Na quarta-feira (31), ‘Os Outros’ estreia no Globoplay. O primeiro episódio da série será liberado a partir das 18h e estará aberto também para não assinantes até o dia 05 de junho. Para falar sobre a produção, o elenco se reuniu nesta segunda-feira (29), no Kinoplex Leblon Globoplay, no Rio de Janeiro. O Área VIP foi conferir tudinho de perto.
Adriana Esteves, Thomas Aquino, Maeve Jinkings, Milhem Cortaz, Eduardo Sterblitch, Guilherme Fontes, Drica Moraes, Antônio Haddad e Paulo Mendes foram alguns dos artistas presentes no lançamento, que ainda contou com dois episódios da série para os convidados.
Adriana Esteves citou alguns motivos para aceitar o papel de Cibele na série. “Primeiro, o texto do Lucas Paraizo, grande autor. Eu recebi o texto e me identifiquei com todas as personagens, são histórias, são relações que eu conheço, fazem parte da minha vida, vários conflitos são contados na série”, analisou.
A atriz ainda compara a ficção com a vida real. “Minha personagem específica é uma mãe da minha idade, filhos da idade dos meus. Eu tenho uma grande identificação com a série. Por isso eu topei na hora. O resultado, acho espetacular, tenho muito orgulho de estar aqui contando e convidando todos a assistirem, porque é mais uma das grandes séries brasileiras”, ressaltou.
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Maeve Jinkings também exaltou a personagem na série. “Tenho muito orgulho (de fazer), porque a gente é muito mais Mila do que a gente imagina. Quando eu comecei a me aproximar da Mila, por conta do tema, de ela estar no casamento onde existe um traço de violência doméstica, a gente tem a tendência de imaginar ela muito submissa, muito frágil, isso seja talvez uma dificuldade da gente se enxergar, porque a Mila é uma mulher forte, mas que por circunstâncias da vida ela foi se desconectando dela mesma, ela foi se colocando em último lugar, fragilizando ela de alguma maneira, mas ela e uma mulher forte”, pontuou a atriz.
Milham Cortaz, que vive Wando, marido de Mila, lembrou que já morou em condomínio no passado, mas com uma realidade bem diferente da série. Atualmente, o ator mora numa casa e admite que só conhece os vizinhos de cumprimentar quando sai ou chega em casa. Ele acredita que a história de ‘Os Outros’ inspira uma grande reflexão. “A arte está aí para entreter, mas ela também tem que ter algum significado. Pelo menos para o artista. Mesmo dentro do entretenimento, a gente tem espaço para fazer a reflexão. E essa série veio no momento certo, porque eu estava preparado“, disse o ator.
Os estreantes Antônio Haddad e Paulo Mendes tiveram a difícil tarefa de dar vida aos adolescentes que são o pivô do desentendimento que se instala no condomínio.
“A gente acabou fazendo testes da série sem saber do que se tratava, foi um estudo incrível…“, disse Haddad, que vive o filho de Adriana Esteves. “É um aprendizado diário, ela (Adriana) foi uma referência pra eu fazer o Marcinho, todas as personagens dela que me marcaram uma infância inteira. Ela é uma referência para o Brasil”, destacou o ator.
Vivendo o noviço Luís em ‘Amor Perfeito’, Paulo Mendes ressaltou a diferença do trabalho na novela e na série, onde interpreta o violento Rogério, filho de Mila e Wando. “Eu acabei fazendo duas coisas completamente diferentes já quando comecei aqui na televisão. Isso e ótimo, é um exercício pra mim e para o público ver”, destacou o ator.
Um convite a reflexão
Escrita por Lucas Paraizo, a partir de argumento de Fernanda Torres, a série é dirigida por Luísa Lima. Em bate-papo com a imprensa, o autor, conhecido por trabalhos como ‘Sob Pressão’, acredita que o tema possa trazer um olhar reflexivo sobre viver em sociedade. “O que acontece quando todo mundo tem razão e quais os limites dos personagens, que de alguma maneira cruzam (os limites) pra defender as suas ideologias e suas famílias a qualquer custo. É uma série que dialoga um pouco com a sociedade contemporânea que a gente vive. Uma série pra trazer a discussão da tolerância, do diálogo, e que através de múltiplos gêneros é fazer a gente passar por algumas sensações pra que a gente repense um pouco a sociedade que a gente está vivendo”, disse Paraizo.
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Feliz com o convite para dirigir a série, Luísa aposta que a série é um alerta para o público. “Eu tive a felicidade de ser convidada pelo Lucas pra dirigir essa série, foi 2019, e desde então a gente vem caminhando juntos. Daí nasceu a história de uma parceria de uma amor muito grande, e que é toda construída no diálogo, a gente tá falando de uma narrativa da falta do diálogo, da incapacidade da escuta, e o nosso processo tem sido justamente o oposto disso… “Isso é um grande alerta que a gente está querendo realmente provocar, o slogan podia ser ‘faça amor, não faça guerra’”, analisou a diretora.