Na noite desta sexta-feira, 4 de outubro, César Tralli fez um relato no ‘Jornal da Globo News – Edição das 18 horas‘, sobre o que viu nos bastidores do debate da TV Globo, que ocorreu na última quinta, 3, com os candidatos à Prefeitura de São Paulo, afirmando que era uma análise de quem teve uma visão privilegiada do acontecimento televisivo.
De acordo com o mediador, o clima estava muito tenso ao ponto de nunca ter apresentado um debate com uma energia tão pesada.
Tralli começou falando que seu comentário é de uma visão privilegiada do debate e detalhou tudo o que viu ao vivo e fora do ar: “Agora, aqui, para você [telespectador] um termômetro do que foi esse debate, exatamente pelo ângulo privilegiado, dentro do estúdio, na posição de mediador, observando os cinco candidatos bem ali, cara a cara, a minha frente. Postura, comportamento gestual, os olhares deles também”, iniciou o jornalista.
César disse que o clima entre os candidatos estava muito tenso e que nunca viu algo igual: “Posso dizer para você o seguinte, o ar estava muito, muito pesado. O ar estava carregado. Um clima de tensão que eu nunca vi, juro, em outros debates que eu mediei, e olha que já foram muitos desde o começo dos anos 2000, mediando debate na Globo”.
Em seguida, o comunicador relatou como foi a entrada dos candidatos à Prefeitura de São Paulo no estúdio da Globo: “Logo na entrada deles no estúdio, eles não trocaram um olhar. Não se cumprimentaram, com exceção do Datena que deu um aperto de mão no Guilherme Boulos, pois estavam dois lado a lado”.
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O apresentador da Globo contou que eles se recusaram tirar uma foto oficial, que seria ao lado dele também: “Um outro indicativo que tive é que os outros candidatos se negaram a ir para frente do estúdio para tirar uma foto oficial, aquela imagem tradicional com todos eles juntos com o mediador, no caso eu, como sempre fizemos nos debates aqui em São Paulo. Ou seja, eles não deixaram as suas posições”.
Tralli, então, relatou o que sentiu dos candidatos durante o debate: “Eu senti quase todos muito nervosos e, ao mesmo tempo, bem cansados. E, no primeiro momento, jogando na defensiva o tempo inteiro. Era como se o Nunes, Marçal e o Bolos não pudessem errar muito mais do que ousar”.
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O titular do ‘Jornal da Globo News – Edição das 18hrs’ contou que notou olhares agressivos entre eles nos bastidores: “Ao longo do debate percebi também uma troca de olhares agressiva entre eles, especialmente quando eles não estavam interagindo ao vivo. Um outro candidato enquadro ali falando e, no bastidor, percebi ali como se um tivesse chamando o outro para a briga só no olhar. É como se fosse uma estratégia, velada ou não, de tentar tira o seu oponente ou adversário do sério. Tipo assim: ‘séra que ele vai morder a isca?'”, compartilhou ele.
De acordo com Tralli, por conta disso tudo, não houve espaço para descontração: “A não ser em um breve momento quando o Datena tomou a palavra de volta para sí, já não era mais a vez dele de falar, e todos nós rimos e eu toquei o debate adiante. No mais, então, o ar estava bem carregado, do começo ao fim. Era como se riscar um fósforo incendeia e pega fogo”, finalizou o jornalista.
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