A jornalista Manuela Castro, repórter da TV Brasil, entrou ao vivo na noite desta última quinta-feira, 14 de novembro, no ‘Repórter Brasil‘, para relatar aos telespectadores da emissora estatal e âncoras do noticiário que ela conversou com o extremista que jogou bombas na Praça dos Três Poderes, antes do atentado em Brasília.
De acordo com Manuela Castro, o extremista identificando como Tiu Chico (Francisco), acabou conversando com ela minutos antes dele tentar explodir a estatua da Justiça na Praça dos Três Poderes. O rapaz ainda teria dito que apenas estava admirando ela e seus colegas, deixando claro que não atrapalharia o trabalho deles e que não entraria na frente da câmera por se ‘achar feio demais’.
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Adiante, Francisco apareceu ao fundo da filmagem da reportagem, chegando a acenar para a câmera. Tempos depois, a repórter e todos de sua equipe ouviram as explosões, que culminaram na morte do extremista que não teve êxito em sua ‘vingança’ ao atual governo.
Assista ao relato:
A repórter da TV Brasil de Brasília chegou a interagir sem saber com o homem que praticou o atentado na capital federal. Minutos antes, ele trocou olhares e conversou com a equipe que se preparava para entrar ao vivo no RPB Noite.
Veja o relato. pic.twitter.com/WkyvEC6XFS
— Gabriel Menezes (@briel_menezes) November 15, 2024
Atentando em Brasília
Durante sessão de abertura do STF, nesta última quinta-feira, 14 de novembro, em Brasília, o Ministro Alexandre de Moraes, lamentou quem ‘banaliza’ o atentado. “Quero lamentar essa mediocridade das pessoas que, por questões ideológicas, querem banalizar dizendo o absurdo que foi, por exemplo, um mero suicídio”, afirmou. “Não, a nossa polícia judicial evitou que ele entrasse aqui para explodir e, na hora que seria preso, aí ele se explodiu”.
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De acordo com Moraes, “no mundo todo alguém que coloca na cintura artefatos para explodir pessoas é considerado um terrorista”. Moraes também disse que quem pretende “normalizar” ataque às instituições devem ser e serão responsabilizadas.
“Lamentar essa mediocridade que também normaliza ou pretende normalizar o contínuo ataque às instituições. Essas pessoas não são só negacionistas na área da saúde, são negacionistas do Estado de direito, e devem ser responsabilizadas, e serão responsabilizadas”.