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Paulo Silvestrini sobre a nova Vale Tudo: “A essência da obra está preservada”

O diretor, a autora e parte do elenco falou sobre a releitura da novela clássica de 1988

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Núcia Ferreira
Núcia Ferreira
Jornalista carioca com passagens pelas revistas Conta Mais, TV Brasil e TV Novelas. No site Área VIP, além de redatora, é repórter especialista em Celebridades, TV e Novelas.
Taís Araújo e Paulo Silvestrini nos bastidores da gravação em Foz do Iguaçu – Globo- Fábio Rocha.

Nesta terça-feira (25), parte do elenco e o diretor artístico da remontagem  de ‘Vale Tudo’ se reuniram para o primeiro bate-papo virtual para falar da novela. O Área VIP foi acompanhar tudo de perto.

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Para Manuela Dias, que vem ousando ao reescrever a novela, o projeto tem um quê de novidade apesar de ser uma releitura. “As histórias são vivas iguais às pessoas. Quem não viu é uma chance atualizada com esse cheiro vintage, que a gente foi compondo, e para quem viu é quem nem encontrar um amigo que você não vê há muito tempo“, disse.

Para a autora, a escalação de atores com outros perfis étnicos para personagens que eram originalmente brancos tem a ver com o processo de letramento racial vivido pela sociedade brasileira nos últimos anos. “Acho que a Raquel, por exemplo, sempre foi preta. Ela era branca (na primeira versão) pela nossa incapacidade de perceber e dar protagonismo a uma atriz negra”, afirmou.

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Uma das curiosidades foi em relação a cenas icônicas da trama original. “Sim, teremos as cenas icônicas, teremos rasgação de vestido, teremos chegada de Odete, isso eu acho que é fundamental, são esses momentos, que nem você refazer o ET e não ter ele cruzando a lua na bicicleta, tem que ter o ET cruzando a lua, então teremos todos os nossos ETs maravilhosos cruzando a lua, com certeza“, brincou.

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Paulo Silvestrini destacou que a equipe tem o desejo de tocar o coração dos noveleiros e de convidar aqueles que nunca assistiram o folhetim, que foi escrito originalmente em 1988 por Gilberto Braga, Aguinaldo Silva e Leonor Bassères, e marcou gerações. “Para o fã, a essência da obra está preservada, os personagens e as trama estão ali. Para quem não conhece, acho uma boa oportunidade para entrar em contato com um gênero tão caro para nós“, pontuou.

Além da autora e do diretor artístico, alguns atores participaram do encontro. Taís Araújo, Karine Teles, Belize Pombal, Leandro Firmino, Breno Ferreira, Jéssica Marques, Letícia Vieira, Lucas Leto, Cacá Ottoni, Bruna Aiiso, Maeve Jinkings e Lorena Lima ficaram animados para apresentar seus personagens.

Raquel (Taís Araujo) em gravação em Foz do Iguaçu – Globo – Fábio Rocha

Taís Araújo falou um pouco da experiência de viver um personagem que foi de Regina Duarte. “Estamos na maior expectativa igual todo mundo. Está tão gostoso e divertido de fazer. Tem uma leveza entre nós e um desejo muito grande de contar essa história. Ninguém está aqui por acaso. Todo mundo queria muito contar essa história“.

Jarbas (Leandro Firmino), André (Breno Ferreira), Consuêlo (Belize Pombal) e Daniela (Jessica Marques) – Globo- Fábio Rocha

No papel de Consuelo, vizinha e confidente de Aldeíde (Karine Telles), Belize Pombal vai contracenar com Leandro Firmino, que será Jarbas na novela. Os dois serão pais de André (Breno Ferreira) e Daniela (Jessica Marques). “Quando a gente tem a oportunidade de trazer artistas negros, retintos, contando histórias de pessoas em uma condição socioeconômica legal, com possibilidade de acesso ao estudo, com carreiras bem resolvidas, com relações com afeto, isso também fala muito sobre essa remontagem, não só da novela, mas da sociedade“, analisou.

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Maeve Jinkings  sobre Cecília, sua personagem é lésbica que vai fazer par romântico com Laís, personagem de Lorena Lima. “Se tem uma coisa que sobrevive no tempo, que é antiquíssima, é o amor homoafetivo e a relação entre duas mulheres. Mas agora vamos falar num outro país, um país que muda, mas resiste a mudanças. Vivemos um momento, não só no Brasil, mas no mundo, de saudosismo e obscurantismo. E tem a sensação de que caminhamos pouco, no entanto caminhamos. Quando ‘Vale tudo’ estreou na versão clássica, o público naturalizava “homossexuais têm que morrer”. Hoje em dia, existe, no mínimo, um constrangimento. Estou muito curiosa para ver como essas personagens vão nascer nesse Brasil de 2025”, definiu  a atriz.

Confira a chamada da trama:

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Núcia Ferreira
Núcia Ferreira
Jornalista carioca com passagens pelas revistas Conta Mais, TV Brasil e TV Novelas. No site Área VIP, além de redatora, é repórter especialista em Celebridades, TV e Novelas.