Saiba mais sobre a nova novela das 19h da Globo, ‘I Love Paraisópolis’, que estreia nesta segunda-feira, dia 11.
As cores das casas aglomeradas contrastam com os arranha-céus do outro lado da rua. O trânsito é digno das principais vias de São Paulo e a cultura ferve em meio ao corre corre pragmático do dia a dia. Berço de artistas, bailarinos e músicos, quem mora e conhece Paraisópolis, ama Paraisópolis. É neste fervilhante cenário que a próxima novela das sete retrata sua trama. `I Love Paraisópolis` tem autoria de Alcides Nogueira e Mario Teixeira, direção de núcleo de Wolf Maya e direção geral de Wolf Maya e Carlos Araújo.
O folhetim conta a história de Marizete (Bruna Marquezine) – Mari – e Pandora (Tatá Werneck) – Danda -, moradoras da comunidade paulistana, que são “amigas-irmãs” e juntas vivem mil aventuras e outros tantos problemas que parecem segui-las por onde passam. São jovens que desejam uma vida melhor e lutam para alcançar seus sonhos. Num golpe do destino, Mari conhece Benjamin (Mauricio Destri), morador do Morumbi e premiado arquiteto que volta de Nova York para realizar seu grande projeto: a reurbanização de Paraisópolis. Apesar de ser comprometido com Margot (Maria Casadevall), Benjamin se apaixona por Mari. E isso é só o início dessa comédia romântica que promete emocionar e fazer rir.
Um dos protagonistas da novela, Paraisópolis é uma das maiores comunidades de São Paulo. Localizada na zona sul da capital paulistana, tem cerca de 100 mil habitantes e um milhão de metros quadrados. Por lá tem, pelo menos, quatro linhas de transporte público e um comércio ativo, que inclui bancos, lojas de departamento, agências de viagem, dentre outros. Uma série de atividades culturais e esportivas é oferecida para as crianças matriculadas nas escolas, sendo o ballet e a Orquestra Filarmônica de Paraisópolis as grandes referências, reconhecidos mundialmente por sua excelência, assim como artistas plásticos locais. Nas ruas, as festas chamadas de “pancadões” reúnem milhares de jovens com carros de som potentes e que embalam os grupos que dançam noite adentro.
Na década de 1920, o local onde a comunidade está situada fazia parte da Fazenda Morumbi, dividida em mais de dois mil lotes para construções. Nem todas as obras foram finalizadas, grandes áreas ficaram abandonadas e acabaram sendo ocupadas informalmente. A partir dos anos 50, o processo de desenvolvimento de bairros do entorno, a abertura de vias de acesso e o comércio despertaram o interesse pela região, gerando sua valorização. Com a crescente oferta de empregos nas construções em curso no Morumbi, nos anos 1970 intensificou-se sua ocupação. E assim, hoje, ao atravessar uma rua, os moradores saem do elegante bairro do Morumbi para a diversidade cultural de Paraisópolis.
Por esse caldeirão cultural cheio de estilos, cores e misturas, e mais uma infinidade de particularidades, a comunidade se tornou um dos principais personagens da próxima novela das sete.
Conheça as moradoras de Paraisópolis – Mari e Danda
Mari (Bruna Marquezine) e Danda (Tata Werneck) são inseparáveis. Lutam pelos seus sonhos e se defendem com unhas e dentes. Foram criadas por Eva (Soraya Ravenle) e Jurandir (Alexandre Borges), pais biológicos de Danda e de criação de Mari. Eva era a melhor amiga da mãe de Mari, que morreu no parto. Pelo amor que tinha à amiga, pegou a filha dela para criar como se fosse sua, mas nunca deixou Mari esquecer suas origens. A partir dessa relação de irmandade e cultivando diferenças muito complementares, Mari e Danda cresceram com a certeza de que sempre terão uma à outra. Mari buscou os estudos e o trabalho para poder dar à Eva algo que sempre sonhou: uma casa própria. Dedicou-se na escola, aprendeu inglês, luta Krav-Magá e trabalha desde cedo para poder juntar o dinheiro que precisa para a realização de seu grande sonho. Danda é esperta, inteligente e sabe que chama atenção. É uma mulher bonita, assediada pelos homens, e tem um senso se justiça apurado, principalmente quando alguém tenta prejudicar sua melhor amiga. Não se empenhou tanto aos estudos, mas trabalha duro para poder comprar o que deseja a fim de se manter sempre linda. Mas ela também gosta de uma vida fácil.
Do outro lado da rua…
Morumbi. Bairro nobre paulistano e repleto de estrelas que estampam as colunas sociais. Um misto de pessoas que frequentam Paraisópolis e pessoas que odeiam a comunidade. No primeiro grupo, temos Benjamin (Mauricio Destri), jovem arquiteto premiado mundialmente pelo projeto de reurbanização de Paraisópolis. Ben sempre foi frequentador assíduo desse mundo do outro lado da rua e cresceu com a vontade de vê-lo se desenvolver. Junto com a namorada, Margot (Maria Casadevall), desenvolveu o trabalho que transformou a dupla em promessas da arquitetura mundial. Trocaram o Brasil por Nova York e só decidiram voltar para buscar incentivo na empresa da família, Pilartex, e colocar o projeto em prática. Os dois vivem uma relação profissional muito equilibrada e são felizes como casal. Para Margot, que veio de uma família de pai comerciante e mãe dona de casa, chegar aonde chegou é um mérito e tanto. Tornou-se uma mulher de gosto refinado, com uma carreira reconhecida e um homem que ama ao seu lado. O problema do projeto de Benjamin e Margot está em Soraya (Letícia Spiller) e Gabo (Henri Castelli), sócios majoritários da Pilartex. O caso da dupla é um tanto polêmico, já que Gabo era cunhado de Soraya. Quando o irmão morreu – misteriosamente -, ele e a viúva se casaram e tiveram dois filhos, Lourenço (Gregoire Blanzat) e Pedroca (Raffael Pietro). São apaixonados um pelo outro e dividem a falta de escrúpulos como sentimento em comum além do amor. Benjamin, filho do primeiro casamento, já não tinha uma boa relação com a mãe, e o novo casamento é o ponto final do pouco que existia entre eles. Soraya, uma mulher elegante e que exala bons costumes, nunca apreciou a relação do filho com a comunidade. “O que será que ele vê nesse lugar?”, ela se pergunta. Nem parece que Soraya é filha de Izabelita (Nicette Bruno), uma mulher educada, doce e que gosta de dizer algumas boas verdades para a filha. Já Gabo, ambicioso e destemido, vê Paraisópolis como uma oportunidade de ganhar dinheiro através da especulação imobiliária. Afinal, sem “aquela gente” ali, poderia construir um estacionamento, um condomínio, um shopping… O que não falta são ideias.
As histórias se encontram
Mari e Danda trabalham como garçonetes na padaria de Fradique (José Luiz Chachá) e Silvéria (Ilana Kaplan). O lugar é famoso por seus quitutes e atrai moradores de vários bairros de São Paulo, por isso o dono se preocupa em manter uma boa imagem e excelente atendimento. Só que Mari e Danda vivem se metendo em confusão e desta vez não foi diferente. Jávai (Babu Santana), chefe de uma comunidade vizinha, acaba se engraçando para o lado de Mari e nem ela nem Danda aguentam os comentários do cliente e de seus comparsas. Mari revida e faz um bom estrago em Jávai. Por conta disso, as duas amigas acabam demitidas. Mari se desespera, pois acabou de dar a entrada em uma casa para presentear Eva. E não para por aí… Logo depois, Mari e Danda se envolvem em um novo problema com Rosicler (Paula Cohen) e a turma de turistas que visita Paraisópolis. A guia passa com os visitantes em frente à casa das meninas e, irritadas com a invasão de privacidade, começam uma discussão que acaba com um balde de tinta sendo jogado na cabeça de… Benjamin. O arquiteto e a namorada estavam atrasados para uma reunião na Pilartex, onde iam tratar do projeto de reurbanização de Paraisópolis. Tinoca (Alice Borges), motorista do táxi e moradora da comunidade, resolve cortar caminho pelas ruas internas para evitar o engarrafamento e chegar mais rápido ao Morumbi. Ela não esperava ficar parada em meio à discussão de Mari, Danda e Rosicler e, para piorar, ter seu cliente coberto de tinta. Mari corre para pedir desculpas por ter errado a mira do balde de tinta, mas quando ela e Ben se olham, algo especial acontece. Mas rapidamente a atenção se volta pra Margot, que corre pra ajudar o namorado. Em seguida, cada um segue seu caminho, mas não por muito tempo.
A reunião na Pilartex e o primeiro beijo
Coberto de tinta, Ben não tem opção e remarca a reunião na Pilartex. Tudo que Gabo precisava para descreditar o sobrinho para a diretoria da empresa. Na nova data, Ben chega para a reunião, mas o tio já convenceu a diretoria de que o projeto não tem futuro. Irado, o jovem sai determinado a voltar pra Nova York e assim buscar uma nova oportunidade de investimento, longe de Gabo e de Soraya. Ao entrar no elevador, ele se depara com Mari em seu primeiro dia de trabalho como parte da equipe de limpeza da empresa. Para surpresa deles, o elevador quebra e a dupla vê o sentimento que surgiu ao se olharem pela primeira vez brotar novamente. Eles se beijam e a química é inegável. Porém, Mari logo diz que Ben não deveria ter feito isso, afinal tem uma namorada. Ele concorda e cada um segue seu caminho. Mas aquela cena foi registrada pelas câmeras de segurança e é claro que, em um momento oportuno, Soraya e Gabo vão tirar proveito dessa história. E Mari acaba novamente demitida por comportamento inapropriado – o beijo que mudará sua vida.
Nova York, cidade onde os sonhos se tornam realidade. Ou não…
Ben e Margot voltam pra Nova York e conseguem marcar uma reunião com outro grupo de investidores. É a chance que precisavam para finalmente colocar o projeto de reurbanização de Paraisópolis em prática. Eles se preparam, ensaiam e organizam tudo mil vezes para não ter nenhuma falha. Durante a apresentação, tudo corre bem e Margot encanta os empresários. Ben também os impressiona com sua paixão pelo projeto e tudo parece estar garantido quando, para finalizar, ele abre o vídeo sobre Paraisópolis. O que Ben não sabe é que Soraya, quando esteve em seu apartamento mais cedo – sim, ela foi a Nova York atrás do filho – trocou os vídeos da apresentação e substituiu o original pelas cenas do beijo entre Ben e Mari. Soraya acredita estar batalhando para dar o melhor ao seu filho, que é permanecer com a empresa da família e sob os cuidados da mulher que mais o ama no mundo: ela mesma. Se ela o mandou pra um colégio interno na Suíça durante a adolescência e sempre o rodeou de babás e cuidadores, é porque o ama e quer o melhor para seu menino. O constrangimento é geral e Margot encara uma situação que nunca antes imaginou. Vê sua vida e suas certezas desmoronarem. Como perdoar o namorado depois disso? Ben se desculpa com Margot, explica que foi algo momentâneo e promete que não acontecerá novamente. A confiança entre eles, porém, se quebra. Ela pede que ele saia de casa e põe um fim no namoro, mantendo somente a relação profissional. Benjamin sofre, mas sabe que o que sente por Mari é algo especial e não consegue esquecer o beijo no elevador. E a aventura só está começando!
Enquanto isso em Paraisópolis…
Mari e Danda recebem notícias de uma amiga que foi morar nos Estados Unidos e alega ter conquistado uma vida melhor. Animadas com a possibilidade, decidem largar tudo e tentar a sorte na Big Apple. Mari começa o processo de venda da casa que comprou – não tem como pagar as futuras parcelas sem ter um emprego – e Danda resolve tentar receber de Silvéria e Fradique o dinheiro da demissão. Ao chegar na casa dos donos da padaria, Danda escuta um sonoro “não” como resposta ao seu pedido e Silvéria ainda reforça que elas foram demitidas por justa causa. Onde já se viu arrumar confusão com cliente assim? Mas Silvéria aproveita a oportunidade para fazer uma proposta à Danda que tem, claramente, segundas intenções: afastar Danda de Lindomar (Gil Coelho). O filho de Silvéria é um dos playboys de Paraisópolis e atrai os olhares da mulherada. Com seu carro reformado e repleto de apetrechos adicionados pelo próprio, Lindomar passa pelas ruas e festas da comunidade deixando uma legião de apaixonadas atrás. Só que o coração do bonitão tem uma dona: Danda. Entre idas e vindas, o casal morre de amores um pelo outro, mas Silvéria e a filha Mirela (Luana Martau) – um protótipo de perua cheia de ciúmes do irmão – não facilita a vida dos dois. Então, Silvéria propõe à Danda lhe dar um dinheiro que tem guardado com o compromisso de que não vai procurar Lindomar nunca mais. Mesmo com o coração partido, Danda não vê opção senão aceitar a proposta para realizar seu sonho com Mari, mas garante que na volta pagará a dívida e se livrará dessa chantagem. Já Mari consegue vender a casa por um preço muito bom, sem imaginar quem foi o generoso comprador. Com passaporte em mãos, dinheiro e muitos sonhos, Mari e Danda embarcam. Ao chegar em Nova York, na Grand Central Station, a dupla mal contém a felicidade. São tomadas pelo frio, pela neve e pelo encantamento de um novo começo. O que não sabem é que a cidade guarda muitas surpresas e desafios. Em suas primeiras horas na nova cidade, Mari e Danda acabam perdendo todo o dinheiro que levaram e seus documentos. A única pista das pessoas que levaram seus pertences é um adesivo colado em um carro escrito ‘I Love Queens’. A dupla começa uma busca frenética para tentar resgatar os passaportes, e assim que encontram o casal Tairine (Lesliana Pereira) e Robélio (Fredy Costa), que está em posse dos documentos, elas são chantageadas. Terão que trabalhar para conquistar os pertences de volta, mas acabam conhecendo um mafioso chamado Dom Peppino (Lima Duarte) que resolve ajudá-las. Ele reconhece em Danda, sua falecida netinha, e resolve presenteá-la com tudo do bom e do melhor.
Um outro lado de Paraisópolis
Grego (Caio Castro) é o cara que manda e desmanda em Paraisópolis. Nascido e criado na comunidade, é um misto de contraventor e protetor dos moradores. Uma espécie de “Robin Hood”, ele é temido por todos e impõe seu lugar como um homem poderoso. Ao lado de Ximena (Carol Abras) e seus comparsas, fica de olho em quem entra e quem sai da comunidade e nos problemas dos moradores. Só uma pessoa tira Grego do prumo: Mari. Já foram namorados, mas o rumo da vida do rapaz fez com que se afastassem. Mari nunca aprovou a forma como Grego lida com a vida e preferiu se afastar para não se envolver mais. Enquanto isso, ele permanece apaixonado e disposto a tudo para vê-la feliz. Ao saber que Mari e Danda foram demitidas, Grego logo se preocupa com a casa que a ex-namorada comprou e em como ela conseguiria pagar pelo imóvel. Depois de oferecer dinheiro algumas tantas vezes e Mari recusar, a oportunidade perfeita aparece: a casa é colocada à venda e Grego a compra anonimamente. O que ele não sabe é que esse dinheiro levará Mari para bem longe de Paraisópolis, mas a amada pode voltar antes mesmo do que ele imagina.
De São Paulo a Nova York – as viagens de ‘I Love Paraisópolis’
Para registrar as primeiras cenas dessa comédia romântica, a equipe da novela, formada por mais de 100 profissionais, desembarcou em Paraisópolis no mês de fevereiro deste ano e ficou na capital paulistana por quase duas semanas. Além da comunidade, outros locais tradicionais de São Paulo, como o bairro do Morumbi e a Rua 25 de Março, também serviram de cenário para as cenas gravadas na cidade. Entre os atores envolvidos nessa primeira etapa das gravações estavam Caio Castro, Henri Castelli, Carol Abras, Dani Ornellas, Mauricio Destri, Maria Casadevall, Bruna Marquezine e Tatá Werneck. E nas cenas gravadas na comunidade, todos os figurantes eram moradores locais. Finalizado esse primeiro momento, equipe e elenco seguiram para os Estados Unidos e enfrentaram o frio de Nova York. Em pleno inverno americano, os profissionais brasileiros, acostumados ao clima tropical do Rio de Janeiro, encararam a Big Apple com 11 graus negativos. Durante essa viagem, cerca de 50 pessoas, entre brasileiros e americanos, além de aproximadamente 120 figurantes locais, foram envolvidas no trabalho. A equipe ainda levou do Brasil dez malas com figurinos, sete com elementos de produção de arte e outras duas com itens de caracterização. O elenco, formado por Bruna Marquezine, Maria Casadevall, Tatá Werneck e Mauricio Destri, gravou algumas das principais cenas dos capítulos iniciais da novela e ainda recebeu no set Lesliana Pereira, miss Angola que fez uma participação especial. Nos 11 dias em que esteve em Manhattan, a equipe passou por locações marcantes como Grand Central, Washington Square, Central Park, Times Square, Gantry Plaza, Queens e Highline. Após as gravações em Nova York, a equipe trouxe para São Paulo, no mês de março, um pouco do clima de nevasca da Big Apple. Para gravar cenas complementares na capital paulistana, a equipe trabalhou em um galpão em São Paulo e decorou uma de suas áreas com 15 toneladas de sal grosso, o que corresponde a 500 sacos de 25kg. Duas máquinas, uma na parte inferior e outra na parte superior, espalharam pelo set um material especial que dá o efeito de flocos de neve. Além disso, 70 tubos de espuma foram usados para decorar o local e criar o efeito visual do clima de frio. Cerca de 130 pessoas estavam envolvidas nas gravações, entre equipe, elenco e figurantes. As gravações seguiram pela capital paulistana até o final do mês de março, e passou por ruas tradicionais da cidade como Avenida Paulista, Rua Oscar Freire e o aeroporto de Guarulhos.
Cenografia e produção de arte – a realidade de Paraisópolis nos detalhes
Para trazer o visual da comunidade paulistana para a televisão, as equipes dos cenógrafos Mario Monteiro, Maurício Rohlfs e Marcelo Carneiro e do produtor de arte Moa Batsow visitaram Paraisópolis e buscaram trazer a estética local para as cenas da próxima novela das sete. Uma cidade cenográfica de cerca de dez mil metros quadrados inspirada no local foi criada no Projac para abrigar cenários como a padaria de Fradique (José Rubens Chachá), a escola de ballet de Isolda (Françoise Forton), a casa de Eva (Soraya Ravenle), dentre outros cenários marcantes. Muitos deles foram construídos em parte interna e externa, para dar mais veracidade às gravações, mostrando a movimentação típica de Paraisópolis. Estevão Conceição, considerado o Gaudí brasileiro, e Berbela, artista plástico que trabalha com a sucata de carros, dois dos maiores ícones de Paraisópolis, também deram uma consultoria e emprestaram seus olhares especiais, a fim de inspirarem na construção final da cidade cenográfica. Nas gravações em Paraisópolis, os itens usados para compor as gravações externas foram alugados na própria comunidade, como carros de som, bancas para vendas de frutas, bicicletas, bolas de futebol, carrinhos de mão, dentre outros itens. A vivência do local também foi levada para a casa de Eva (Soraya Ravenle), que será repleta de itens customizados como sugestões de reaproveitamento de objetos. Muitos dos adereços como potes, colchas e luminárias, foram resgatados do acervo da Globo e revisitados pela designer e aderecista Daniele Ineco. Já para a Kombi de Rosicler (Paula Cohen) e para as motos da trupe de Grego (Caio Castro), a arte do grafite deu um olhar único para cada um dos veículos. Com trabalhos feitos por Gustavo e Otávio Pandolfo, mais conhecidos como Os Gêmeos, os veículos ganharam um colorido único que se assemelha à arte de Paraisópolis. Um dos desafios da equipe foi reproduzir os carros de alguns dos moradores da comunidade. Lindomar (Gil Coelho) será apaixonado por veículos incrementados e para construir o carro do personagem, a equipe realizou uma série de intervenções e fez uma pintura metálica em um automóvel usado, para que ficasse de acordo com os criados pelos moradores de Paraisópolis. No táxi de Tinoca (Alice Borges), itens como kit de primeiro socorros, cubo mágico e carregador de celular, estarão disponíveis. Tudo para proporcionar a melhor viagem do mundo aos seus passageiros.
Figurino e caracterização – a estética da comunidade paulistana na TV
A beleza e estilos reais e antagônicos das pessoas que moram no luxuoso bairro do Morumbi e das pessoas simples que moram em Paraisópolis foram fonte de pesquisa para o desenvolvimento do projeto da figurinista Labibe Simão e do caracterizador Marcelo Dias, em ‘I Love Paraisópolis’. Depois de uma visita à comunidade e um estudo sobre as tendências locais, retratar isso nos atores foi o próximo passo para chegar aos looks dos personagens. Antes das gravações, diversos testes foram feitos com os próprios atores para construir um visual coerente com o universo de cada um deles. Para o look de Mari (Bruna Marquezine) e Danda (Tatá Werneck), os supervisores optaram por pouca maquiagem e roupas que valorizam as formas e a beleza natural das atrizes. Peças compradas na Rua 25 de março, em São Paulo, e em outros lugares populares da cidade ajudaram na composição do figurino delas. Cortes de cabelos bem práticos, não muito longos, e que deixam as duas bonitas compõem a estética das “amigas-irmãs”. Já Soraya, personagem de Letícia Spiller e moradora do Morumbi, usa um figurino claro, clássico e elegante, que reflete sua sofisticação. O look clean é somado ao cabelo platinado, com corte moderno, estilo long bob, e a maquiagem leve que só exalta a beleza da atriz. Para viver Margot, Maria Casadevall abandonou o cabelo curto e assumiu os fios retos e densos abaixo dos ombros. Nas roupas, calças, blusas, jaquetas e casacos de corte geométrico e cores escuras reforçam a imagem de uma mulher que alcançou seu patamar de elegância. Para transformar Caio Castro em Grego, cortes de cabelo desenhados, acessórios pesados, camisetas e calças jeans, com tênis de marca, mostram o poder do chefe da comunidade. Só uma das tatuagens do personagem foi aplicada pela equipe: todas as outras são do próprio ator e aproveitadas para compor o visual. Carol Abras, que interpreta Ximena, braço direito de Grego, raspou a lateral do cabelo, escureceu os fios e alongou para ter um look mais forte, além de ganhar uma tatuagem aplicada no braço. A maquiagem dela é feita com técnicas de visagismo, aprofundando e afinando os traços do rosto da atriz para mudar as expressões e reforçar a linha andrógena.