Nesta segunda-feira, dia 12, estreia a nova novela das 21h da Globo, ‘O Sétimo Guardião‘, escrita por Aguinaldo Silva, com direção artística de Rogério Gomes. A direção-geral é de Allan Fiterman e a direção, de Luciana Oliveira, Fabio Strazzer, Davi Lacerda, Guto Arruda Botelho, Pedro Brenelli e Caio Campos.
Em entrevista, o autor falou sobre a trama.
Confira:
Como surgiu a ideia de escrever ‘O Sétimo Guardião’?
Quando comecei a pensar nesta novela, me veio essa questão do valor da água e o fato de que, em breve, ela vai se tornar o bem mais precioso do planeta. Ao mesmo tempo, eu já vinha tendo a vontade de retornar ao realismo mágico, então criei essa fonte protegida por sete guardiães e a história de amor de Luz e Gabriel.
Por que você decidiu voltar ao realismo mágico?
Comecei a perceber que a realidade estava ficando dura demais, e que nenhuma ficção poderia competir com isso. Além do mais, me divirto nesse estilo, onde tudo é possível, onde o escritor é senhor absoluto dos acontecimentos. Onde, se eu quiser, posso fazer até um carro voar. E, quando percebo que o espectador acreditou nessas ideias, a sensação é boa demais.
O público tem muita curiosidade sobre suas vilãs. Como será Valentina Marsalla?
Eu não gosto de personagens que são vilãs porque são más apenas. Eu acho que a vilã tem que ter sempre uma motivação. Além disso, para que ela não fique pesada e pavorosa, tem que ser bem-humorada. Valentina será uma supervilã, com essas características.
Como está sendo repetir a parceria com Rogério Gomes?
Sempre dei muita sorte com os diretores que tive em minhas novelas. Paulo Ubiratan era um gênio, o Wolf também. E o Papinha não é propriamente um diretor, mas um cúmplice. Ele entende perfeitamente o que quero dizer no texto e procura, não apenas ser fiel a isso, mas criar em cima disso.
Como foi a escalação de elenco para a novela?
Não penso muito nos atores antes de ter a história e os perfis escritos. No caso de ‘O Sétimo Guardião’, havia atores com quem eu gostaria de trabalhar, independentemente da história, como a Marina Ruy Barbosa e a Lília Cabral, além do Tony Ramos, que até então nunca tinha estado em nenhuma obra minha. Da mesma forma que, ao longo da escalação, alguns acabam sendo uma grata surpresa, como a Nany People, que eu não havia pensado lá no início, e estou muito feliz em ter no elenco.
O que o público pode esperar de ‘O Sétimo Guardião’?
Nessa novela tudo pode acontecer. E aguarde, porque, em geral, acontece.
+ Personagem de Marina Ruy Barbosa em O Sétimo Guardião foi escrito especialmente para a atriz
Saiba mais sobre Aguinaldo Silva
Pernambucano de Carpina, o autor começou a trabalhar aos 14 anos e, com seu primeiro salário, comprou o livro “Bom Dia, Tristeza”, de Françoise Sagan, que o despertaria para a carreira. Dois anos depois, publicou sua primeira obra, “Redenção para Job”, e rapidamente conseguiu um emprego no jornal Última Hora, do Nordeste. Aguinaldo se tornou roteirista por acaso, já no Rio de Janeiro. Tinha saído do jornal O Globo, onde trabalhava como editor, e recebeu um telefonema de Daniel Filho para escrever um seriado policial – ‘Plantão de Polícia’.
A partir daí, já se somam mais de três décadas, quase 20 novelas, seriados e minisséries como a pioneira na televisão: ‘Lampião e Maria Bonita’. Entre as décadas de 1980 e 1990, Aguinaldo escreveu sucessos dentro do realismo mágico como ‘Tieta’, ‘Pedra Sobre Pedra’, ‘Fera Ferida’, e ‘A Indomada’. Seu último trabalho no gênero foi ‘Porto dos Milagres’, em 2001. ‘O Sétimo Guardião’, além de marcar a volta do autor a esse universo, é a continuação da bem-sucedida parceria com o diretor Rogério Gomes, que começou em 2014, com ‘Império’.
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