Após garantir seu retorno à Globo, Aguinaldo Silva tem moldado sua nova novela, Três Graças, para se adaptar aos novos padrões de consumo da audiência. Prevista para substituir Vale Tudo na faixa das nove no segundo semestre de 2025, a trama promete ser uma inovação, acompanhando as tendências do mercado audiovisual e como os telespectadores consomem conteúdo atualmente.
Em entrevista ao jornal O Globo, o autor falou sobre a concorrência com plataformas como o TikTok e a necessidade de as novelas se ajustarem ao ritmo acelerado da era digital. Silva afirmou que o tempo das cenas longas, que se arrastavam por várias páginas, já passou. “Não pode perder tempo. Tem que ser curto e grosso”, explicou, ressaltando a importância de uma narrativa mais ágil.
Ele ainda deu um exemplo de sua visão com uma cena inicial de Três Graças, que, ao invés de seguir o clichê de um jantar familiar com conversas banais, terá um acontecimento dramático logo de cara. A morte de um parente vai transformar o jantar em um caos, algo que, segundo o autor, mantém a trama em movimento e sem enrolação.
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A história de Três Graças gira em torno de três gerações de mulheres que compartilham a experiência de terem se tornado mães adolescentes. A trama acompanha uma avó, uma mãe e uma neta, sendo que a avó e a mãe abrem mão de seus próprios sonhos para evitar que a neta siga o mesmo caminho. Com uma abordagem intimista e reflexiva, a novela aborda temas como a maternidade precoce e os desafios enfrentados por mulheres que lidam com essa realidade sozinhas.
Inspiração e transformação da novela
A inspiração de Silva para a história veio de uma visita a uma maternidade no Rio de Janeiro, onde ele ficou impactado ao ver que muitas das grávidas não tinham nem 18 anos. Esse momento foi o ponto de partida para a ideia de escrever sobre mulheres que engravidam cedo de homens irresponsáveis.
Originalmente, Três Graças foi pensada como uma minissérie baseada em um roubo de cofre, mas a ideia evoluiu para uma novela. Para dar vida ao projeto, Silva convidou Zé Dassilva e Virgílio Silva para co-escrever a trama, adaptando-a à estrutura de uma novela mais longa.
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A sinopse foi enviada à Globo e, após quase um ano sem resposta, a emissora finalmente se interessou e pediu que o primeiro capítulo fosse escrito. O sucesso do material resultou na assinatura do contrato.
Colaborou: Renan Santos