Santo (Domingos Montagner) terá uma conversa séria com Olívia (Giullia Buscacio) após descobrir que ela não é sua filha biológica nos próximos capítulos de Velho Chico. Em uma cena carregada de emoção, o agricultor dirá que ela sempre será sua filha e que nada mudará na relação entre os dois.
De acordo com o Notícias da TV do colunista Daniel Castro, após ouvir a verdade de Luzia (Lucy Alves), Santo mandará chamar a filha. “Pai, eu não sei o que dizer. Eu não sabia de nada, eu juro”, dirá a garota. “Olhe pra mim, filha. Teu pai!”, falará Santo, para tranquilizar a filha. “A vida é um mistério que pode mudar tudo. Duma hora pra ôtra ela pode levar alguém querido, assim como pode trazer um filho que você não conhecia, como fez com Miguel. Mas ela não pode tirar o que lhe foi dado! E você é um presente que a vida me deu, Olívia, e que nem ela, nem nada nesse mundo vai tirar de mim!”, afirmará ele.
Olívia se aconchegará no peito do pai e o ouvirá contar histórias de quando ela ainda era um bebê. “Me lembro do primêro dia que lhe tive em meus braços. Eu nunca tinha sentido um amor como aquele. E nunca pensei que fosse sentir algo assim por alguém”, falará ele. “Minha vontade era não te largá nunca mais e eu não larguei! Me lembro como se fosse ontem de acordá no meio das noites, cansado, sem entendê o motivo. Abria os olhos e procurava o que tinha me levantado, olhava e era tudo silêncio. De repente você começava a chorá de dentro do berço. Um choro bonito de se ouví. Lhe pegava nos braço, lhe cobria e deitava na rede, só nós dois. Te botava aqui no peito e cantava umas canção de aboio bonita pr’ocê”, lembrará Santo.
“Era isso toda noite. E te digo uma coisa: era duro! Dia nem bem amanhecia e eu ía pra lida ôtra vez. E sempre que voltava pra casa você tava maior do que quando eu tinha me ido. E eu cada vez mais cansado. Chegava querendo cama, sono, querendo dormi. E, quando dormia, não via a hora de ouvi teu choro pra começá tudo ôtra vez. Ô meu Deus, como fui feliz com você nos meus braço, filha, como fui feliz!”, continuará ele.
“Não tem lugar melhor que teu colo nesse mundo, pai. Até hoje é só nos teus braços me sinto em paz, que me sinto protegida do mundo”, afirmará Olívia. Santo contará ainda que chorou como um menino quando percebeu que sua filhinha havia crescido e decidido seguir seus passos na lavoura.
“Quando me virei, vi você atrás de mim por essa lida, seguindo meus passo, pisando minha sombra, fazendo seu próprio caminho, se lembra?”, perguntará ele. “Passar os dias com senhor no meio da plantação. Olhando o carinho que o senhor lidava com essa terra, com essa gente e o respeito que tinha pelo mundo”, responderá ela.
Santo contará à filha que ele tinha a mesma relação com seu pai. “São essas as melhores lembrança que tenho de painho. Eu e ele na lida, na terra, juntos. Ele calado, conversando comigo em silêncio, só de olhá. E não precisava de mais que isso pra eu sabê que ele era meu pai. Que era seguindo a direção dos passo dele que eu ía descobrí o homem que tinha que sê. Isso que fez dele um pai pra mim. Mais do que o sangue que a gente dividia, era o respeito e a admiração que eu tinha por ele. Ele nunca precisou dizê que era meu pai, num precisô de documento em cartório, nem nada. Bastô olhá pra mim, e pronto”, dirá ele.
Aliviada, Olívia questionará se o pai a olhará do mesmo jeito após descobrir a verdade. “Do jeito que olhei pra você um dia, que olho hoje e vou olhar pra sempre, filha. Porque o mundo não muda o que a gente traz dentro de nóis! E o que tenho por você é amor, e nunca vai sê menor do que era ontem, Olívia! Pode sê que ainda venha a crescê, mas num diminuí!”, garantirá ele.