O programa ‘The Noite‘ de Danilo Gentili recebe na noite desta sexta-feira, 18 de agosto, os jornalistas Leão Lobo, Magdalena Bonfiglioli, Christina Rocha e Ivo Morganti, que na atração do SBT, comentarão sobre o extinto ‘Aqui Agora’, que marcou história na programação da emissora.
Dessa forma, no ‘The Noite’ especial em celebração aos 42 anos do SBT, Danilo Gentili conversa com os jornalistas que contam curiosidades e casos relevantes daquela época de sucesso, aonde levou o ‘Aqui Agora’ a chegar aos 40 pontos no ibope. Falando do diferencial que tinham, Magdalena ressalta: “Era um jornal de repórteres…. Existia o apresentador com a sua personalidade. Existiam os comentaristas com a sua personalidade. Mas os repórteres não eram um complemento“. Ivo reforça: “A notícia era a estrela. A gente, pela primeira vez, conseguiu fazer a notícia ser estrela no jornalismo“.
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Christina também recorda: “Aqui Agora foi o primeiro telejornal que permitiu que o câmera de rua aparecesse a câmera tremendo porque, até então, não existia isso. Era só aquele enquadramento e tal. Repórter correndo quebrou barreiras“. E Leão completa: “Foi tão inovador, acho que isso que incomodou essa imprensa mais chic. Porque, de repente, a gente revolucionou. Quando o Silvio me mandou usar smoking às seis horas da tarde…. Até hoje as pessoas lembram disso. Ele me encontrou no corredor, lá na Vila Guilherme e disse ‘só uma coisa, só use a gravatinha vermelha’“. Revelando uma curiosidade sobre um dos integrantes da época, Luiz Lopes Correa, Christina conta: “Não tomava banho, falava que fazia mal à pele. E tinha uma barata de estimação no fusquinha dele“.
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Sendo assim, ainda para Danilo, Magdalena lembra sua primeira matéria e afirma: “Já foi uma coisa espetacular e eu me dei bem e todo mundo gostou. O povo foi gostando tanto da minha choradeira que eu acabei ficando no Aqui Agora“. Ivo então declara em tom de brincadeira: “A frase (nos bastidores) era assim: ‘se a Magdalena não chorar e o Celso (Russomano) não apanhar, o Aqui Agora não vai pontuar’“. Falando dos muitos talentos revelados ali, Leão reforça: “Nosso coordenador de produção (na época) hoje é diretor geral da Globo. O Amauri Soares“. E Ivo complementa: “César Tralli, Alexandre Frota também foram repórteres“, disse.
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Por sua vez, Ivo também avalia: “Aqui Agora começou a dar opinião para as pessoas menos favorecidas. As pessoas começaram a ter coragem de ter opinião“. Leão, então, enfatiza: “Engraçado que, hoje, você vê o SPTV tentando ser popular. Botando repórter fazendo gracinha, essas coisas todas. Quantos anos depois? Dava 30, 40 de ibope“, contou. Falando do inesquecível Gil Gomes, dizem que ele realmente falava na vida real do modo que se apresentava na televisão. “Era uma das pessoas mais delicadas, mais gente boa que eu conheci na minha carreira. Era de uma sensibilidade, uma delicadeza“, afirma Leão.
Ivo, então, conta: “Acompanhei o Gil até o final. Eu ia muito no apartamento que ele estava morando bater um papo…. Quando o Gil faleceu fazia uma semana que eu não o via. Senti muito a falta do Gil. Gil é o maior contador de histórias do mundo… Reconheci o Gil como um amigo da minha vida“. Leão faz então uma revelação da época do rádio: “O Gil, quando estava gravando, ninguém podia entrar no estúdio. Porque ele se emocionava e ia tirando a roupa. Tirava, tirava a camisa e ficava de cueca… Então ele nunca fazia televisão e o Aqui Agora conseguiu trazê-lo“.