Em O Tempo Não Para, desde que chegou ao século XXI, Dom Sabino (Edson Celulari) está determinado a recuperar suas posses. Foram dias e noites de dúvidas e incertezas sobre o futuro da família e dos agregados, mas essa angústia vai dar uma trégua.
O patriarca dos Sabino Machado consegue ganhar uma bolada em dinheiro do seguro do navio Albatroz com a intermediação de Emilio (João Baldasserini) e, ainda por indicação do advogado, decide se mudar para uma mansão em um bairro nobre de São Paulo.
À princípio, Marocas (Juliana Paiva) é contra a compra da casa, pois acredita que eles não precisam adquirir uma propriedade tão cara e extravagante para serem felizes. Mas ela acaba cedendo, já que sente falta da convivência diária com as pessoas que mais ama.
A mansão
A mansão tem um ar tradicional com lustres de cristal, piano de cauda, tapetes persas, escadaria imponente, quadros clássicos e boiserie, que é a técnica de emoldurar paredes com madeira, mas sempre aliado a um astral solar dos Sabino Machado, através de cores e arranjos florais, por exemplo. “Trouxemos toda a alegria borbulhante da família para esse ambiente sofisticado. É um universo curioso, ativo e fervilhante em meio a um status de sofisticação. Conseguimos fazer um cenário clássico bem pra cima que reforça esse aspecto de vida, alegria e relações muitas vezes conflituosas, mas sempre amorosas”, explica o cenógrafo Keller Veiga.
Esse novo cenário ainda destaca a riqueza e pluralidade do trabalho da equipe de cenografia da novela, que foi do século XIX ao futurismo. “Tivemos a oportunidade de trabalhar com o ano de 1886 no primeiro capítulo, com a fazenda e o navio. Quando os ‘congelados’ vieram para o século XXI, desenvolvemos projetos que priorizaram a sofisticação e tecnologia, como o apartamento do Samuca; high-tech, como a SamVita; e até futurista, como a Criotec. Isso sem contar com a reconstituição da Freguesia do Ó e todas as nuances, as cores, os cortiços e os pátios do bairro”, finaliza.
A sequência está prevista para ir ao ar a partir deste sábado, dia 20. De Mario Teixeira, com direção artística de Leonardo Nogueira, ‘O Tempo Não Para’ conta com colaboração de Bíbi Da Pieve, Marcos Lazarini e Tarcísio Lara Puiati, pesquisa de texto de Yara Eleodora e direção-geral de Marcelo Travesso.