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Ex-chefão da Globo, Silvio de Abreu opina sobre remake de Vale Tudo: “preocupante”

O autor revelou que tem uma teoria que explica o sucesso ou o fracasso de remakes

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André Santana
André Santana
Jornalista, escritor e produtor cultural, André Santana escreve sobre televisão desde 2005 e já passou por várias publicações especializadas, assinando críticas, análises e informações sobre TV e novelas.
Silvio de Abreu no podcast Dois Pontos
Silvio de Abreu no podcast Dois Pontos – Foto: Reprodução/YouTube

Autor de novelas clássicas, como Rainha da Sucata (1990), A Próxima Vítima (1995) e Belíssima (2005), Silvio de Abreu também foi diretor da teledramaturgia da Globo entre 2014 e 2020. Foi ele o responsável por selecionar as obras produzidas neste período.

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Fora da emissora desde 2020, o novelista não se furta em dar palpites sobre os rumos da emissora e da teledramaturgia brasileira. Tanto que, em entrevista ao podcast Dois Pontos, do Estadão, Abreu deu sua opinião sobre a nova versão de Vale Tudo, que a Globo vai lançar em 2025.

“Vale Tudo é preocupante porque eles já mudaram, estão mudando várias coisas na novela. Então, aí, eu não sei também o que vai ficar, é ruim você falar de coisa que você não sabe”, disparou.

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Teoria sobre remakes

Na mesma entrevista, Silvio de Abreu expôs sua opinião sobre remakes. De acordo com o novelista, a Globo só faz sucesso com remakes quando refaz obras que foram realizadas em outras emissoras no passado.

“Eu tenho uma teoria que eu não sei se vale ou se não vale. Para mim, as novelas que foram da TV Globo e que foram feitas remake, nenhuma deu certo. As novelas que não eram da TV Globo, mas que foram feitas remake dentro da TV Globo, deram certo”, disse, citando Mulheres de Areia (1993) e A Viagem (1994) como exemplos.

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As duas tramas citadas por Abreu foram escritas por Ivani Ribeiro para a TV Tupi. A autora as reescreveu na Globo, alcançando um enorme sucesso com as duas obras, até hoje consideradas clássicos da teledramaturgia brasileira.

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Remakes de sucesso

Nos últimos dois anos, a Globo produziu três remakes. No entanto, apenas a nova versão de Pantanal (2022) foi considerada bem-sucedida. Já Elas por Elas (2023) foi um grande fiasco, enquanto Renascer (2024) obteve recepção morna.

Pantanal foi produzida originalmente pela TV Manchete, ao contrário das duas novelas posteriores, que são da própria Globo. Ou seja, diante das experiências mais recentes, a teoria de Silvio de Abreu faz sentido.

Por outro lado, a Globo considerou bem-sucedidos os remakes de Anjo Mau (1997) e Ti Ti Ti (2010), ambos escritos por Maria Adelaide Amaral, baseada na obra de Cassiano Gabus Mendes. Além disso, os remakes de Cabocla (2004) e Sinhá Moça (2006) também fizeram sucesso. Ou seja, de vez em quando a Globo acerta com releituras de textos feitos por ela mesma no passado.

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André Santana
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Jornalista, escritor e produtor cultural, André Santana escreve sobre televisão desde 2005 e já passou por várias publicações especializadas, assinando críticas, análises e informações sobre TV e novelas.