A emoção tomou conta do elenco e produção da série ‘A Vida pela Frente’, durante lançamento no Rio nesta segunda-feira (19). O encontro aconteceu no Kinoplex Leblon Globoplay e o Área VIP foi conferir de perto. A produção estreia na plataforma de streaming na quarta-feira (22).
Leandra Leal assina a série ao lado das sócias na produtora Daza, Rita Toledo, Carol Benjamim e Maria Barreto, todas presentes no lançamento. A mãe da atriz, Ângela Leal, que também está no elenco da produção, foi prestigiar a pré-estreia.
Leandra, aliás, estava super empolgada e bem atenta em receber os convidados, que puderam conferir os três primeiros episódios da série ao lado do elenco. A atriz, inclusive, já está organizando o lançamento da segunda parte da produção e até uma festa a fantasia para comemorar o sucesso.
Flora Camolese, Jaffar Bambirra, Muse Maya, Henrique Barreira Nina Tomsic e Lourenço Dantas formam o sexteto de protagonistas da trama, inspirada na adolescência de Leandra Leal na virada de 1999 para 2000.
Para abrilhantar o lançamento, um pocket show animou o evento. Uma das apresentações foi de Letrux, que atua na série, homenageando Rita Lee ao cantar ‘Lança Perfume’. A artista foi acompanhada por Jaffar Bambirra e Flora Camonese.
Jaffar e Flora, aliás, soltaram a voz apresentando uma das canções da trilha sonora da produção. O ator, inclusive, compôs uma das músicas que vai embalar os protagonistas da história. Letrux também fez uma homenagem à Rita Lee com uma performance de ‘Lança Perfume’.
A Vida Pela Frente é ambientada no Rio de Janeiro, entre 1999 e 2000, e explora o antes e depois após uma tragédia marcante na vida de seis estudantes do ensino médio. Em 10 episódios, a história ainda mergulha em temas como saúde mental, responsabilidade afetiva, sexo, romance, festas e luto. Os cinco primeiros episódios chegam ao Globoplay em 22 de junho e, a outra metade, em 6 de julho.
A trama aborda o processo de entrada na vida adulta a partir das histórias vividas por Beta (Flora Camolese), Cadé (Jaffar Bambirra), Marina (Muse Maya), Vicente (Henrique Barreira), JP (Lourenço Dantas) e Liz (Nina Tomsic).
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O Área VIP quis saber dos protagonistas quais foram os fatos mais marcantes desse trabalho e quais foram as maiores curiosidades ao se depararem com fatos de uma geração do passado em um período que a tecnologia deu um salto impar.
Para Flora Camolese interpretar Beta foi uma grande brincadeira de voltar no tempo. “Eu acho muito interessando, porque eu brincava assim, na minha cabeça, que parecia uma grande brincadeira de me transportar para o final dos anos 90. É uma realidade muito parecida com a que eu vivi na minha adolescência, escola muito parecida, pessoas, então tem uma similaridade muito forte com a minha vida, só que eu tive que ficar fazendo esse transporte pra 20 anos antes, e era muito legal…. E era muito engraçado que no set a gente ficava falando algumas gíria que não existia nos anos 90: ‘não você não pode falar isso, porque não existia essa palavra antes, uma coisa que eu achava bizarra”, contou a atriz ao Área Vip.
Jaffar Bambirra destacou a diferença das gerações no uso do celular. “Eu estava nascendo em 1998, mas cheguei a pegar uma coisa do telefone, que você tinha que ligar (pras pessoas), essa época mal tinha telefone, qualquer criança hoje em dia ganha um telefone. Você não tinha como marcar um encontro… hoje em dia você consegue falar com as pessoas muito rápido. Esses movimentos assim marcaram muito”, afirmou.
Nina Tomsic ressaltou suas impressões sobre essa mudança de gerações. “Existem essas diferenças de comunicação, como antes a vida também era um pouco mais privada. Vários eventos que acontecem na série só foram possíveis daquele jeito por, por exemplo, a Beta não poder postar um story de alguma coisa. Era interessante ver o tempo das coisas, os tempos de ir até um lugar, de você ter uma informação, a privacidade, a distância, a individualidade de cada personagem e o hobby de cada personagem. A gente escreve, então eu andava por aí com um caderno e não com um celular. São personagens que carregam os passatempos deles que fazem parte da personalidade, acho super rico também”, comemorou.
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Muse Maya nem imagina como poderia viver naquele tempo. “Minha adolescência não era nada daquilo. A escola, anos conhecendo as mesmas pessoas, a amizade. Eu me imaginar nesse lugar, de viver essa vida e ainda numa época que é tão diferente, eu sou super criança dos anos 2000, super tecnológica, completamente diferente daquele universo. Resgatar talvez como a minha mãe viveu, entender como era mais difícil mesmo as pessoas conseguirem se comunicar e quão é importante a gente poder se comunicar. Ao mesmo tempo sinto falta dessa naturalidade que era a interação de precisar de tempo, de espaço e de ter de fato isso. Acho que a gente (agora) é tudo muito acelerado. Foi muito legal fazer essa (conexão), o oposto da minha vida”, disse a atriz.
Henrique Barreira, que vive um músico na série, mergulhou em referências daquele tempo. “Eu acho que tem dois pontos sobre a forma que a gente, elenco, teve que se aproximar dos anos 90, e como isso foi dado pela produção e pela direção, como estudo mesmo. Eu acho que tem um lado que é o das referências, acho que o Jaffar vai concordar, nossos personagens por serem músicos, a gente recebeu uma lista de filmes e de bandas e de coisas que eram consumidas naquela época como cultura. O que aquela geração estava pensando enquanto política, enquanto música, uma ideia de Brasil também, naquela época era totalmente diferente. O que era ser de classe média alta naquela época”, ressaltou o ator.
O ator também destacou a importância do diálogo com as criadoras da história. “Além dessas referências ter dado uma base forte pra gente poder entender e se aprofundar na música, acho que veio essa escuta da Rita, da Carol e da Leandra, muito generosa, da gente poder entender como isso refletia no roteiro, retratar aquela época sabendo que a gente está fazendo uma série em 2023. Naquela época não tinha textinho no Instagram sobre responsabilidade afetiva, sobre drogas, sobre luto, sobre tudo isso. Então, a gente também está olhando para aquela época, percebendo as lacunas, percebendo também o que sem o celular era bom e era ruim, mas acho que essa inteligência de uma escuta que teve entre o elenco e as criadoras, pra gente poder afinar. O que a gente queria mostrar, a gente queria mostrar o que tinha de bom naquela época? O que tinha de ruim? Os dois? Os problemas da adolescência são os mesmos, as ferramentas da cultura vão virando outros, então, o que é falar daquela adolescência de 20 anos atrás hoje. Qual é a nossa responsabilidade. Acho que isso foi uma coisa bem interessante”, afirmou.
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Lourenço Dantas amou conferir fotos e hábitos dos jovens no passado. “Essa questão do diálogo foi muito importante. Teve um dia de preparação que a gente ficou só vendo fotos antigas da Rita, da Carol, da Leandra e foi muito legal. Nesse dia também passou uma lista de gírias dos anos 90 e a gente ficou brincando de como se encaixava no nosso vocabulário de hoje em dia e como falar isso naturalmente, sentindo e falando do jeito dos anos 90. Mostrando esses vídeos também, a relação com a câmera (fotográfica) era muito diferente, hoje em dia todo mundo tem câmera, a exposição é muito grande, mas era relação muito diferente com a câmera. Foi uma brincadeira muito boa”, comemorou o ator.