Após 18 anos de carreira na CNN norte-americana, Jim Acosta surpreendeu ao anunciar sua demissão ao vivo durante o jornal matinal exibido na última terça-feira (28). Famoso pelos confrontos com o presidente Donald Trump, o jornalista aproveitou o momento para fazer críticas contundentes à gestão do político republicano.
Acosta, filho de um refugiado cubano, explicou que sua saída foi motivada por insatisfações com mudanças internas na emissora, que o transferiu do horário matutino para a madrugada. Durante seu discurso, ele deixou uma mensagem marcante: “Como filho de um refugiado cubano, aprendi que nunca é um bom momento para se curvar a um tirano.”
O jornalista também reafirmou seu compromisso com o jornalismo investigativo: “Sempre acreditei que é função da imprensa responsabilizar o poder. Tentei fazer isso na CNN e pretendo continuar nessa missão.”
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Em comunicado oficial, a CNN confirmou a saída de Acosta e agradeceu pelos quase 20 anos de dedicação ao canal. “Jim teve uma carreira longa e distinta, com um histórico de enfrentar autoridades em nome da Primeira Emenda e das liberdades jornalísticas”, declarou a emissora.
Presidente ironizou pedido de demissão do jornalista
Enquanto a CNN elogiava Acosta, Trump não perdeu a oportunidade de provocá-lo na rede Truth Social, chamando-o de “um dos piores e mais desonestos repórteres da história jornalística”. O ex-presidente ainda ironizou: “Jim é um grande perdedor que fracassará não importa onde ele acabe. Boa sorte, Jim.”
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Com a saída de Acosta, a CNN pretende suavizar o tom político de sua programação. O nome de Wolf Blitzer já está sendo considerado para substituir o jornalista, em um movimento que pode sinalizar uma mudança estratégica na cobertura política da emissora.
Colaborou: Renan Santos