José Bonifácio de Oliveira Sobrinho, o Boni, surpreendeu ao revelar que não assiste ao BBB e nunca curtiu o formato do reality da Globo. O ex-diretor da emissora e pai de Boninho, que comandou o programa por mais de duas décadas, explicou que a atração não oferece um conteúdo construtivo e que a TV deveria focar em um entretenimento de mais qualidade.
“Nunca gostei do BBB, desde o começo, mas não é pelo programa em si. Acho besteira o que aquelas pessoas dizem, muitas vezes estimuladas pelo álcool. Eu preferia um texto do Dias Gomes [1922-1999], porque me diz algo mais útil”, declarou Boni em entrevista ao canal Achismos, comandado por Maurício Meirelles no YouTube.
Ele também não poupou críticas à dinâmica de duplas, que é a grande novidade da atual temporada do reality. “Esse negócio de dupla não deu certo. Eu faria outro tipo de diversão, mas sei que o programa é um sucesso enorme no mundo inteiro. O Boninho sempre fez o melhor Big Brother do mundo e muitas vezes discutia com a Endemol para fazer diferente”, elogiou.
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Boni revelou ainda que evita falar sobre TV com o filho para não criar conflitos. “Temos um acordo. Boninho é muito competente e um profissional extraordinário. Não falamos de televisão porque não pensamos da mesma forma. Às vezes ele está certo, eu estou errado, mas a minha maneira de olhar é sempre o que não tem”, disse ele. Para evitar divergências, Boni prefere conversar com Boninho sobre família, viagens e outros assuntos pessoais.
Veterano aponta queda de qualidade na TV
Durante a entrevista, Boni lamentou a queda na qualidade das produções televisivas. Segundo ele, a emissora tem cortado gastos, prejudicando até grandes produções, como o remake de Pantanal (2022). “Deu mais ou menos certo, porque a versão nova do Zé Inocêncio não trabalha, porque não quiseram gastar dinheiro indo gravar na Bahia”, criticou.
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Ele também fez críticas ao medo das produções diante do politicamente correto. “Nada é pior do que o politicamente correto. Humor não é só rir do defeito das pessoas, tem outras maneiras de fazer humor. A comédia continua no mundo inteiro, mas aqui no Brasil ficaram com medo”, concluiu.
Colaborou: Renan Santos