Com uma passagem tímida pelo horário das seis, ‘Mar do Sertão‘ chegou ao fim nesta sexta-feira (17) com drama, emoção, suspense e alguns finais felizes. Porém, o folhetim encerra sua trajetória com louvor, bons índices de audiência para o horário e deixa um legado para o Nordeste brasileiro.
A contemporânea saga nordestina também mostrou um universo que parecia de outro tempo para grande parte do público que vive nos grandes centros urbanos, bem distante da realidade das pequenas cidades do interior do país.
Se a comédia permeou a trajetória de Deodora (Deborah Bloch), as vilanias da mãe obsessiva à levam longe demais. O feitiço virou contra o feiticeiro e quando se preparou para a vingança, tentando tirar a vida da ex-nora, acabou matando o próprio filho, terminando a história sozinha e na prisão.
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O veterano Enrique Diaz fez de seu Timbó uma grande presença na novela. O ator soube dosar na medida certa a carga dramática com o humor, o que rendeu ótimas cenas ao lado de Clarissa Pinheiro (Tereza), Miguel Venerabile (Joca) e Giovana Cordeiro (Xaviera).
Xaviera (Giovana Cordeiro) viveu o luto pela perda de Tertulinho, mas decidiu que era hora de colocar um terninho vermelho e reagir e terminou como prefeita aclamada na pequena cidade do interior.
Tertúlio (José de Abreu) finalmente recupera a Palmeiral, dividindo a casa com a pastora Dagmar (Heloísa Jorge) e trabalha ao lado de Ismênia e Catão, compartilhando recursos como água e comida para os mais desfavorecidos do sertão.
O Coronel ainda revelou para Zé Paulino (Sérgio Guize) que Tertulinho não era seu filho biológico, portanto, os dois nunca foram irmãos de verdade. Ele acolheu Deodora já grávida do único filho. A redenção do Coronel, aliás, é o típico final de novela.
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A celebração no último capítulo da novela foi criativa, com a maioria dos casais comemorando a água em abundância na região, não poderia ser mais poético. A reflexão de Zé Paulino, que termina a trama com o amor da sua vida Candoca (Isadora Cruz), no fim da novela traz os questionamentos necessários ao dia a dia de um povo que vive de esperança, não só no Nordeste, mas em todo Brasil.
“Hoje é dia de festa, mas amanhã voltamos a luta de todos os dias, o bem contra o mal”.
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