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William Bonner noticia morte de famoso aos 100 anos de idade

Morte de pacifista japonês foi notícia no Jornal Nacional

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Bruno Silva
Bruno Silva
Redator de notícias desde 2013, com passagens em diversos sites. No Área VIP, trago notícias com credibilidade e responsabilidade aos leitores, sobre o mundo da TV, a vida dos famosos e os acontecimentos mais importantes das novelas.
William Bonner (Reprodução: TV Globo/Jornal Nacional)
William Bonner (Reprodução: TV Globo/Jornal Nacional)

A morte de Takashi Morita acabou sendo notícia na noite de hoje (13), no Jornal Nacional. O pacifista japonês tinha 100 anos de idade e morreu em São Paulo. Ele foi um sobrevivente da bomba atômica lançado pelos Estados Unidos em Hiroshima no último ano da Segunda Guerra Mundial.

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Nos últimos 40 anos, ele repercutiu por onde foi um mesmo pedido: “Nunca mais, neste mundo, bomba atômica”.  E foi na luta pela paz que ele encontrou a forma de lidar com o dia que mudou a sua vida.

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“Em Hiroshima, com 21 anos de idade, fui batizado pela bomba atômica. De repente, um grande clarão. E com o grande impacto, fui arremessado uns 10 metros. Um prédio de dois andares que estava na minha frente foi esmagado instantaneamente”, contou Takashi Morita.

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Ele era policial militar e sobreviveu a uma explosão que acabou matando entre 60 a 80 mil pessoas. Ele se mudou do Japão para o Brasil aos 31 anos, porém, foi só aos 60 anos que ele se tornou um ativista pela paz.

Ele foi o responsável por fundar a Associação de Sobreviventes da Bomba Atômica e começou a percorrer o país. “Até os seus 95 anos, nós viajávamos dando palestras em vários colégios pelo Brasil e lá fora. Então, uma grande quantidade de pessoas nos ouviu pelos quatro cantos do Brasil”, falou o professor de história André Lopes.

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A filha dele ainda lembrou que os jovens sempre foram o alvo principal do seu pai e a maior esperança dele. “Ele falava para muitos jovens nas escolas era: ‘Nós, velhos, estragamos o mundo. Vocês têm que consertar”, contou Yasuko Saito, filha Takashi Morita.

A associação chegou a contar com 270 pessoas, Junko Watanabe é uma delas. E para quem também foi batizada pela bomba nuclear, as guerras de hoje tocam de uma maneira diferente.

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“Dias, a guerra está começando em muitos lugares da Terra. Todo dia, notícias… Ucrânia, Palestina, Gaza… O que vamos vivendo? Crianças morrendo, né? Não pode, não pode”, diz Junko Watanabe.

Foram as guerras que, no fim da vida, deixaram uma certa frustração para Morita. “Ele falava: ‘A gente não fez o trabalho direito. Tinha que ter feito mais’. E assim foi uma tristeza que ele acabou levando, porque viu que a Ucrânia, Gaza, essas coisas assim, deixavam ele muito triste. Muito se faz para a guerra, né? E pouco se faz para a paz. Isso a gente tem que reverter”, afirmou Yasuko Saito, filha de Takashi Morita.

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