
Em Volta por Cima, Guilherme Weber vive Marco, um contraventor. Na trama das sete da Globo, o personagem vive uma verdadeira guerra contra o irmão Gerson (Enrique Diaz) pelo controle dos negócios da família.
Numa entrevista ao site ‘Heloisa Tolipan’, o ator comparou seu personagem com a realidade brasileira. “No Brasil a gente vive muito nesse fio da navalha. O contraventor do jogo do bicho é, ao mesmo tempo, patrono de uma escola de samba”, disse.
“Fechamos um pouco os olhos para esse casamento complexo. A gente vai assistir as escolas de samba, muitas financiadas pelo dinheiro da contravenção — não só, mas com a contravenção toda nesse entorno”, continuou o artista.
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Justiça
Para Guilherme Weber, essa situação faz com que o brasileiro relativize as coisas. “Então esse limite do que é justo, do que não é justo, aonde a gente se coloca para observar a justiça, em que cadeira a gente senta e de que maneira a gente cria os filtros do nosso próprio interesse. É uma discussão bem complexa. E a ficção vai cumprindo, aos poucos, o papel de levantar essas bandeiras e questões”, disse.
Após Volta por Cima, Guilherme Weber vai estrear o monólogo O Corpo Mais Bonito Já Visto Nessa Cidade, no teatro, e também aparecerá no cinema. Mas ele ressalta que gosta muito de fazer televisão.
“Eu sempre fui muito noveleiro. Quando eu era criança, a novela era uma das nossas principais formas de entretenimento. A gente assistia televisão aberta numa época em que não existia Netflix, nem TV a cabo. Então era novela, desenho, shows…”, explicou.
“Acho que as novelas que assisti na infância, especialmente as minhas favoritas, ajudaram a compor o meu imaginário. Elas também são, de certa forma, responsáveis pelo meu amor pelo Rio de Janeiro”, analisou o astro.
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Na TV
Guilherme Weber apareceu para o grande público ao viver o vilão Tony em Da Cor do Pecado (2004). “Há quem me chame de Tony ou de ‘coração’ por causa da novela. Tenho o maior orgulho por, de alguma maneira, fazer parte do imaginário das novelas, especialmente das novelas das sete, que me formaram”, celebrou.
“E agora volto a elas pelas mãos da Claudia Souto, que é ousada. Também está escolhendo temas que não se ousava colocar no horário. A própria novela tem se discutido, feito uma autoanálise e se redescobrindo”, finalizou o ator.