O programa ‘Encontro com Fátima Bernardes’ exibiu o caso da advogada Valéria Lucia dos Santos, 48, que foi detida e algemada durante audiência no 3˚ Juizado Especial Criminal em setembro de 2018, em Duque de Caxias, no Rio de Janeiro.
A repercussão do ocorrido foi grande, e a emissora Rede Globo foi condenada a conceder direito de resposta à juíza leiga (considerada juíza auxiliar) Ethel Tavares de Vasconcelos, que teria mandado prender e algemar a advogada Valéria Lucia durante a audiência.
Ainda de acordo com a decisão da juíza Eunice Bitncourt Haddad, da 24ª Vara Cível, Ethel deve ter o mesmo direito ao espaço que Valéria no programa ‘Encontro com Fátima Bernardes’.
A explicação é que: “a emissora optou por mostrar apenas um versão dos fatos, mesmo sabendo que o Tribunal de Justiça estava investigando o caso”, informou.
Agora, a emissora Rede Globo tem o prazo de 15 dias para cumprir a decisão. O prazo será contado a partir do dia 3 desse mês. A multa, caso não seja cumprida a decisão, é de R$50 mil ao dia.
À época do acontecimento, o Tribunal de Justiça do Rio entendeu que não houve nenhuma infração por parte da juíza Ethel e também que não houve racismo.
Entenda o caso
Durante uma audiência no 3º Juizado Especial Criminal em Duque de Caxias, no Rio de Janeiro, a advogada Valéria Lucia dos Santos, 48, foi detida e algemada.
A defensora aparece requerendo à juíza leiga para que tivesse acesso à contestação de um processo de uma cliente, de acordo com vídeo divulgado nas redes sociais.
Com a audiência encerrada e sem analisar o pedido da advogada, a juíza ordena que a Vera Lucia se ausente da sala.
Ela teria dito que não deixaria o local sem a presença de um representante da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil). Em seguida, a juíza informa que deve notificar a polícia para a retirada da advogada do local.
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