Chega ao fim a trajetória de Cora (Marjorie Estiano) em Império, da Globo. A megera morre após salvar a vida de José Alfredo (Alexandre Nero) no desfile de Carnaval. Antes de morrer, ela aparece tendo sua tão esperada primeira noite de amor com o comendador, mas o roteiro do autor Aguinaldo Silva deixa dúvidas se ela realmente perdeu a virgindade ou se foi um delírio. De acordo com o Notícias da TV, as últimas cenas de Marjorie Estiano devem emocionar o público. Silva agradeceu e elogiou a atriz em um bilhete que abre o capítulo 187, previsto para ir ao ar no dia 23.
“Querida Marjorie Estiano: fico lhe devendo esta para o resto da minha vida. Não só porque você aceitou sem hesitar e sem pensar duas vezes uma missão impossível… Mas também porque mostrou, já na primeira cena que gravou nesta segunda fase de Cora, a grande atriz que é. Enorme, generosa e totalmente entregue ao que faz. Quero você para sempre em minhas novelas… E lhe beijo as mãos. Obrigado mil vezes”, escreveu Silva.
No capítulo anterior, o do dia 21, a “Dona Cobra” estará entre a vida e a morte após levar um tiro durante o desfile da escola de samba União de Santa Teresa. Ela ouvirá Maurílio (Carmo Dalla Vecchia) tramando a morte do comendador e correrá para avisá-lo. Ela entrará na frente do amado e salvará sua vida. A bala perfurará seu pulmão e, quando os médicos avisarem a família que o caso é gravíssimo, José Alfredo resolverá fazer o que ela sempre lhe pediu: tirar sua virgindade.
As cenas serão de “amor”. O roteiro indica tudo com muita delideza e carinho. Depois de atingirem o “prazer supremo” juntos, o homem de preto vai vesti-la e sair do hospital sem ser visto. “Você foi meu, Zé, e foi melhor do que eu pensava… Você me fez mulher”, dirá ela, ao se despedir do comendador. “E vai me perdoar?”, perguntará Cora. “Já te perdoei, Cora dos Anjos”, responderá José Alfredo, que encerrará o momento dizendo eu seu ouvido: “Eu te amo, Cora”.
Tudo, no entanto, pode ser apenas um sonho de Cora. Isso porque José Alfredo surgirá em uma cena em seguida comovido com a morte de Cora, como se não tivesse tido nada de íntimo com ela.
No hospital, uma enfermeira verá a porta aberta e estranhará. Cora, já sozinha, estará morrendo. A vilã balbucia o que ocorreu, mas médido e enfermeiras pensam que é delírio. Seus batimentos cardíacos estão acelerados e ela perde os sentidos, com os olhos arregalados.
“O médico se apressa em pegar os desfibriladores e começa a dar choques no coração de Cora, que reage como quem entra em convulsão. Cora deitada na maca, inerte, a enfermeira desplugando todos os aparelhos dela, até dar seu trabalho por findo. Então, ela ajeita o lençol, cruza as mãos de Cora sobre seu peito e a deixa ali sozinha. A câmera vai se aproximando de Cora lentamente, até perceber que um filete de líquido verde, como se fosse um veneno, escorre de um dos cantos de sua boca. Atenção sonoplastia: o som de um guizo de cobra se ouve aqui. E nessa imagem da cobra, que morre, nos despedimos da inesquecível Cora de Marjorie Estiano”, indica o roteiro.