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Temendo novo fiasco, Globo aposta apenas em novelas de época às seis

Emissora decide fazer apostas mais seguras na escolha das próximas tramas da faixa

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André Santana
André Santana
Jornalista, escritor e produtor cultural, André Santana escreve sobre televisão desde 2005 e já passou por várias publicações especializadas, assinando críticas, análises e informações sobre TV e novelas.
Letícia Colin como Zélia de Garota do Momento - Foto: Globo/Beatriz Damy
Letícia Colin como Zélia de Garota do Momento – Foto: Globo/Beatriz Damy

A Globo aposta todas as suas fichas no sucesso de Garota do Momento, novela que substitui No Rancho Fundo a partir de 4 de novembro. A novela escrita por Alessandra Poggi é um típico romance de época, situado na década de 1950.

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Na sequência, virá Êta Mundo Bom! 2, de Walcyr Carrasco, outra história que se passa numa outra época. Em seguida, está bem cotada uma história escrita por Duca Rachid, Julio Fischer e Elísio Lopes Jr., autores de Amor Perfeito (2023) – também de época.

Não se trata de coincidência. De acordo com a colunista Carla Bittencourt, do portal Leo Dias, a Globo pretende investir apenas em novelas de época na faixa das seis. O canal pretende evitar equívocos, como Elas por Elas (2023), e fazer apostas mais seguras.

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De antigamente

Segundo a colunista, o plano comercial produzido pela Globo das novelas Garota do Momento e Êta Mundo Bom! 2 traz dados que defendem a escolha por tramas de época na faixa das seis. O documento informa que 92,8% dos espectadores de novelas das seis gostam de tramas de época, e 82% concordam que esse tipo de folhetim combina com o horário.

“A nostalgia não deve ser vista apenas como um desejo saudosista de um tempo passado, mas sim como um elo entre o familiar e o novo. Um sentimento que atravessa gerações, unindo o que é conhecido com o que é inesperado. E é nesse equilíbrio entre familiaridade e surpresa que as boas histórias conseguem sobreviver ao teste do tempo”, diz o documento obtido pela colunista.

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Ou seja, ao que tudo indica, deve demorar para que outra novela contemporânea ocupe a faixa das seis. Caso aconteça, deverá ser algo nos moldes de No Rancho Fundo, que se passa nos tempos atuais, mas possui um clima interiorano que lembra novelas de época.

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Overdose?

Vale lembrar que a Globo já fez essa aposta no passado. No início dos anos 2000, a emissora percebeu que novelas de época às seis davam mais audiência que as contemporâneas.

Tramas como Esplendor (2000), O Cravo e a Rosa (2000) e Chocolate com Pimenta (2003) alcançaram bons números, enquanto Sabor da Paixão (2002), Agora É que São Elas (2003) e Como uma Onda (2004) anotaram índices fracos. Por isso, o canal enfileirou uma série de novelas de época seguidas: Alma Gêmea (2005), Sinhá Moça (2006), O Profeta (2006), Eterna Magia (2007), Desejo Proibido (2007) e Ciranda de Pedra (2008).

Porém, a audiência foi caindo a cada nova novela. Na ocasião, o canal constatou que a fórmula de novelas de época estava desgastada e decidiu apostar na contemporânea e urbana Negócio da China (2008), que também não deu certo. A audiência só voltou a subir a partir de Paraíso (2009), trama contemporânea, mas interiorana.

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Jornalista, escritor e produtor cultural, André Santana escreve sobre televisão desde 2005 e já passou por várias publicações especializadas, assinando críticas, análises e informações sobre TV e novelas.