Em Mania de Você, Thalita Carauta é Leidi, uma golpista de marca maior. Mas, apesar de ser uma farsante e chantagista, a personagem tem muito humor, assunto que a atriz domina bastante. Leidi caiu nas graças do público, embora Mania de Você tenha sido rejeitada por parte da audiência.
Sobre isso, a atriz tem uma opinião bastante tranquila. “O público tem o direito de gostar ou não da Leidi e do que ela faz, não temos controle sobre isso. Novela é uma obra aberta para o público falar o que sente mesmo”, disse Thalita, em entrevista ao site ‘Heloisa Tolipan’.
“É o gênero do público em massa, de um Brasil imenso, então são muitas as formas de uma comunicação chegar. É para essa galera que faço novela, para a galera que tem a TV aberta como seu entretenimento, porque a grande maioria da população não pode pagar o streaming. Tem gente que vai gostar e gente que não vai gostar, e é para ser assim”, continuou.
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Leidi é vilã?
Na mesma entrevista, Thalita Carauta conta que não enxerga Leidi como uma vilã. “Como a Leidi, acredito que nenhum pilantra acha que é mau. Ela tem a coerência dela, faz tudo por aquela família. Quer que tenham uma vida melhor e não tem pena de gente rica”, analisou.
“É um 171, mas traz humanidade. E nem sempre você precisa concordar com alguém para ter empatia por essa pessoa. Não concordo com a Leidi, mas olho pra ela com amor. Ela é toda errada, mas também sofre, é legítimo”, afirmou.
Com Mania de Você, cabe ressaltar, Thalita Carauta praticamente emendou três novelas. A atriz voltou ao gênero como a divertida Mauritânia em Todas as Flores (2022) e, depois, emplacou sua primeira mocinha, a Adriana de Elas por Elas (2023).
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Careta
Para Thalita Carauta, o Brasil tem se tornado um país “careta” nos últimos anos. “Acho que encaretamos. Está dando uma ‘pane’ mesmo, entre o que a gente comunica, o que queremos comunicar, e o que pode e o que não pode ser dito”, disse.
“As novelas, por exemplo, sempre puxaram assuntos, estavam à frente. Vamos pegar Tieta, que está sendo reprisada agora. A protagonista é uma mulher com uma liberdade sexual incrível. Hoje uma Mauritânia não poderia ser uma protagonista”, comparou.
“Temos que estar atentos ao quanto perdemos neste quesito da liberdade, mas também às pautas que realmente precisam avançar. Porque se assistirmos novelas de 20 anos atrás, identificamos o quanto foi preciso mudar para irmos adiante nas pautas necessárias”, afirmou a estrela.
