Uma mulher apaixonada! Assim a atriz Isadora Cruz define sua personagem, a Roxelle de “Volta por Cima”. A atriz acredita que muitas mulheres vão se identificar com a loira “Acho que todo mundo já foi uma Roxelle um dia, sabe? Todo mundo já foi enrolado e já achou que o cara tava lhe amando tanto quanto ela, né? O cara já tava com outra e jurava que ia terminar com a outra”, contou ela ao Área VIP, ressaltando que todo mundo já sofreu por amor ou teve um amor não correspondido, platônico ou impossível. “E a Roxelle passa dos limites atrás desse amor.”
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E Isadora, já passou do limite por conta de uma paixão? “Quem nunca? Ah, eu já me declarei, sem saber se teria uma declaração de volta. Já abri meu coração e o retorno não foi tanto quanto eu esperava. Mas considero que tive uma volta boa”, contou ela, sublinhando que ter coragem para assumir o que sente é um aprendizado. “Acho que eu tento cada vez ser mais como a Roxelle. De não ter medo de dizer quem eu sou, o que eu sinto. Porque a pessoa pode corresponder ou não. Mas pelo menos, você tá sendo verdadeira. Se você não tentar, meu amor…. nunca saberá. Esse boy para quem que eu me declarei, se eu não tivesse tentado, nunca saberia que ele sentia a mesma coisa que eu”, afirmou.
Sobre o jeitinho Rochele de ser, Isadora rejeita o rótulo de periguete para a personagem: “Não usaria essa palavra porque acho que hoje em dia não tem mais isso, sabe? Eu usaria várias roupas da Roxelle. Uso sainha curtíssima, micro jaquetinhas jeans, cropped… Só não usaria os colants mais cavadinhos dela. Hoje existe um empoderamento em relação ao corpo da mulher e um entendimento de que a gente pode usar o que quiser. E isso não vai definir o que somos, nem o que a gente pensa, sente ou quer”, diz Isadora. A atriz pontua que Roxelle não é menos importante que qualquer mocinha da fictícia Vila cambucá. “Então, meu amor, ela bota a sainha dela e isso não quer dizer que ela é menor do que ninguém. Ela é maravilhosa. Está ali no mesmo nível de todas essas dondocas cobertas de ouro ou paetê. Tá dando baile”, disse.
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Para Isadora, Roxelle não se encaixa na categoria daquela vilã que o povo ama odiar, apesar de lutar para ‘roubar’ o noivo de Madá (Jéssica Ellen). A atriz acredita que a melhor definição para a personagem é que ela é uma mulher apaixonada por Chico (Amaury Lorenzo). “Não dá nem pra considerá-la uma alpinista porque o Chico não é rico, poderoso, que vá levá-la um outro patamar, nem econômico, nem social. Ele não tem nada a oferecer a ela além do amor, carinho, das doidices que fazem e das brigas que adoram ter”, avaliou.
”Atores nordestinos podem fazer tudo”
O convite para “Volta Por Cima” aconteceu em maio, após Isadora finalizar as gravações e a pós-produção da série “Guerreiros do Sol”, da Globoplay. “Amei quando a disseram que a Roxelle era uma carioca. Perguntaram se eu queria fazer o meu sotaque, o que eu achei incrível; Mas pra mim virar carioca seria um novo aprendizado, um desafio maior, até por ter vindo de dois projetos nordestinos, “Mar do Sertão” e “Guerreiros do Sol”, contou.
Para a atriz, é importante quebrar essas barreiras e estereótipos de que ator nordestino só pode interpretar nordestino. “Atores nordestinos podem fazer tudo. Acho que a gente tem que cada vez mais buscar esse espaço de trabalho e quebrar essas limitações que botam nos atores em geral. Mas é lindo ver esses novos tempos. É como se a gente estivesse entrando numa nova era da própria empresa e da indústria, que está permitindo novas caras, novas histórias a serem contadas Sou muito feliz por fazer parte desse movimento”, encerrou Isadora.
Colaborou: Cláudia Mastrange
