirantes a um lugar no mercado digital. Confiante e excêntrico, Jonas fundou sua empresa no berço dos tecnocratas, o Vale do Silício, na Califórnia, e conquistou o feito de ser um dos homens mais ricos – e criticados – do planeta. O Vale do Silício reúne as maiores empresas de tecnologia do mundo e é de lá que saem muitas das inovações do mercado digital mundial que estão mudando o planeta.
A união de duas estrelas
Na Califórnia, Jonas conheceu o sucesso e uma parceira: Pamela Parker (Cláudia Abreu), filha de uma atriz brasileira e de Jack Parker (Luis Carlos Miele), magnata da indústria audiovisual e dono da Parker Television. Ainda criança, ela se tornou alvo da mídia com a morte prematura de sua mãe. Foi criada pela melhor amiga da mãe, Dorothy Benson (Luis Miranda), que atendeu ao pedido da atriz para que se responsabilizasse pela pequena Pamela. Com a mãe e depois com a madrinha, aprendeu a falar português e a gostar do Brasil. Fez sucesso na adolescência como a protagonista da série “Galáxia Andrômeda” e depois conquistou as capas de revista com mais uma tragédia pessoal: Pamela estava grávida quando o namorado surfista morreu em um acidente no Havaí. Pouco tempo depois, conheceu Jonas e logo estavam morando juntos. O empresário assumiu a paternidade de Megan (Isabelle Drummond). Eles criaram uma filha linda, chique e tão exibida quanto os pais. Sua profissão é ser celebridade. Logo após a união, Pamela passou a assinar seus trabalhos como Parker-Marra, e Jack se tornou um dos investidores da empresa do genro. Longe de ser uma mulher ofuscada pelo sucesso do marido, a atriz tem um brilho próprio e Jonas adora vê-la sob os holofotes. Rapidamente, Pamela e Jonas se tornaram o casal queridinho da América e do mundo, uma força midiática sem limites. Bonitos, ricos e talentosos, juntos conquistaram todo o bônus – e o ônus – do sucesso. Boatos garantem que o casamento foi só uma jogada de marketing, mas preferimos acreditar no amor do casal.
O misticismo de Brian Benson
O casal Marra frequenta o centro de Brian Benson (Lázaro Ramos), guru pop e mentor filosófico dos tecnocratas do Vale do Silício. O melhor amigo do casal dá disputadas palestras e escreveu um best-seller usando os fundamentos da física quântica para ajudar as pessoas a atingirem seus objetivos. Criou a fundação ‘Regenera’, que lucra cada vez mais com os louros do livro de Brian. Ele começou sua vida profissional na Marra, por ser um gênio da física quântica e da matemática pura, mas saiu para fundar seu próprio império. É admirado pelos Marra e conta com a ajuda da família para divulgar e corroborar sua imagem de sucesso. Seu perfil carismático e exótico atrai muitos seguidores, principalmente femininos, e a fama de conquistador deixa a mãe, Dorothy (Luis Miranda), cheia de orgulho – apesar de ele nunca ter assumido um namoro. Sua atual pretendente é Maria Vergara (Débora Nascimento), uma mexicana morena e escultural, nada discreta, assim como Mr. Benson.
Enquanto isso no Brasil – ame ou odeie Jonas Marra
O outro lado da tecnologia – A ONG Plugar
Localizada na Gambiarra, bairro da Zona Oeste do Rio de Janeiro, a Plugar é conhecida por seu trabalho de inclusão digital com crianças. Seu idealizador, Herval Domingues (Ricardo Tozzi), apresentou um computador pela primeira vez a Davi (Humberto Carrão) quando ele ainda era uma criança. Atualmente, o jovem é monitor e sonha poder difundir o aprendizado de código de programação de computadores e dar a chance aos jovens de se tornarem desenvolvedores de programas para PCs, e não apenas usuários de tecnologia, como aprendeu com seu mentor. Porém, as ideologias talvez um tanto radicais de Herval – que abomina as grandes corporações, como a Marra – não ajudam a ONG a ter projetos patrocinados como a equipe gostaria. O que ninguém sabe é que Herval guarda segredos e sentimentos por um dos integrantes da família Marra: Pamela. Davi chegou à Plugar através de Rita (Gisele Fróes), responsável pela administração da ONG e quem o criou desde os oito anos. Nessa idade, Davi parou de falar por conta da perda de sua mãe, irmã de Rita. Assim, ela se viu determinada a ajudá-lo. A convivência com Herval acabou devolvendo não só a fala de Davi, como o menino descobriu seu talento para a tecnologia. Herval experimentou deixar a traumatizada criança sozinha com um PC e, em pouco tempo, Davi tinha voltado a falar e a interagir com o mundo, graças à ferramenta da tecnologia. A experiência foi gravada pelo idealizador da ONG e o vídeo se tornou uma bandeira em prol da inclusão digital. Mas Davi que ir além: unir os conceitos pedagógicos de Rita, a ideologia de Herval e seus conhecimentos de engenharia da computação para criar um minicomputador para estimular o aprendizado de código – o Júnior. Quando vai a uma feira de tecnologia em Recife, a Recife Online, apresenta seu projeto e recebe o apoio para produzi-lo, para orgulho de Herval e Rita. Com o desenvolvimento do projeto, poderá recrutar os amigos, que não trabalham nem estudam: Mathias (Danilo Santos Ferreira), Mosca (Fagundes Emanuel), Luene (Ana Terra Blanco) e Vander (Bernardo Marinho). Além da conquista, no evento Davi ainda conhece uma gata que não consegue esquecer, apesar de mal ter conseguido falar com ela…
A gata é…
Manuela Yanes (Chandelly Braz). Uma engenheira pernambucana, típica representante da geração dos que se valem da tecnologia para derrubar fronteiras. Escondida por trás do avatar MAYA, ela é praticamente uma lenda entre os aficionados por games. Nasceu no interior de Pernambuco, mas sabe que foi feita para o mundo. A formatura na faculdade de Engenharia da Computação coincidiu com o Recife Online, evento de tecnologia da cidade, onde defende seu projeto. A participação também lhe rendeu um namorico com Domênico (Joaquim Lopes), programador de um centro cultural em São Francisco, na Califórnia, que se encantou por Manu. Depois de alguns dias juntos, ele voltou para os EUA, mas a jovem não desistiu desta paixão e planeja vê-lo assim que possível, de preferência em terras estrangeiras. Ela nem nota os olhares de Davi durante sua passagem pelo evento. Manu está pensando também na festa de dez anos da Navegadance, casa noturna de seu pai. Nela vai se apresentar a Navegabeat, banda formada por seu irmão Igor (Samuel Vieira), a namorada Janaína (Julia Konrad) e Thales (Johnny Hoocker). Manu ainda não sabe, mas seu pai, Fred (Luiz Carlos Vasconcellos), está prestes a lhe dar grandes dores de cabeça quando ela descobrir as grandes encrencas judiciais em que ele se meteu. Ela teme que Igor tenha mais uma crise emocional, pois sabe que o irmão é emocionalmente frágil e a pressão de fazer um show em uma grande casa de festas pode afetá-lo. Mas enquanto o show não começa, Manu prefere curtir o Maracatu do Recife Online. Até que uma certa presença é anunciada para todos…
A família Marra vem para o Brasil
A última aparição de Jonas e Pamela na imprensa foi por conta da renovação de votos do casal. Tudo transmitido pela Parker TV, com cobertura exclusiva de Shin-soo (Rodrigo Pandolfo), o repórter das celebridades. Pamela, como sempre, surge no auge de sua exuberância, ao lado de sua filha Megan e da madrinha Dorothy. Mas onde está Jonas? Com duas horas de atraso, o empresário cruza os céus em direção à família, fazendo uma entrada triunfal. Jonas Marra continua um passo à frente de todos. Quer dizer, quase todos… Brian percebe que algo está errado e que Jonas parece bastante incomodado com algo. Desconfia que se trata de alguma questão que vai além da pressão dos acionistas da empresa para que Jonas encontre um sucessor, já que o preço das ações da Marra já viu dias melhores. Anualmente, Jonas anuncia, em um grande evento midiático, as novidades da empresa para o próximo ano. Desde a renovação de votos, ele tem se resguardado e, com isso, estimulado a curiosidade de todos. Finalmente, ele comunica que este é o ano Brasil da Marra e que irá com toda a família ao seu país lançar as novidades desenvolvidas pela empresa. E, quem sabe, encontrar seu sucessor em meio a esta geração de jovens brasileiros conectados e criativos. O aviso deixa todos em choque: depois de vinte anos sem colocar os pés em terras brasileiras, o que levou o empresário a mudar de ideia? Será o sucesso e o desenvolvimento do Brasil nos últimos anos? Bom, fica a pergunta. A decisão faz Brian ter mais certeza que o melhor amigo esconde um grande segredo. O anúncio de Jonas é transmitido, ao vivo, para diversos eventos no mundo, inclusive para o Recife Online. É essa a oportunidade que jovens como Davi (Humberto Carrão) e Manu (Chandelly Braz) esperavam: estar perto do visionário da tecnologia e ganhar sua atenção para, assim, poderem tentar uma vaga na Marra Brasil.
Não é só Manu e Davi… Tem um ouriço no caminho
Ernesto Avelar (Felipe Abib) sabe que essa é sua chance de tornar um verdadeiro sucesso seu site de compras coletivas: o ‘Ouriço’. Ludmila (Ellen Roche) deposita muitas expectativas no sucesso do namorado, mas é esperta e sabe que o Ouriço pode ir parar no fundo do mar. Com isso, continua de olho no mercado de jovens empresários. Depois de tantos fracassos, a possibilidade de se aproximar de Jonas Marra faz Ernesto começar a acreditar que tudo foi válido para chegar a uma real possibilidade de sucesso. Ainda mais depois de investir boa parte das economias da família em seus projetos. O pai, Elias (Marcelo Airoldi), é um entusiasta do filho e acredita piamente em suas capacidades. Ao lado de sua esposa, Susana (Monica Torres), herdou uma rede de lojas de tecido do falecido sogro, mas vendeu a companhia em um negócio mal sucedido e terminou como empregado do local. Por ser um profissional frustrado, investe nas ideias do filho com o sonho de vê-lo prosperar. Algo que ele próprio não conseguiu. Quem não gosta nada desses investimentos dos pais é Lara (Elisa Pinheiro), irmã de Ernesto, que parou a vida após engravidar ainda muito jovem. Mesmo com o filho sendo criado por seus pais, a jovem usa o fato de ser mãe para adiar a definição do que quer para o futuro. A matriarca da família Avelar é Dona Iracema Avelar (Aracy Balabanian), uma dona de casa de classe média e o eixo firme da família. Vive do pé de meia que fez com o falecido marido e gasta o dinheiro com cautela para não ter que depender dos outros na velhice. Mesmo sendo controlada, até Iracema está com fé no projeto do neto. E, para completar, ela é vizinha e rival de Gláucia Beatriz Pacheco Marra (Renata Sorrah), o lado sem glamour da famosa família Marra.
Os Marra… da Taquara
Ao saber que o filho está pronto para voltar ao Brasil, Gláucia Beatriz busca uma aproximação. Mas quem aposta que ela está com saudades do filho acaba de perder as fichas. O que a senhora Marra quer, segundo ela, é justiça. Afinal, Jonas saiu do ventre dela e ela só recebe uma mísera mesada para se sustentar e ainda manter o filho, Silvio (Luiz Henrique Nogueira), a nora, Marisa (Titina Medeiros), e os netos Danilo (Miguel Roncato) e Danusa (Valentina Bandeira). Todos moram em um apartamento na Taquara. A verdade é que ela não entende por que as pessoas admiram tanto Jonas. Afinal, para ela, Silvio que é um filho exemplar. Vendedor de uma loja de eletrodomésticos, Sílvio vive sob a asa da mãe, e também sente que deu azar na vida, poderia ter alcançado mais. Marisa, depiladora em um salão da Taquara, mantém o marido feliz na cama, com a autoestima elevada e distraído o suficiente para que ela dê algumas escapas. Danilo é um sedutor que quer ficar rico rápido e fácil. Porém o próximo alvo será um pouco mais difícil: a prima Megan. Danusa é tão diferente que desconfia do próprio parentesco com os familiares. Entrou para a faculdade de História e se dedica aos estudos – talvez assim consiga se distanciar das loucuras da avó e dos pais.
O que esconde Jonas Marra?
Ao se aproximar da data de partida para o Brasil, a tensão de Jonas fica nítida e crescente. Ele é confrontado por Brian e admite: guarda um segredo a sete-chaves e precisa do apoio do amigo. Somado à pressão dos acionistas para que dê resultados – já que o último ano da empresa não foi tão lucrativo quanto gostaria – Jonas sabe que precisa agir rápido. Pamela percebe que o marido está distante e tenta ajudar como pode, está determinada a manter seu casamento feliz e estável, mas também guarda seus próprios segredos e um deles está no Brasil. Mesmo assim, fica radiante com a decisão de morar no país de seu marido, sua mãe e sua madrinha. Diferente de Megan, que acusa os pais de destruírem sua vida social ao levá-la à força para o Brasil. Assim como Dorothy, que não gosta nada da mudança… Como de costume, a filha dos Marra some e pouco tempo depois a notícia chega: Megan sofreu um acidente de carro. Já recuperada e muito nervosa, a filha dos Marra revela o motivo do desespero: ao chegar na casa do namorado, Alex (Fiuk), viu que ele está escrevendo um livro sobre a intimidade da família. Só se aproximou da jovem para acompanhar a intimidade dos Marra. Além de possuir vídeos e fotos comprometedores da princesinha do Vale do Silício. Jonas e Brian automaticamente entram em estado de alerta e se perguntam até onde Alex ouviu as conversas. Será que o segredo de Jonas pode ser ameaçado? E como será no Brasil onde muitos repórteres aguardam Jonas – e buscam avidamente por um furo sobre este visionário da tecnologia?
Repórter com uma reputação… barata
Verônica (Taís Araújo) é o retrato da mulher batalhadora. Na faculdade de Jornalismo, tinha um único desejo: se tornar repórter investigativa. Apesar de colocar a carreira em primeiro lugar, se apaixonou e pouco depois nasceu Vicente (Max Lima). Verônica se casou, cuidou do filho, mas não deixou o sonho da carreira de lado, até ficar viúva. Forte e determinada, Verônica se manteve firme em seus objetivos de carreira, mas tinha que ganhar dinheiro. Topou um contrato de garota-propaganda do Varejão do Barata (Leandro Hassum) – loja de material de construção e eletro-eletrônicos. Tentou fazer matérias como freelancer, mas passou a não ser levada a sério. Afinal, era sempre reconhecida como a “garota do Barata”. Hoje, ela tenta se estabelecer como jornalista e consegue uma vaga no site ‘Fato na Rede’, mas está longe do teor investigativo que a levou a se tornar jornalista. A editora Débora Valente (Marília Martins) não lhe oferece nada além de matérias de saúde e beleza. Mas o trabalho no site rende a amizade de Edna Bentes (Débora Lamm), uma geek de primeira geração e totalmente aficionada por novidades tecnológicas. Tudo muda quando Davi (Humberto Carrão), que constantemente a ajuda com os consertos de seu notebook já um tanto decadente, conversa com a repórter sobre a suspeita de que um dos professores da faculdade reprovou Mathias (Danilo Santos Ferreira) por racismo. Davi sabe que Mathias não liga muito para os estudos, mas o ajudou pessoalmente a se preparar para esta prova e viu o quanto ele se esforçou. Com suas habilidades de hacker, Davi entra no sistema de segurança da faculdade e vê que 80% dos alunos negros foram reprovados por esse professor. Sentindo que tem uma grande história nas mãos, Verônica assume a pauta e a matéria se torna um grande sucesso. Problema pra Davi e Mathias, que são expulsos da faculdade por terem invadido o sistema. Verônica comemora a repercussão, apesar de não entender como do dia para a noite a matéria “replicou na rede”, como diz seu filho. Ela não sabe nada de internet e tecnologia e seu próximo desafio será entrevistar o grande Jonas Marra, em sua primeira coletiva de imprensa no Brasil. Desesperada, Verônica terá que buscar em Vicente todo o histórico do empresário, pois o filho de 14 anos é fera no meio digital, em especial, em games, e viciado nas novidades da Marra. O encontro com Jonas pode guardar ainda mais surpresas…
Os bastidores de Geração Brasil
Portos de tecnologia unem Califórnia e o Recife
Na Califórnia, o Vale do Silício. No Recife, o Porto Digital. Dois pólos de tecnologia que tem algo em comum: as gravações de ‘G3R4ÇÃO BR4S1L’. Durante os meses de fevereiro e março, as equipes de produção, elenco e direção da novela viajaram para ambos os locais para dar vida aos personagens da história de Filipe Miguez e Izabel de Oliveira. “A novela tem núcleos nos EUA, com São Francisco; o Rio de Janeiro; e Recife. Curiosamente três cidades de porto, que têm mar, um astral gostoso e leve. Recife foi o primeiro porto em que aterrissamos, as gravações foram muito legais. O cenário da Califórnia é fundamental, com uma beleza natural e ao mesmo tempo urbana. Era importante que os atores respirassem aquele ar e se contaminassem do lugar para conhecer a riqueza de detalhes que seus personagens poderiam trazer para a história”, define a diretora de núcleo Denise Saraceni.
Garota eu vou para… Califórnia
No dia 03 de março, cerca de 20 pessoas rumaram para a Califórnia a fim de iniciar as gravações da novela e começar a contar a história da família Parker-Marra. Por lá ficaram até o dia 22 de março. No elenco, Murilo Benício, Cláudia Abreu, Luis Carlos Miele, Isabelle Drummond, Luis Miranda, Lázaro Ramos, Rodrigo Pandolfo, Chandelly Braz, Samuel Vieira e Débora Nascimento. A equipe gravou em São Francisco – cenas na Ponte Golden Gate, Golden Gate Park, Academy of Science, dentre outros cenários – e nas cidades de Monterey – autódromo Laguna Seca –, Carmel e na região de Big Sur. Cerca de 100 pessoas foram contratadas nos EUA para trabalhar em parceria com a equipe brasileira. Durante as gravações foram usados carros de última geração, skates elétricos, bicicletas elétricas, drones e outros gadgets que compunham o cenário da trama. A produção cenográfica foi produzida nos EUA e o figurino levou cerca de 42 malas com os looks dos personagens, além de incluir algumas peças compradas lá, como o vestido de casamento de Pamela (Cláudia Abreu). A diretora-geral Maria de Médicis reforça a importância de começar as gravações deste núcleo na Califórnia: “Conseguimos estabelecer de onde o núcleo dos Marra vem. Só poderíamos começar na Califórnia, porque essa família é de lá, é americana. Isso é importantíssimo até para os atores e foi fundamental para a trama. Em termos de imagem também é ótimo. Temos um excelente material”.
A terra do maracatu, do frevo e da tecnologia
Cerca de 60 pessoas da equipe da novela viajaram para as gravações em Recife. Humberto Carrão, Joaquim Lopes, Chandelly Braz, Samuel Vieira, e os estreantes Johnny Hoocker e Júlia Konrad gravaram entre os dias 05 e 13 de fevereiro na cidade. Dois caminhões levaram o material de cenografia e arte, e o figurino preencheu 27 malas. A novela passou pelo Porto Digital, referência do mercado de tecnologia brasileira, pelo Paço do Frevo, pelo Centro Cultural e Centro de Artesanato no Marco Zero, também na Ponte de Ferro sobre o rio Capibaribe e no pitoresco bairro do Poço da Panela em Casa Forte. “É lá que tudo está acontecendo, o pólo da tecnologia é em Recife e tem a mistura do contemporâneo com as raízes do nordeste, o que ajuda a contar a nossa história”, afirma a diretora-geral Natália Grimberg. Para dar ainda mais veracidade às cenas, todos os figurantes eram moradores locais. A maior sequência gravada na cidade – o festival de tecnologia Recife Online – durou dois dias e reuniu cerca de 270 figurantes no primeiro e 110 no segundo dia. O evento ainda contou com a participação do DJ Dolores, também consultor da novela, e do grupo de Maracatu ‘Estrela de Ouro de Aliança’. Não só os figurantes, mas os atores do núcleo de Recife são todos nordestinos, inclusive Luiz Carlos Vasconcellos, que interpreta Fred, o pai de Manu (Chandelly Braz) e Igor (Samuel Vieira). “Todo o nosso elenco que viajou é de Pernambuco e o Luiz é paraibano, ninguém fez sotaque. Isso foi uma busca nossa, não por acaso”, completa Natália.
Por que G3R4ÇÃO BR4S1L?
A jogada com números e letras no nome da próxima novela das sete, ‘G3R4ÇÃO BR4S1L’, tem um objetivo: aproximar o título aos aspectos tecnológicos da trama. A grafia é inspirada no alfabeto “Leet”, ou “L33t”, uma espécie de linguagem codificada dos hackers. É baseada na substituição de letras por símbolos e números para formar uma linguagem usada por hackers e usuários de jogos, mas se popularizou e é usado por diversas pessoas para se comunicarem online. Apesar da referência tecnológica, mais que os números e as letras, o foco do título é reforçar a geração de jovens brasileiros que pode mudar o mundo com o apoio das tecnologias, mas sem esquecer que o verdadeiro chip da vida são os amores e as paixões.
Um look fresh e fabulous: o figurino e a caracterização de ‘G3R4ÇÃO BR4S1L’
O figurino de ‘G3R4ÇÃO BR4S1L’ vai do moderno ao irreverente, com forte passagem pelo luxo e pelo glamour, sempre acompanhando e marcando expressivamente os núcleos da trama. Se a família Marra esbanja contemporaneidade e poder, sua caracterização não poderia ser diferente: a figurinista Gogoia Sampaio foi à Califórnia com o caracterizador Fernando Torquatto e a caracterizadora Núbia Maisa para o desafio de encontrar referências que traduzissem toda a grandiosidade do Vale do Silício e de Hollywood. De lá nasceu um Jonas Marra (Murilo Benício) que foge do óbvio e padronizado. Apenas através dos sapatos e roupas estilizadas e desgastadas, com predominância dos tons terrosos, o ator Murilo Benício rejuvenesceu junto com o personagem. “O Jonas é a antítese do rico tradicional, aquele de terno e gravata. Ele representa o plano dos novos milionários do mundo virtual: eles não usam terno e gravata, só em eventos”, explica a figurinista. Para ela, a principal figura feminina da família Marra foi um desafio pessoal. Após trabalhar com Cláudia Abreu em ‘Cheias de Charme’, Gogoia precisou reinventar o glamour para Pamela, criada no mundo da TV, onde tudo parece perfeito. “A Pamela é realmente a visão de todas as mulheres que hoje em dia são a representação do red carpet. A vida dela é um tapete vermelho”, diz Gogoia. “A Pamela tem um cabelo impecável, sempre bem penteado como se tivesse um cabeleireiro sempre à disposição. Ela revisita as divas de Hollywood, mas de forma atual”, diz o caracterizador Fernando Torquatto. Para reforçar as expressões, a personagem usa olhos bem marcados e esfumados em tons de caramelo. Já nos lábios sempre tons claros para trazer leveza e frescor. Megan, assim como a mãe, nasceu no luxo. Em uma transformação surpreendente na atriz Isabelle Drummond, a equipe de figurino e maquiagem marcou com cabelos loiros compridos e maquiagem carregada a “profissão celebridade” da patricinha. “Usamos como inspiração toda essa cultura pop, as meninas da Califórnia. A Megan tem um cabelo super longo, muito loiro, olhos marcados, tudo para reforçar sua personalidade, mas ela não quer ser igual a ninguém. A Megan interpreta as tendências do jeito dela, ela quer criar a própria moda”, define Fernando Torquatto. Uma das formas da personagem se destacar são as maquiagens, em que usa tons de bordô nos olhos, consome texturas como glitter, mistura de cores, delineador. A personagem ganha um acessório que será marcante em seu visual: a meia-calça. “Acho divertido e bem Califórnia: um frio que não é frio, calor que não é calor. Eu estou apostando tudo na meia”, revela a figurinista. Ainda com ares californianos, o guru pop Brian é, ao mesmo tempo, divertido e estiloso. Com inspiração na mistura das roupas dos rappers americanos, que buscam um look pessoal e característico, o personagem tem um estilo próprio. Sua mãe também é uma surpresa à parte. Vivido por Luis Miranda, o personagem Dorothy é muito feminino e discreto. A sobriedade vem dos looks com cortes retos, bem acabados, com um corte de cabelo clássico e maquiagens sofisticadas com cores neutras. Já o núcleo pernambucano tem uma riqueza diferente: a cultural. A figurinista reservou para os personagens peças com características locais, como rendas e birros, muitas delas compradas em brechó. “A Manu (Chandelly Braz) é a Megan do Brasil, ela mistura as referências como a Megan, mas é uma menina solar. Pernambuco é um estado com riquezas culturais muito grandes. Fizemos referências com o que eles são”, conta a figurinista. Os personagens jovens de toda a novela trazem, em suas roupas, o moderno, itens que poderiam integrar o guarda-roupa dos próprios atores, mas vem para trama com peças de tendência e, ao mesmo tempo, que marcam suas origens. Os cariocas da trama, por sua vez, marcam o cotidiano da população. Verônica, personagem de Taís Araújo, é uma heroína romântica, que já sai de manhã com a roupa que vai usar de noite. É a mulher em seu dia a dia, mas que ao mesmo tempo em qualquer lugar que vai está bem vestida. Já Ricardo Tozzi deixou a barba crescer e o cabelo liso mais comprido para interpretar Herval, um homem desprovido de vaidade e com um visual muito masculino. O destaque dos cariocas fica por conta do núcleo da família Marra da Taquara. Na casa da mãe de Jonas, o irreverente ganha papel principal, tanto na matriarca quanto em sua nora. Gláucia Beatriz (Renata Sorrah) é super sexy, segura de si e irreverente, assim como a Marisa (Titina Medeiros), sexy e garotona. Nelas a aposta é de minissaias, tecidos em cotton lycra e estampas. “Elas podem tudo!”, revela Gogoia.
Robôs, computadores, logomarcas e mil e uma casas: as criações da produção de arte e da cenografia
Integrar Califórnia, Recife e Rio de Janeiro e trazê-los para a tela de forma natural e criativa. Este é o desafio do produtor de arte Eduardo Feijó e dos cenógrafos May Martins, Marcus Ranzani e Mauricio Rohfs em traduzir os tantos aspectos de ‘G3R4ÇÃO BR4S1L’ de forma contemporânea e unificada. Em um universo feito de marcas, a equipe de produção de arte chegou a desenvolver cerca de 40 logos e submarcas originais como o site de compra coletiva Ouriço e a loja Varejão do Barata, dentre outras. “O tema desta novela é um desafio, pois está muito presente na vida de todos e não podemos errar”, define Eduardo Feijó. O ponto de partida foi a Marra International, empresa onde esses três lugares se encontram e a partir dela começaram as pesquisas para construção das muitas empresas e casas tão diversificadas da trama. “Para a logomarca, tínhamos a ideia de fazer um toy e chegamos à abelha, que tem o conceito da colmeia, do cooperativismo, ligações do mundo moderno a tecnologia que conecta as pessoas em prol do bem”, explica o produtor. Para garantir o ar empresarial, mas mantendo o frescor e o design limpo e direto, a abelha ganha as cores preto e branco. No cenário da sede americana da empresa, prevalecem as linhas arrojadas, objetos multifacetados com o conceito de rede e produzidos em material como acrílico, metal, vidro, com cores entre cinza e branco. Personagens andam de skate elétrico e bicicletas elétricas na empresa e um robô é o recepcionista da Marra. A equipe buscou retratar ali uma tecnologia de ponta e com design arrojado ao desenvolver os smartphones e tablets. Uma busca de criar uma empresa única e coerente com o mercado. Na Califórnia, onde foram gravadas as primeiras cenas da Marra Corporation, a equipe confeccionou em 3D um grande objeto com o nome Marra, produzido em MDF com cerca de um metro de altura e três metros de comprimento posicionado em frente ao prédio da empresa. Tudo para garantir que os telespectadores acreditem neste conglomerado multimilionário de tecnologia. Mas ao vir para o Brasil, a marca ganha mais cores e serão marcantes os tons de verde e amarelo. “A Marra Brasil é uma empresa sofisticada de visual futurista. Pesquisamos muito pra compor todo o universo visual. Visitamos empresas referência de tecnologia na Califórnia e no Brasil para a ambientação desse local”, conta a cenógrafa May Martins. Outro cenário muito característico desenvolvido pela equipe é a Regenera, instituto de Brian (Lázaro Ramos): um mix de tecnologia e natureza. Muitos dos símbolos da Regenera são relacionados a geóides, modelos físicos do planeta Terra – bolas e círculos –, objetos que se completam em seu próprio formato. Na palheta de cores, predominam verde, laranja, branco e cinza. No instituto são encontrados gadgets de alta tecnologia, porém com um design vintage e retrô, sem deixar de ter funcionalidades muito modernas. A casa da família Marra reflete a personalidade de seus personagens: poucos elementos, design moderno, chique, com peças de arte e um colorido suave. “Os Marra são uma família mega sofisticada onde a escolha é pelo estilo “menos é mais”, minimalismo total! Isso nos leva à essência, cada detalhe faz a diferença”, explica May Martins. Já os Marra da Taquara, no Rio de Janeiro, serão o oposto dos Marra da Califórnia. Acumuladores natos, juntam tudo que ganham – e que tiram dos outros. Misturam móveis antigos com cores sem graça e muita informação num mesmo cenário. A única que foge a regra – tanto em personalidade quanto em decoração – é Danusa (Valentina Bandeira), que em seu quarto busca um romantismo, cor, características de uma meninas estudiosa e dedicada com quadros de anotação e referências de seus interesses no mundo. Na ONG Plugar, Eduardo pode explorar a tecnologia em outro formato, em um lugar mais humano e acolhedor. Boa parte dos itens que compõem o cenário são recicláveis, como garrafas pet e lixos de PCs antigos e foram feitas parcerias no desenvolvimento dos robôs que serão apresentados a partir deste núcleo. Dentre eles o Júnior, robô criado pelo personagem Davi (Humberto Carrão) de fácil uso para que crianças aprendam a programar de forma lúdica as funções básicas de programação. A inspiração são jovens que criam estes pequenos computadores com cabos de áudio, vídeo, mouse, teclado, e um pequeno processador, que pode ser conectado a qualquer monitor. A ONG tem sede na Gambiarra, bairro fictício com características simples, periférico e com ar bucólico. As gravações de Recife contaram com uma parceria com o governo do Estado, que cedeu diversas obras do artesanato local para as gravações do núcleo local. Os móveis e detalhes do ambiente buscam reforçar a cultura local, como a bicicleta de bambu de Manu (Chandelly Braz) até a guitarra usada pelo personagem Igor (Samuel Vieira), desenvolvida pela equipe e parceiros. Em uma das cenas da boate, foram projetadas imagens de artistas pernambucanos em um clipe com imagens também da cidade, uma forma de homenagear e contextualizar as belezas e criações de Recife na trama.