Nesta sexta-feira (08), Dia Internacional da Mulher, a Globo exibirá o episódio Louca, da série ‘Falas Femininas’. Convidadas para apresentar a atração, Paolla Oliveira e Taís Araujo marcaram presença no lançamento, onde a imprensa conferiu a exibição. O Área Vip acompanhou tudo de perto.
Paolla e Taís se reuniram com a diretora Antônia Prado, a roteirista Veronica Debom, e a influenciadora Ana Terra Oliveira, nos Estúdios Globo. “Eu achei uma sacada muito legal. Fiquei muito feliz de fazer “, disse Taís, que reforça. “A gente também foi criada em uma cultura machista, pra gente ficar alerta com a gente também… Que bom ter a chance de poder quebrar esse lugar”, diz a atriz sobre o episódio.
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Paolla também comemorou a participação no programa. “Eu vou reiterar algumas coisas. A honra de participar de um programa como esse é tão importante, tão educativo. Eu fiquei muito emocionada quando eu li, quando eu estava decorando ali as falas em casa, eu tenho uma pessoa que estava me ajudando, minha tia estava me ajudando, e ela olhou e disse ‘nossa, eu não conheço essas coisas. Isso é isso?’, e ela ficou emocionada. Eu já comecei a me emocionar lá. E agora ali assistindo… ”, disse Paolla Oliveira, revelando a emoção de conferir o trabalho pronto.
A atriz ainda seguiu falando da reação ao ver as histórias no telão. “A gente pensa como a gente consegue? A gente está tão acostumado a ver essas coisas. A hora que assisti eu me emocionei, olhei para a Taís e ela também estava emocionada. A gente ainda se emociona com essas histórias, com esses experimentos da vida real, que colocam a gente assim muito diante de tudo”, completou Paolla.
Experimentos sociais
Com a proposta de levantar esse tipo de debate sem perder a leveza, o especial vai tratar de uma temática extremamente contemporânea: a exaustão da mulher, além de assuntos relacionados como assédio, gaslighting e abandono. O formato escolhido é o experimento social, que consiste na captação da reação de brasileiros a simulações de situações comuns, e, não por isso, menos absurdas, vivenciadas no cotidiano de tantos de nós. Ao longo de 45 minutos, as apresentadoras conduzem o espectador numa ágil e provocativa jornada que desperta a reflexão da sociedade como um todo, apresentado por Paolla Oliveira e Taís Araújo.
No programa, a discussão parte de dois experimentos sociais. No primeiro, a produção anuncia uma vaga de gerência em um hotel e chama interessados para uma entrevista de emprego. Mas o hotel não existe, nem a vaga, e a entrevistadora é uma atriz. Só quem não sabe de nada disso são os candidatos, todos homens. Durante a entrevista, a recrutadora pede que eles digam qual seria a remuneração justa para algumas funções como arrumadeira, passadeira, cozinheira e recreadora, mas que não tem verba para pagar todos esses salários e que as funções serão exercidas pela mesma pessoa, que precisa se dedicar 24h por dia ao serviço, dormir no trabalho, não tem férias e… nem pagamento. E, ainda, poderia conciliar tudo isso com outro trabalho. O desfecho é surpreendente e deu pra emocionar quem estava ali conferindo o experimento.
No segundo, os participantes – neste caso, homens e mulheres – de uma pesquisa fictícia presenciam uma situação de assédio e são chamados a testemunhar sobre o que viram. As percepções são as mais variadas. Na sequência, as apresentadoras chamam atenção para essas diferenças e convidam uma especialista, a advogada Fayda Belo, a contribuir com explicações.
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Histórias reais
O programa mostra, ainda, através de depoimentos de anônimas e famosas e de dados estatísticos que, quando essas mulheres precisam de cuidados, muitas vezes, são abandonadas.
Um dos depoimentos é o da cantora Preta Gil, que lembrou a maneira dolorida do fim do casamento com Rodrigo Godoi durante o tratamento contra o câncer. “Nós já estávamos casados há nove anos e, quando fiquei doente, estranhei muito algumas atitudes dele. Como nós, mulheres, temos esse coração acolhedor, compreensivo, de tentar sempre entender os homens, eu colocava num lugar de ‘ele não está sabendo lidar com a minha doença, está muito difícil pra ele também’”, começou a cantora.
Preta continuou. “A gente idealiza muito esse amor romântico, deposita muita expectativa no outro, vai construindo essa relação de codependência, que é algo estrutural e algo que nos foi ensinado. E isso é muito cruel porque a gente ainda acaba sendo taxada de louca. A gente é chamada de carente, e só quer o mínimo, que é respeito”, completou a artista.
A voz do povo
A criadora de conteúdo digital Anaterra Oliveira foi convidada a reproduzir no ‘Falas Femininas’ o modelo de trabalho que realiza nas redes sociais. “Eu entrevisto homens e mulheres sobre um mesmo assunto, para mostrar que existem diferenças na forma como os dois gêneros enxergam o mundo. Um dos questionamentos é ‘o que você faz quando chega do trabalho?’, que já fiz na internet e foi reproduzida no especial. Debater relacionamentos abusivos, abandono feminino, entre outros assuntos ligados à pauta feminina, já é comum em algumas ‘bolhas’ na internet. Mas, nas redes sociais, tem conteúdos que, por mais que ‘viralizem’, não saem de um mesmo grupo. Quando a gente trabalha esses temas na TV aberta, consegue acessar mais pessoas, tem a possibilidade de fazer com que mais gente reflita sobre”, destaca Anaterra.
Entre outras perguntas, Anaterra questiona as pessoas sobre o significado do termo gaslighting, explicado no programa. “Gaslighting é uma forma de manipulação. É quando, por exemplo, alguém faz você acreditar que você é louca. Quando você viu alguma coisa acontecer, mas a pessoa insiste tanto, que você acaba duvidando da sua própria sanidade”, define a influenciadora.