Um lugar desconhecido, localizado na Ásia Central entre o Rio Ural e a fronteira russa e com uma natureza exuberante. O Cazaquistão é um país remanescente da União Soviética que declarou sua soberania como república há pouco mais de 20 anos. O ‘Globo Repórter’ desta sexta-feira, dia 10, desvenda as surpresas e mistérios desse país. A repórter Beatriz Castro se impressiona com o que vê. “Posso afirmar que em 30 anos de Globo, essa foi a pauta da minha vida. Nunca fiz algo tão diferente e intrigante”, afirma.
O passeio começa pela capital Astana, uma cidade construída em meio às planícies. O governo do Cazaquistão esbanjou milhões para a construção da cidade, convidando alguns dos mais renomados arquitetos do mundo. Cercada de construções extravagantes e alta tecnologia, a capital é a porta de entrada para o futuro do país.
Um surpreendente parque ecológico esconde uma floresta inteira embaixo d’água. Resultado de degelo e terremotos, a área foi inundada e as árvores sobrevivem sob a água há 107 anos. Com uma temperatura de apenas cinco graus, Beatriz nada na floresta. “A impressão que temos é que as árvores estão de ponta cabeça. É como se a natureza quisesse brincar conosco”, conta a repórter.
O programa mostra ainda o mar que virou deserto. O Aral, que já foi considerado o quarto maior mar do mundo, vem se reduzindo ao longo dos anos e hoje tem apenas um terço do tamanho original. A região é considerada o maior desastre ambiental já causado pelo homem, quando a União Soviética, nos anos 70, conduziu imensos projetos de irrigação, desviando as águas dos principais rios que abasteciam o Aral para irrigar plantações de algodão em outras regiões. Apesar dos esforços de projetos internacionais para recuperar a área, o deserto de sal em que o local se tornou está fazendo com que a fauna e a flora da região desapareçam. Lá, é possível ver barcos encalhados, que são sucateados e vendidos, sem qualquer resquício de que ali já existiu um mar.
Partindo para o interior do país, o ‘Globo Repórter’ acompanha as tradições locais, como os rituais milenares que são mantidos até hoje na hora de comer. No Cazaquistão, a carne de cavalo é ingrediente de pratos típicos e valorizada como boa para saúde e o leite de égua, um bom remédio para tuberculose.