Um tuíte atribuído a jornalista da Rede Globo, Monalisa Perrone causou uma grande mobilização na emissora no último sábado (27).
A postagem dizia que apresentadora do jornal ‘Hora 1’ tinha decidido se ‘posicionar politicamente’ porque não iria ‘apoiar a volta do militarismo’. Pela ‘democracia’, ela votaria em Fernando Haddad (PT).
O post, no perfil @oficialperrone, foi feito às 16h40 deste sábado e chegou a ser compartilhado tanto pelo candidato Fernando Haddad quanto por Manuela D’Ávila, candidata a vice-presidente pela chapa, e tinha quase 3 mil compartilhamentos pouco depois das 18h. Apesar do nome do perfil, a conta é falsa.
Veja:
Mobilização
Para minimizar os efeitos da mensagem que foi chamada internamente de “agressão virtual”, a Rede Globo mobilizou dezenas de advogados, e também jornalistas que estavam de plantão para informar aos seguidores das redes sociais que o post era falso.
“Alerta Importante: minha colega e amiga Monalisa Perrone não tem nenhuma conta e perfil em nenhuma rede social. Portanto, é totalmente fake o perfil em que ela apoia um candidato. Ajude a denunciar. Muito obrigado!”, informou César Tralli, apresentador do SP1.
Christiane Pelajo, Elaine Bast, Roberto Kovalick, Sônia Bridi e Leilane Neubarth também esclareceram que a publicação em nome da jornalista era falso.
O portal da Globo, o G1, e o site do jornal O Globo noticiaram a falsidade do tuíte.
De acordo com o Notícias da TV, os advogados da emissora entraram em contato com o Twitter e com a campanha do então candidato a presidência da República, Fernando Haddad, e conseguiram tirar o perfil do ar e receberam uma declaração de desculpas do candidato do PT e de sua vice, Manuela D’Ávila.
Regras
A direção da Globo fez toda essa mobilização porque considera extremamente prejudicial a sua imagem que um âncora declare preferencia partidária, já que isso pode comprometer a credibilidade e a isenção do jornalista.
Em junho, a emissora atualizou os Princípios Editoriais do Grupo Globo, o documento normatiza a conduta ética de seus jornalistas e inclui novas regras sobre o comportamento dos profissionais em redes sociais.
Os jornalistas estão expressamente proibidos a se manifestarem sobre suas preferencias por clubes de futebol, de curtirem publicações sobre candidatos políticos e de expressarem opiniões politicas em aplicativos de mensagens.
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