Odores desagradáveis na boca ou por meio da respiração. Sim, é o mau hálito incomodando. Desde que o mundo é mundo, as pessoas se lamentam do ‘bendito’ mau hálito. Muitas têm ou já tiveram em algum momento o incômodo e, embora não seja uma doença, o mau hálito pode ser um sinal de que algo no organismo está em desequilíbrio, que deve ser identificado e tratado.
A dentista da Odontoclinic, Renata Martins afirma que é fundamental determinar a causa do odor na boca para então começar o tratamento que, às vezes, pode exigir a participação de especialistas em diferentes áreas. “As causas do mau hálito podem ser digestivas ou não. A grande maioria dos casos de mau hálito, ou halitose, tem origem na boca, território onde vivem centenas de bactérias.”
Renata explica que uma das causas básicas da halitose está relacionada aos molhos picantes que se usa na alimentação. “Após digerirmos alho ou cebola, por exemplo, o seu odor não só se apresenta em nosso hálito, como até recende de nossa pele ou vem do ar que expelimos dos pulmões. Mas 90% do ‘bafo’ que muitas pessoas têm é resultado dos resíduos alimentares, do que se come durante o dia, sem ter acesso ou tempo para escovar os dentes após cada refeição ou mesmo depois do cafezinho. A partir daí, minúsculas partículas de comida se acomodam no intervalo dos dentes.”
De acordo com a dentista, alguns fatores podem contribuir para o mau hálito, como a má conservação dos dentes, inflamação das gengivas, o consumo excessivo de álcool, infecções como amidalites, sinusites, entre outras. Renata ressalta inclusive que a menor produção de saliva também colabora para a halitose. “Por isso o odor matinal é sempre mais forte do que os que ocorrem durante o dia. Além disso, ressecamento da boca decorrente de jejum prolongado, desidratação, exposição ao ar condicionado, estresse, uso de certos medicamentos, assim como respirar pela boca e falar por muito tempo podem ser causas para o mau hálito aparecer.”
Para evitar o incômodo, a profissional recomenda alguns cuidados:
– Beba muita água – pelo menos dois litros por dia – para manter a boca sempre umedecida;
– Evite permanecer muitas horas sem se alimentar – o jejum prolongado favorece o aparecimento da halitose;
– Capriche na higiene bucal: quando escovar os dentes, use também o fio dental e passe a escova com delicadeza especialmente na região posterior da língua;
– Certifique-se de que os níveis de glicemia estão dentro da normalidade e que o funcionamento do estômago, rins e intestinos não apresentam nenhuma alteração;
– Utilize, de vez em quando, goma de mascar ou balas sem açúcar. Elas auxiliam no aumento da salivação.
Colaborou: Renata Martins – dentista