A Globo anunciou anteontem grandes mudanças em sua programação. As maiores envolvem o jornalismo e a programação matinal.
De acordo com a coluna Outro Canal do jornal Folha de S.Paulo, apesar de a emissora não assumir, as alterações são novamente pautadas pela busca de audiência da classe C e pelo reforço nas faixas mais frágeis da programação.
A Globo fechou novembro com média/dia (das 7h à meia-noite) com 15,6 pontos de audiência, uma das mais baixas médias do ano. O pior novembro de sua história. Cada ponto equivale a 58 mil domicílios na Grande SP.
A faixa matutina (das 7h ao meio-dia) é a que mais sofre com a perda de público. Por isso também vai ganhar o reforço de uma atração de Fátima Bernardes.
De 2006 para cá, a Globo enfrenta queda de 30% de audiência em suas manhãs. Registrava, há quatro anos, média de dez pontos na faixa. Hoje, marca sete pontos.
Record e SBT marcam média de cinco pontos no horário. A grade matinal é hoje a de maior confronto de audiência, onde a Globo detém a menor vantagem sobre as concorrentes.
Para se ter uma ideia do aperto de ibope da líder no horário, basta ver o disputadíssimo share matinal (participação no total de TVs ligadas): a Globo tem 28% de share na faixa, a Record, 20% e o SBT, 19%.