Neste domingo, 16 de abril, o Conexão Repórter mostra o outro lado de uma lenda. Roberto Cabrini entrevista o ex-Menudo Roy e ouve revelações devastadoras. O telespectador vai conhecer as confissões de um menino que encantou uma geração de adolescentes mundo afora, mas carrega consigo verdades por trás do sucesso.
Cabrini desvenda a trajetória de sofrimento e a revolta de Roy Rosseló. Mais de três décadas depois, o ex-Menudo relata uma rotina de assédio e abuso sexual. Os dramas, os conflitos internos e os questionamentos de quem já foi uma celebridade internacional. As denúncias contra o antigo empresário e os detalhes da violência sofrida. De ídolo da música a personalidade do passado. O programa mostra como Roy vive atualmente, a vida em família e sua busca para esquecer as marcas do passado.
Confira trechos da entrevista:
De tudo que você viveu, qual foi o pior momento?
Ah, foi em Copacabana, quando a gente fez a primeira turnê. Eu saí com algumas meninas e, quando cheguei no hotel, Edgardo tava na recepção. Me puxou pelo cabelo, pelo Copacabana Palace, pela recepção toda me batendo, me chutando, me maltratando. (Roy fala sobre o empresário Edgardo Díaz)
Na sua primeira noite fora de casa, você teve de ficar com o empresário?
Com o empresário.
Como foi essa primeira noite?
Foi a pior noite, pior noite, foi a pior noite da minha vida.
O que acontece quando ele fecha a porta e vocês ficam no quarto, sozinhos?
Ele simplesmente falou ‘tira e roupa e vai tomar um banho que eu quero ver você pelado’. Eu tomei banho, saí de toalha, ele falou ‘eu quero te ver, eu quero te ver completo, eu quero ver seu corpo, eu quero ver seus partes íntimas’, direto assim, ‘vem cá, deita na minha cama’. (se emociona) Aí, ele me estuprou praticamente.
Não houve consentimento?
Não houve consentimento, não houve pena da parte dele, não houve nenhuma pena (chora).
Quanto tempo durou isso?
Os 3 anos que eu estive no Menudo.
Você pensava em se matar?
Em Porto Rico, eu tentei me matar.
De que jeito?
Fui nas pedras, um lugar muito perigoso, muita gente ter morrido lá, aí…
Na sua cabeça seria uma maneira de se libertar?
Exatamente. Uma vez em Porto Rico também, me joguei na avenida, pra um carro passar em cima de mim. E na Bahia também, quando fui acusado de ter maltratado uma mulher.
O Conexão Repórter vai ao ar todos os domingos, à meia noite, logo após o Programa Silvio Santos.