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Silvio de Abreu relembra bastidores conturbados de Plumas e Paetês, que estreia no Viva: “foi difícil”

Veterano substituiu Cassiano Gabus Mendes durante a novela

Silvio de Abreu (TV Globo/Zé Paulo Cardeal)
Silvio de Abreu (TV Globo/Zé Paulo Cardeal)

Clássico da faixa das sete da Globo, Plumas e Paetês (1980) foi a escolhida para substituir Corpo a Corpo (1984) no canal Viva. O folhetim criado por Cassiano Gabus Mendes estreia em 20 de janeiro, a partir das 14h40 no canal pago do Grupo Globo.

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A trama estrelada por Elizabeth Savala conta com um bastidor curioso: o autor Cassiano Gabus Mendes teve um infarto durante a novela e precisou ser substituído. O veterano, então, escolheu Silvio de Abreu para seguir com a história, mas o autor havia deixado a Globo.

“Para mim foi uma imensa surpresa porque não o conhecia pessoalmente e tinha pedido demissão da Globo por não ter gostado do resultado de minha primeira novela lá, Pecado Rasgado. Só que, depois, soube que a indicação foi dele, porque gostava do meu texto e sabia o quanto Pecado Rasgado havia sido prejudicada pela direção”, lembrou Silvio de Abreu à coluna de Flavio Ricco, do ‘Portal Leo Dias’.

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Desafio

Mas a missão se tornou um verdadeiro desafio para Silvio de Abreu, que não estava acompanhando a novela. “Sem nunca ter assistido Plumas e Paetês, precisava, urgentemente, me inteirar do enredo e dos personagens”, disse.

“Como a produção estava parada e Cassiano impossibilitado no hospital, tive que, depois de ler os capítulos em um fim de semana, usar minha intuição para seguir em frente. Foi difícil, mas extremamente prazeroso porque os personagens eram ótimos e claríssimos em suas intenções”, continuou.

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“Consegui mandar os primeiros seis capítulos em menos de uma semana e a produção continuou com sucesso”, completou o autor de clássicos da Globo, como Rainha da Sucata (1990) e A Próxima Vítima (1995).

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Gosto pela profissão

Na mesma entrevista, Silvio de Abreu conta que a experiência em Plumas e Paetês fez com que ele fizesse as pazes com a profissão de autor de novelas. “Depois que ele, Cassiano, saiu do hospital, tivemos nossa primeira conversa, onde, ele, me pediu que continuasse até o fim”, lembrou.

“No último bloco, o consultei para saber se ele aprovava os finais que gostaria de fazer e ele concordou. Foi esse gesto do Cassiano me chamar para completar a novela, que reavivou o meu interesse pela profissão. Vou ser sempre grato a ele por isso”, finalizou o veterano.

De fato, após Plumas e Paetês, Abreu emplacou diversos sucessos na faixa das 19h nos anos 1980. Entre eles, Guerra dos Sexos (1983), Cambalacho (1986) e Sassaricando (1987).

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André Santana
André Santana
Jornalista, escritor e produtor cultural, André Santana escreve sobre televisão desde 2005 e já passou por várias publicações especializadas, assinando críticas, análises e informações sobre TV e novelas.