Boas histórias, músicas marcantes, filmes inesquecíveis, momentos históricos, novelas que marcaram época… O tempo passa, mas as boas lembranças permanecem. Uma saudosa viagem no tempo numa divertida competição entre cinco décadas: 1960, 1970, 1980, 1990, 2000. Assim será ‘Os Melhores Anos das Nossas Vidas’, programa que estreia no dia 11 de outubro, com redação final de Paula Miller e direção geral de Bernardo Portugal. A atração vai ao ar às quintas-feiras, após ‘Carcereiros’.
No comando da disputa está Lázaro Ramos, que apresenta o game show com a ajuda de cinco líderes, cada um representando uma década: Marcos Veras (1960), Marco Luque (1970), Lúcio Mauro Filho (1980), Ingrid Guimarães (1990) e Rafa Brites (2000). Os times contam ainda com ex-participantes do ‘The Voice Brasil’. A cada programa, duas décadas duelam, e a brincadeira é uma só: provar que a sua época é a melhor de todas. E, nesta competição bem-humorada vale tudo para ganhar os votos. No palco da atração, personagens que fizeram história, personalidades da TV, da música, do esporte, ou até mesmo anônimos que se destacaram por algum feito ou se tornaram notícia de alguma forma. Os hits das épocas também terão destaque com a apresentação de cantores ou bandas que foram emblemáticos no período. Junto a eles, dançarinos caracterizados com figurinos e looks da década relembram os passos e estilos que foram sucesso naqueles anos.
Mas quem decide o período vencedor? Uma plateia formada por 100 jovens, com idades entre 18 e 20 anos, que vota em tempo real durante e no final do programa. Após assistirem aos musicais, danças, entrevistas, fatos marcantes e curiosidades referentes a cada década, eles escolhem a época em que gostariam de ter vivido votando através de um dispositivo enquanto participam da atração.
O último duelo acontecerá em uma grande final que reunirá as duas décadas que mais vencerem ao longo das edições numa derradeira disputa. “O programa é um grande game show em que vamos abordar temas que mexem com a memória afetiva do espectador através da música, do que foi notícia no Brasil e no mundo, arte, cultura, esporte, moda. Tudo isso feito de maneira divertida e informativa. O que o torna ainda mais especial é a abordagem desses temas, pois temos o desafio de apresentá-los a jovens que não viveram essas décadas”, afirma a redatora final Paula Miller.
“Todos nós temos uma questão saudosista nesse projeto, um apego, uma memória afetiva do que aconteceu na infância e na adolescência. Teremos a oportunidade de reviver isso tudo com o público, já que todas as décadas se enfrentam, e de levar informação às pessoas de maneira descontraída”, pontua o diretor-geral, Bernardo Portugal.
“O bacana é que o programa gera reações muito espontâneas nas pessoas porque lida com a memória e com o nosso emocional. É uma grande festa. O público pode esperar muita diversão e, para usar um termo do passado, ainda ganha de “lambuja” um aprendizado sobre os grandes acontecimentos no Brasil e no mundo”, resume Lázaro Ramos.
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Cinco Líderes
Cada um dos cinco líderes já entrou na brincadeira e faz questão de defender com garra sua década. “Sou muito competitiva, e representar os anos 90 tem sido muito bacana para relembrar uma época que não é tão distante, mas que muitos não têm lembrança”, observa Ingrid Guimarães. Para Lúcio Mauro Filho, a década de 80 é uma das mais queridas pelo público: “Foram tantos acontecimentos e coisas maravilhosas que vivemos naqueles anos…”. Já Marco Luque está expert nos hits e no figurino dos anos 70. “É um período de grande efervescência cultural e de transformação”, define. Na década de 60, Marcos Veras destaca o estilo de vida e os grandes movimentos culturais: “Muitos terão a oportunidade de redescobrir ou conhecer cantores e notícias da época”. Já Rafa Brites está animada com os anos 2000. “Quero mostrar o que de melhor temos nestes anos e cativar o público com muita dança, música e informação”, conta.
Como serão relembrados os momentos de cada década
As músicas, os filmes, a moda, as grandes notícias que fazem parte de cada uma das décadas e que ajudaram a compor e determinar as características de várias gerações serão relembrados ao longo dos programas de diferentes maneiras.
Os hits – Os grandes sucessos de cada década com os arranjos originais serão interpretados pelos convidados e acompanhados pela banda do programa, ao vivo. Junto a eles, um corpo de bailarinos apresentará no palco os ritmos e coreografias que marcaram cada época.
O que foi notícia – Fatos marcantes e inesquecíveis na história do país e do mundo que se destacaram nos noticiários da época e mobilizaram a sociedade serão mostrados na atração.
A Moda das Décadas – Acessórios, figurinos, sapatos, maquiagem e cabelo… Tudo o que já foi tendência e sucesso popular será lembrado através de imagens de arquivo e looks apresentados no palco.
Tá na Pista – Os passinhos e coreografias que colocaram todo mundo para dançar serão relembrados pelos times de dançarinos de cada década. Virados de frente um para o outro, o desafio será pelo melhor gingado.
Nas Telas do Cinema – Os grandes clássicos, personagens memoráveis e cenas inesquecíveis dos filmes serão exibidos no programa.
Museu das Grandes Novidades – As maiores invenções e as histórias de seus inventores serão relembrados no palco.
Agora e Sempre – Cantores e bandas interpretarão seus grandes hits que são sucesso há muitas décadas e gerações.
Quem sou Eu? – Uma personalidade conhecida, alguém que se destacou na TV ou que foi notícia em sua época e que até hoje faz parte do nosso imaginário será recebida e terá sua trajetória relembrada.
Eu Conheço Essa Voz – Dubladores de filmes e de desenhos animados que marcaram a infância de várias gerações serão apresentados para o público.
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Como é o trabalho de pesquisa e produção de arte
Pesquisar e resgatar objetos, notícias, discos e tantas outras lembranças de cinco décadas requer um trabalho minucioso de “garimpo”. Coordenadora da Pesquisa de Conteúdo do programa, Leila Melo comanda uma equipe de dez profissionais, que se dividem entre a pesquisa de texto e de imagem. Com formação em História, Leila conta que os trabalhos foram iniciados há cinco meses. “Usaremos jornais, fotos, vídeos e todos os recursos possíveis como fontes de pesquisa. Um material coletado em jornais, acervos públicos e agências de fotos e notícias, além do Acervo da Globo, que é riquíssimo”, enumera. Para ela, trabalhar num projeto como ‘Os Melhores Anos das Nossas Vidas’ é um privilégio para qualquer pesquisador: “Acho que é um resgate muito fiel desses tempos. É um grande painel de música, comportamento, cultura e tudo mais que muitos não conhecem ou não recordam”.
A essência do conceito de resgate também integra o dia a dia da produção de arte a cargo da dupla LF Cardoso e Paula Oliveira. “Nosso trabalho envolve muita pesquisa: histórica e de mercado. É fascinante trabalhar essas décadas, isso mexe muito com nossas próprias memórias afetivas. Para buscar ou produzir objetos dessas épocas, nós temos feito uma verdadeira viagem no tempo”, explica Paula. “Além do trabalho de pesquisa e compra de peças em antiquários, com colecionadores, ou em lojas especializadas em cada tema, a produção de arte também reproduzirá réplicas de objetos na nossa fábrica de cenário, nos Estúdios Globo”, complementa LF. “Algumas peças são muito raras e difíceis de encontrar no mercado. Outras nem existem mais”, frisa.
Dos objetos raros garimpados, eles citam o primeiro aparelho de telefone celular desenvolvido como um protótipo em 1973 por Martin Cooper. “É imenso e pesado, com cerca de um quilo. O primeiro modelo foi posto em linha de produção em 1983. Esse objeto foi bem difícil de se encontrar e impressiona pelo seu tamanho. Será usado numa das edições”, antecipa Paula. Para LF, a possibilidade de poder surpreender o público a cada edição trazendo elementos das décadas passadas é o mais gratificante. “Os nostálgicos ainda poderão experimentar momentos deliciosos ao relembrar suas próprias memórias e histórias, além de viajar conosco nesse passeio pelas melhores décadas”, torce.
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Acessórios, looks, maquiagens e estilos que eram sucesso no passado
Excêntrica, colorida, exagerada ou contemporânea, a moda é recorrente e característica em diferentes períodos. Não importa o estilo, sempre foi vista como um retrato de época, capaz de refletir o estado de espírito de uma geração. Também é considerada uma ferramenta para traçar um perfil da sociedade de um determinado período ou região. Há várias décadas, looks, estampas, acessórios e texturas definem o que é ou não moda. Algumas peças e tendências acabam ultrapassando o tempo ou voltam revisitadas anos depois. Para englobar o que fez a cabeça e a preferência daqueles que viveram nas décadas de 1960, 1970, 1980, 1990 e 2000, as figurinistas Flavia Costa e Claudia Kopke mergulharam em um trabalho de pesquisa e criação. Para cada década são produzidos quatro estilos diferentes. “Desta forma conseguimos mostrar a diversidade de cada década. Achamos que o grande barato neste processo é a construção da maioria das peças”, explicam. Mas a busca por figurinos em brechós, além do próprio acervo da Globo, também faz parte da rotina do trabalho da equipe. “Sempre buscamos peças originais para incluir no figurino ou usar apenas como modelagem. Boa parte do figurino usado no programa é confeccionado sempre com a preocupação de nos aproximar ao máximo de cada época”, contam.
Além dos líderes, cada time é caracterizado de acordo com sua época correspondente. Flavia e Claudia citam alguns destaques de cada década: o vestido trapézio, a minissaia e moda futurista de Paco Rabanne e André Courrèges típicos da década de 60; as cores e estampas com pitadas hippie e psicodélicas, além dos brilhos e paetês da era Disco, representando os anos 70; as indefectíveis ombreiras e saias ballonné com o visual physical das academias de dança, para a década de 80; as transparências, os visuais clubber, grunge e underground dos anos 90; e a influência do hip hop e do funk confrontando com os visuais emo e cowboy, nos anos 2000. “Teremos uma grande variedade de peças, estilos e cores”, adiantam.
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Cenografia do programa inclui até um túnel do tempo
Para simular uma viagem no tempo, nada mais emblemático do que um túnel. Tanto que o cenário concebido pela cenógrafa May Martins inclui arcos que se encaixam com o auxílio de 91 telas de Led de alta resolução e espelhos que fazem com que a imagem se multiplique, criando diversos efeitos ou reproduzindo imagens emblemáticas. É através deste túnel que os convidados serão recebidos no palco. “O cenário foi pensado a partir da questão do tempo e das décadas que vão se enfrentando, dois times por vez, com os seus líderes, seus convidados e seus bailarinos. Nos telões de cada time, teremos imagens e informações marcantes de cada época, proporcionando uma viagem visual e no tempo”, frisa May.
Para a dinâmica do programa, que conta com dois times representantes das décadas num palco de 300 m², há telões de alta resolução em cada um dos lados medindo 6 x 3,5m. Também há uma banda fixa no programa com 14 integrantes. Para acomodar a plateia votante de 100 jovens, May optou por distribuí-los em lounges com sofás, chaises e puffs prateados. “Não queríamos que eles ficassem sentados de maneira tradicional. A ideia foi espalhar os jovens para que eles pudessem também mudar de lugar e observar um time de cada vez, chegar mais perto de um ou de outro. Enfim, pudessem ter movimento dentro dessa plateia que foi feita para eles”, explica.
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