
Pedro Bial se prepara para a estreia de mais uma temporada do Conversa com Bial, talk show que comanda desde 2017 nas madrugadas da Globo. A atração, que surgiu para substituir o “lendário” Programa do Jô, já passou por várias fases na programação.
Em entrevista ao ‘UOL’, Pedro Bial refletiu sobre a longevidade da atração e ressaltou sua capacidade de adaptação às circunstâncias. “Primeiro, se adaptando às circunstâncias sanitárias. E eu acho que a gente foi muito ágil e rápido a voltar logo para o ar, na pandemia, naquele sistema [on line]”, disse.
“E aí, depois, a gente voltou para o estúdio e conseguimos voltar também com plateia. Foi muito legal a plateia voltar e dar uma outra vida às conversas. O programa mantém sua essência, de promover um debate com uma boa conversa”, explicou o jornalista.
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Essência
Para Pedro Bial, apesar das adaptações, o Conversa com Bial não mudou muito nos últimos oito anos. “O que eu acho que mais mudou não foi o programa em si, muito menos a proposta original. O que mudou foi o mundo em geral e o Brasil em particular”, analisou.
“A qualidade do debate público se deteriorou muito. Isso talvez nos tenha, entre aspas, favorecido, quer dizer, pelo efeito do contraste. A gente traz um debate de nível melhor. A gente lembra às pessoas o que é diálogo, o que é debate, o que é buscar confluência, pontos de encontro, pensar, juntar uma ideia na outra, vir uma terceira”, continuou.
“Em vez dessa loucura que se apossou na lógica dos debates virtuais, nas redes sociais, das pessoas ficarem querendo fazer prevalecer as suas ideias e querer ter razão. Querer exterminar, extinguir, fazer desaparecer quem pensa diferente, e isso de todos os lados, da esquerda e da direita”, ponderou o profissional.
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60 anos da Globo
Na estreia da nova temporada, que também vai ao ar no GNT às 23h45, o Conversa com Bial promoverá uma série de entrevistas em celebração aos 60 anos da Globo. Na primeira semana, vários assuntos referentes à história do canal serão debatidos.
Na segunda-feira (21), Pedro Bial recebe Regina Duarte para falar sobre Roque Santeiro (1985), considerada uma das novelas mais importantes da história da Globo. Já na terça (22), Lázaro Ramos fala sobre a evolução do protagonismo negro na televisão.
Na quarta-feira (23), o programa reúne os autores Walcyr Carrasco, Rosane Svartman e Alessandra Poggi para conversar sobre a arte de escrever novelas. Já na quinta (24), Ney Matogrosso fala sobre músicas em novelas. Por fim, na sexta (25), William Bonner reflete sobre a evolução do jornalismo.