Márcio Hayalla (Thiago Fragoso) é filho único de Clô (Regina Duarte) e Salomão Hayalla (Daniel Filho), o poderoso empresário do Grupo Hayalla. Mesmo criado sob todo luxo e riqueza, Márcio nunca ostentou um só botão. O importante para ele é viver longe da hipocrisia e das seduções desse mundo material. A opção de vida do rapaz é motivo de discórdia na família. É aí que o abismo entre pai e filho se instala. Salomão venceu na vida. De mascate a dono de uma importante rede de supermercados, o empreendedor, apesar de homem honesto e trabalhador, valoriza excessivamente o dinheiro. Os dois são como água e óleo. Salomão não aceita o sonho de seu filho de ser um missionário. Márcio, por sua vez, não consegue engolir toda soberba que reina em sua casa.
As diferenças entre eles vão culminar em um rompimento profundo. Durante a grande festa na casa dos Hayalla, que, na ocasião, comemoram o lançamento de mais um supermercado da rede, Márcio desponta na escada e, numa menção a São Francisco de Assis, se despe de todo mundo carnal. Para surpresa de todos os presentes, eis o filho de Salomão, nu, ao pé das escadarias suntuosas da mansão. “Agora sou livre!”, brada Márcio Hayalla.
Pai e filho se enfrentam, e Salomão acaba por reprimir o filho. Márcio sobe para seu quarto e se mantém em posição fetal até o outro dia. Bem cedo, homens de branco o carregam para uma ambulância e, de lá, para o quarto de uma clínica psiquiátrica. Sem resistência, o filho de Salomão Hayalla é internado e interditado pelo próprio pai. Essa atitude leva Clô a se revoltar contra o marido.
Passado algum tempo, Márcio recebe a ajuda de Jôse (Fernanda Rodrigues), amiga de infância e eterna apaixonada. Assim, o rapaz consegue fugir da clínica e passa a vagar pelas ruas do Rio de Janeiro em companhia de seu trompete. As esquinas da cidade levam o andarilho a situações extremas.
‘O Astro’, especial da Rede Globo em homenagem aos 60 anos da teledramaturgia brasileira, tem direção de núcleo de Roberto Talma e direção geral de Mauro Mendonça Filho. A releitura da obra de Janete Clair é escrita por Alcides Nogueira e Geraldo Carneiro.
