A atriz Aracy Balabanian ganhou mais uma homenagem na noite desta segunda-feira (07). A atriz morreu aos 83 anos e deixou o mundo da dramaturgia mais triste. No Jornal Nacional, William Bonner e Renata Vasconcellos fizeram um minuto de silencio no final do programa.
Aracy estava internada na Clínica São Vicente, na Gávea, na Zona Sul do Rio de Janeiro. Ela fazia um tratamento contra um câncer de pulmão desde o fim do ano passado. No JN, os apresentadores anunciaram a morte da atriz e falaram sobre a carreira desse ícone da dramaturgia brasileira.
Morre a atriz Aracy Balabanian aos 83 anos
Ao final da edição desta segunda-feira, um lindo painel surgiu ao fundo de Bonner e Renata. “Logo mais, depois do Jornal da Globo, você vai poder rever a entrevista da atriz Aracy Balabanian em ‘Conversa com Bial’. Até manhã”, se despediu a apresentadora, deixando o cenário da redação do jornal mudo.
Encerramento do JN com homenagem para a eterna Aracy Balabanian. 😕🖤#JornalNacional
pic.twitter.com/uqR8yfUno7— Brenno De Moura (@mbrenno_) August 8, 2023
Aracy Balabanian era filha de imigrantes armênios e nasceu em 22 de fevereiro de 1940 em Campo Grande, em Mato Grosso do Sul. Para realizar o sonho de estar nos palcos, a menina teve que driblar a rejeição do pai, que era contra a filha seguir a carreira. “Eu comecei numa época em que não era bonito fazer televisão, nem teatro”, lembrou ela em entrevista ao Memória Globo.
Miguel Falabella lamenta morte de Aracy Balabanian: “atriz de primeira grandeza”
Determinada, ela venceu a resistência em casa e, aos 14 anos, foi convidada por Augusto Boal, então diretor do Teatro de Arena, para um teste no Teatro Paulista do Estudante. A partir de então, Aracy Balabanian deu vida a diversos personagens que ficaram marcados na memória do público. Entre eles estão Gabriela, do programa infantil ‘Vila Sésamo’, em 1973.
Em 1990, conquistou o país com a Dona Armênia, de ‘Rainha da Sucata’, mãe controladora de três filhos. Ela emprestou o sotaque e alguns costumes armênios da família à trama. O personagem fez tanto sucesso que voltou em ‘Deus nos Acuda’, em 1992.
A consagração veio também com Cassandra, em ‘Sai de Baixo’, em 1996. Ela vivia uma socialite decadente e arrancava risadas ao não conseguir se controlar com as peripécias de Miguel Falabella em cena. O programa, exibido no domingo à noite, era gravado em um teatro com plateia e incorporava risos e improvisos do elenco.