José Alfredo (Alexandre Nero) e Maurílio (Carmo Dalla Vecchia) vão se enfrentar numa discussão grave e feia no restaurante de Vicente (Rafael Cardoso).
De acordo com o blog Telinha do jornal Extra, nos próximos capítulos de “Império”, os dois se encontram por acaso no momento em que Maurílio está pedindo Marta (Lilia Cabral) em casamento. “Casamento? Que coisa mais linda! Então, hoje é um dia histórico, Marta?! Você recebeu uma proposta de casamento? Acho que foi a primeira da sua vida, não?”, ironiza Zé Alfredo. “Que eu lembre, você não teve o cavalheirismo de tal ato. Só casou comigo porque eu estava grávida, e ainda teve a cara de pau de dizer que só fazia isso porque eu era uma paulistana quatrocentona cheia de sobrenomes…”, diz ela, que é cortada pelo ex-marido: “…e que precisava deles pra subir na vida”.
Maurílio tenta tirar o rival do caminho: “Comendador, esse assunto é só entre a Marta e eu. Nós estamos aqui num tête-à-tête”. “Deixe de ‘teteretê’, rapaz, que não sou homem de frescuragens! Você está aqui, num lugar público, pedindo a mão da minha mulher e quer vir ditar regra pra mim?”, pergunta o Comendador. Maurílio fala que ele não é bem-vindo e Zé se irrita: “Tá pra nascer quem vai me dizer onde sou bem-vindo ou não. Ainda por cima no estabelecimento do meu amigo, com a minha esposa, e onde minha amante trabalha. Eu faço o que eu quero, onde quero e como quero: aprenda isso, rapazola”. E ele se senta, puxa uma flûte numa outra mesa e serve-se de champanhe, sob o olhar de raiva de Maurílio, e de resignação de Marta.
Os dois discutem e Maurílio avisa que pretende tomar o lugar do rival na Império e ainda ficar com Marta. Zé Alfredo pergunta se a ex-mulher concorda com os planos de Maurílio e ela dispara: “Mas não acredito, Zé. Logo você, um homem tão safo, não sabe o que eu farei? A resposta é óbvia, porque este é o sonho de toda soberana: mesmo depois que o imperador saia de cena, quero continuar reinando”. “‘O rei morreu, viva o novo rei’. É isso, não?”, pergunta ele. Marta replica com um sorriso. José Alfredo baixa os olhos, observa a faca de Marta. O comendador pega o talher, o ergue lentamente, como se fosse usar uma arma para combater alguém. Maurílio e Marta ficam visivelmente tensos, de olho no comendador – e na faca. “Sabe que se eu te matasse agora teria atenuantes? Acho que é disso que essa história está precisando… Que haja sangue!”, diz ele.
Maurílio fala que não seria surpresa que Zé Alfredo cometesse mais um homicídio. “Sei muito bem que já matou um homem… e você também sabe de quem estou falando”, continua o rapaz. Zé Alfredo, então, confessa que já cometeu um assassinato, sim. “Pois olhe: eu matei, sim… Mas não foi seu pai, como você anda espalhando por aí… Foi outro. Em legítima defesa… depois que o bandido tinha assassinado o Sebastião. Você me chama de assassino, mas arrisquei minha vida defendendo seu pai, esta é a verdade”, revela. Maurílio não acredita e Zé se irrita. “Queria que eu me calasse e usasse esta faca pra te dar uma boa resposta?”, pergunta.
Para provocar o rival, Maurílio quer saber quais seriam os atenuantes que teria se ele o matasse. “Sendo eu um marido que dá o flagra na mulher conspirando com o amante contra ele, poderia alegar ciúmes, crime passional, forte emoção, privação de sentidos… Com os advogados que tenho, seria facilmente absolvido”, diz. O rapaz, então, pega a própria faca, olha… E diz quase pra si mesmo: “O problema é que eu não me deixaria matar assim tão fácil”. Maurílio ergue a faca, da mesma forma como José Alfredo empunha a sua. “Eu sei. Mas vai morrer assim mesmo… “, diz Zé. Os dois se encarara, cada um com sua faca na mão. José Alfredo arremata: “Só não lhe digo quando”. Ele larga a faca, levanta, intempestivo, e vai embora.