Quando a gente se apega a uma novela, se sente um pouco órfão quando a história chega ao fim. Mesmo que uma nova produção comece em seguida, demora algum tempo para que o coração se desligue dos personagens com quem desenvolvemos afeto ao longo do período de exibição.
O final de ‘Terra e Paixão’ vai deixar esse vazio por algum tempo nos fãs da novela. Afinal foram muitas emoções, reviravoltas, personagens para amar e odiar com a mesma intensidade. Sem falar que até alguns vilões acabam deixando saudade. Principalmente pelo trabalho impecável dos artistas.
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O último capítulo de novela geralmente é marcado pelo final feliz dos personagens e com ‘Terra e Paixão’ não foi diferente. Cenas como a de Ramiro (Amaury Lorenzo) pedindo Kelvin (Diego Martins) em casamento na prisão é coisa de Walcyr Carrasco mesmo e funciona, o público adora. Aliás, o casal virou o queridinho dos fãs da novela e causou muitas emoções com suas evoluções na trama.
O ponto alto do último capítulo foi o esclarecimento da morte Agatha (Eliane Giardini), com a cumplicidade de Angelina (Inez Viana) e Gentil (Flávio Bauraqui). Irene (Glória Pires) refaz a vida e adota o pequeno Daniel ao lado de um novo amor, Alex, papel de Rodrigo Lombardi.
Mas o que conta mesmo é todo o percurso da novela. Walcyr Carrasco conseguiu unir grandes nomes da dramaturgia numa história cheia de dramas e até desfechos um tanto inverossímeis. Enquanto o folhetim foi muito criticado pela imprensa especializada, o público queria mais era aplaudir as reviravoltas, sem se importar em achar sentido, fazendo da produção mais um sucesso de audiência também nas redes sociais.
Se nos primeiros capítulos Antônio La Selva (Tony Ramos) parecia ser o grande vilão da trama, mandando matar e sequestrar, ao longo da novela quem brilhou mesmo como a malvada foi Irene (Glória Pires), que não mediu esforços para atingir seus objetivos e quando precisava ia lá e colocava a mão na massa. Os planos da vilã chegaram a sair pela culatra quando arquitetou a morte do enteado e acabou perdendo o próprio filho, que julgava ser o grande herdeiro da fortuna dos La Selva.
Quando a gente pensava que não poderia ter maldade maior, entra em cena Agatha, interpretada brilhantemente por Eliane Giardini. A personagem chegou cheia de mistérios e fez o público ficar intrigado sobre o seu caráter e acabou se revelando uma vilã de marca maior, mas que se tornou tão amada que quando sua morte foi anunciada, deixou tristeza nos fãs.
O golpista italiano Luigi (Rainer Cadete) foi outro personagem que causou. A dobradinha com Anely (Tatá Werneck) funcionou muito bem e o casal não poderia ter um final mais adequado, indo aplicar seus golpes na Itália.
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Apesar do final feliz ao lado de Marino (Leandro Lima), Lucinda (Débora Falabella) foi uma personagem importante na discussão da violência doméstica contra a mulher. Petra (Débora Ozório) finalmente se recupera de seus traumas após sofrer assédio sexual na infância e deixa reflexão importante sobre o assunto. E vamos nós esperando uma próxima novela de Walcyr Carrasco! Enquanto isso, ficaremos com as próximas emoções de ‘Renascer’.
**As críticas e análises aqui expostas correspondem a opinião de seus autores