O todo poderoso diretor Boni, ex-diretor geral da TV Globo, participou do programa ‘Conversa com Bial’, nesta última quinta-feira, 22 de agosto, e lembrou que nem sempre conseguiu que as coisas transcorressem do jeito que gostaria na emissora da família Marinho.
Mesmo sendo muito respeitado dentro do canal e mandando em quase tudo, ele jamais quis mexer no jornalismo da casa, o que o levou a recuar do projeto de ter Pedro Bial como âncora do Jornal Nacional. “Criou-se uma posição, que a dupla era masculina e eu gostaria de manter isso. Para mim, sairia primeiro o Cid [Moreira] e depois o [Sérgio] Chapelin. O Cid faria dupla primeiro com Pedro Bial e depois entraria William Bonner. Ficaria Bonner e Bial. Era meu sonho de Jornal Nacional, mas não aconteceu“, relembrou ele.
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Na sequência da entrevista, o ex-diretor de 88 anos, ainda lembrou dos incêndios que a Globo sofreu no passado. Ele ainda lembrou que um deles, planejado na primeira versão da novela ‘Irmãos Coragem’, nos anos 1970, só não virou uma tragédia graças ao ator Milton Gonçalves (1933-2022).
“Dentro da TV Globo existiam 12 bananas de dinamite. O Milton Gonçalves assinou a responsabilidade pela guarda, para evitar roubos. Ele colocou no cofre que tinha dentro da emissora e trancou. Quando viu que estava pegando fogo, correu para lá. Só ele sabia que tinha dinamite dentro do incêndio, o suficiente para destruir a TV Globo e parte do Jardim Botânico“, recordou, rindo da situação.
Opinião de Boni sobre o humor
Ao fim do papo, ele citou o humor norte-americano e criticou o nacional, destacando: “Tem humor na televisão norte-americana. Você não tem que fazer humor só com defeitos das pessoas, com a cor ou comportamento delas. Há maneiras de fazer humor“, concluiu.
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